Último Capítulo

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Assim que me senti mais controlada, desci até onde Andrea estava, oferecendo minha ajuda para os últimos preparativos para a festa de virada de ano que seria ali mesmo na sua casa. Claro que isso era apenas um pretexto para que eu não tivesse que ficar no quarto com Clara .

Pouco antes das onze da noite, os convidados começaram a chegar. Apenas alguns familiares e poucos amigos. Quando todos já tinham chegado, Lumiar  entrou na sala com Sol nos braços, colocando-a confortavelmente em um dos sofás com o pé apoiado num banquinho com uma almofada em cima. Mas eu mal prestei atenção quando as pessoas começaram a se aglomerar a sua volta, querendo saber como ela estava e assinar no seu gesso. Porque Clara  estava ali também.

Apesar do seu vestido ser comportado, com mangas e chegando até seu joelho, ainda assim fui incapaz de desviar o olhar dela, não apenas porque ela estava linda, mas porque ali, preso ao seu pescoço, estava o colar que tinha lhe dado no ano anterior, um dia depois de tirar sua virgindade, Um dia antes de tudo acabar.

Como se sentisse meu olhar em cima dela, Clara  olhou na minha direção e sorriu de leve, começando a se aproximar.

- Posso? – ela perguntou, apontando para o copo de uísque na minha mão.

- Você não tem idade para beber – falei apenas, me

Afastando dela sem lhe dar tempo de tentar nada.

(Lá a idade mínima para ingerir bebida alcoólica é 21 anos)

Depois disso tentei evitá-la de todas as formas, saindo de perto cada vez que ela se aproximava. E quando a contagem regressiva começou, faltando um minuto para a meia noite, todos estavam tão animados dentro daquela casa que nem mesmo perceberam quando saí da sala e fui me refugiar na cozinha, apenas porque Clara  estava me olhando com tanta intensidade que não consegui suportar.

Faltava agora apenas vinte segundos e eu continuei ali no escuro, meu copo de uísque vazio ao meu lado, na mesa onde estava encostada. Na minha mente eu contava os segundos junto com as vozes altas que vinha da sala.

Dezoito, dezessete, dezesseis... Estava me aproximando dos dez quando a porta tornou a abrir e por ela entrou aquela de quem eu estava fugindo, Nas suas mãos havia duas taças de champanhe e ela me entregou uma sem falar nada, parando à minha frente. Mesmo no escuro da cozinha, eu conseguia ver seus lábios se movendo no mesmo ritmo dos números na minha mente. Oito, sete, seis, cinco...
Quatro... Clara  deu um passo à frente.

Três... Outro passo, o suficiente para preencher o espaço que faltava, colando nossos corpos.

Dois... Contrariando tudo que tinha decidido e minha determinação em manter distância, levei uma mão ao seu rosto, afastando uma mecha de cabelo para o lado. Mantive minha mão ali, sem conseguir reagir de outra forma.

- Um – sussurramos ao mesmo tempo, nossos olhares fixos uma na outra, exatamente um segundo antes de eu cobrir sua boca com a minha enquanto todos gritavam vivas e desejavam um feSol ano novo na sala ao lado.

Foi apenas um roçar de lábios, mas o suficiente para me deixar com o coração disparado de tal forma que quando interrompi o beijo, estava arfando como se tivesse corrido por quilômetros.

- FeSol ano novo – ela murmurou, ainda com o rosto muito perto, permitindo que eu sentisse seu perfume misturado ao cheiro que vinha do seu cabelo, e ainda sentir o calor do seu corpo que continuava contra o meu.

- FeSol ano novo-falei, só então lembrando de tirar minha mão do seu rosto, deixando-a cair pesadamente ao lado do meu corpo.

Mas quando ela recuou um passo, o vazio que o calor do seu corpo deixou me fez agir por impulso mais uma vez, puxando-a de volta para perto, uma mão possessivamente segurando-a pelo quadril. Nossos olhares voltaram a se encontrar e lentamente eu tirei a taça da sua mão, colocando-a junto com a minha ao lado do meu copo vazio de uisque, antes de puxar seu rosto para perto do meu novamente, voltando a cobrir seus lábios.

Dessa vez, no entanto, o beijo não teve nada de calmo. Não era mais um simples roçar de lábios. Linguas, dentes, respirações arfantes... Tudo fazia parte daquele beijo que parecia querer compensar o tempo que passamos separadas. Esse ano longe não me fizera esquecer o gosto dos seus lábios ou como era gostoso sentir seus dedos acariciando minha nuca enquanto ela retribuía o beijo. Mas fora o suficiente para me deixar desejosa por mais, de forma que parecia que tempo algum seria o bastante. Eu não conseguia parar de beijá-la.

Eu não queria parar. Mas quando senti o gosto salgado na minha boca, abri os olhos ainda sem interromper o beijo, e mesmo embaçada por estar perto demais, vi seu rosto banhado em lágrimas. 7

-Clara -murmurei, recuando apenas o necessário para poder encará-la, mas ela rapidamente me abraçou, escondendo seu rosto no meu peito enquanto seu corpo era sacudido por soluços.

- Por favor, me dá mais uma chance – ela implorou com a voz entrecortada, me abraçando com ainda mais força quando envolvi seus ombros, puxando-a para mais perto. – Me deixa provar que eu mereço sua confiança. Me deixa provar que eu não vou a nenhum lugar. – Shhh... Não

Fala nada – murmurel, acariciando seus cabelos enquanto ela continuava chorando contra o meu peito.
Eu não queria pensar que houvesse alguma chance para nós duas. Tinha medo de ter esperanças e depois me decepcionar. Mas a verdade é que eu não conseguia ser tão forte assim com Clara . Por mais que minha mente soubesse o que era certo ali, meu coração teimava em falar mais alto, quase gritando para que eu ao menos tentasse fazer aquilo dar certo.

- Está tudo bem aí?

Me voltei assustada quando a lâmpada acendeu,

Vendo Andrea parada à porta nos encarando

Com o cenho franzido. Não sei que conclusão ela poderia tirar daquela situação, mas só esperava que não fosse a certa. Ao menos ela não tinha entrado quando estávamos nos beijando. – Está sim, Andrea – respondi simplesmente,

Pensando numa desculpa qualquer, enquanto

Continuava acariciando os cabelos de uma Clara  ainda soluçante. – Saudade de casa. Apenas isso.

- Ah, pobre garota. Ter que passar a virada de ano longe da família para ficar com a amiga.

Assenti apenas enquanto a observava andando calmamente pela cozinha, pegando alguns utensílios, só então saindo e nos deixando a sós novamente.

- Helena ... – Clara  começou, apertando minha camisa entre suas mãos que agora estava sobre meus ombros.
- Não, Clara  – a interrompi, segurando seu rosto entre minhas mãos e a afastei para encará-la. – Não vamos falar sobre isso aqui, está bem? Depois conversamos.

Ela ainda me olhou por um tempo com os olhos vermelhos e brilhantes pelas lágrimas, fungando um pouco, e então assentiu de leve.

- Promete que vai pensar?

- Prometo.

XXX

Eu não falei mais com Clara  depois daquele encontro na cozinha. Não muito depois da meia noite, me despedi de todos, pedindo desculpas por sair tão cedo. Mas como ainda precisava enfrentar a estrada de volta para casa e tinha que acordar cedo para ir trabalhar, não tinha opção.

Normalmente aquele seria meu primeiro dia de folga, mas tinha trocado o plantão com um dos médicos que queria passar o feriado com a família. E como eu não ia fazer nada mesmo naquele dia, aceitei a troca.

Cheguei em casa bem tarde e fui direto para a cama, conseguindo dormir depois de poucos segundos. E mesmo com o que tinha acontecido aquela noite, com o beijo e minha promessa de pensar em dar uma segunda chance a nós duas, aquela foi uma das noites que melhor dormi em muito tempo. Como se apenas a possibilidade de algo dar certo entre nós duas já fosse o suficiente para me deixar mais leve.
“Dra. Weinberg favor comparecer a recepção. Dra. Weinberg recepção.”

Ouvi meu nome sendo chamado no auto falante do hospital, e terminei de atender a paciente no quinto andar, antes de descer até aquela área, torcendo para não ser algum parente querendo notícias que eu não tinha, ou ex-pacientes que insistiam em ser atendidos apenas por mim, independente de qual fosse o problema.

Mas qual não foi a minha surpresa quando cheguei à recepção e encontrei Clara  à minha espera.

Ela estava de costas para o corredor de onde eu vim, e eu pude observá-la por um tempo sem que ela me visse, tendo que engolir em seco ao ver sua roupa. Clara  conhecia meu fraco por aquele seu estilo inocente de se vestir e sabia bem como me tentar.

- Clara , o que você está fazendo aqui?

Ela se voltou rapidamente com um sorriso no rosto, e me estendeu uma bolsa térmica.

- Vim trazer seu almoço.

Aceitei aquela bolsa apenas por estar sem reação, mas rapidamente recuei quando ela deu um passo na minha

Direção.

- Não precisava ter feito isso.
- Andrea comentou essa manhã que você estaria trabalhando e que era injusto almoçar essa comida de hospital logo no primeiro dia do ano – ela explicou ainda sorrindo e então deu de ombros. Achei que seria uma boa ideia. Você não comeu ainda, comeu?

- Não.

- Ótimo. Então eu te faço companhia, porque também não comi e trouxe o suficiente para duas pessoas.

Quando ela tentou entrelaçar nossas mãos como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo, mais uma vez recuei.

- Pare com isso, Clara !

- Helena , você não vai querer chamar atenção aqui, vai? – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

Olhei ao redor rapidamente vendo que ninguém estava de fato prestando atenção em nós duas, mas se eu continuasse recuando a cada vez que ela tentasse se aproximar, alguém poderia perceber que algo estava errado. E a última coisa que eu queria era que um dos meus colegas de trabalho me vissem com medo de uma garotinha.

Suspirando em derrota, apenas fiz um sinal para que ela me acompanhasse, seguindo até um dos elevadores.

Em silêncio, chegamos ao meu escritório no terceiro andar, e eu rapidamente me refugiei na minha cadeira atrás da mesa.

- Pensou sobre o que conversamos? – Clara  perguntou, indo direto ao ponto.

Era incrível como ontem ela tinha chorado e implorado por uma segunda chance depois do nosso beijo, e agora aqui estava ela, transbordando confiança e autocontrole.

- Ainda não – respondi, desviando o olhar das suas pernas quando a vi rindo ao perceber onde estava a minha atenção.

- Hum... – ela murmurou apenas, antes de se aproximar. A minha vontade era empurrar a cadeira para trás para aumentar a distância entre nós, mas me obriguei a parar de agir com tanta covardia. – Precisa de incentivo para pensar?

- Não – respondi apressada, me recostando na cadeira quando Clara  parou ao meu lado, de frente para mim, se apoiando despreocupadamente na minha mesa.

Um riso suave escapou dos seus lábios antes que ela erguesse um pouco seu corpo, sentando na mesa. Um nó se formou em minha garganta quando a vi deslizando um pouco para o lado, de forma a ficar exatamente à minha frente. Eu queria não olhar naquela direção, mas meus olhos pareciam ser atraídos para o meio das suas pernas como se aquele ponto fosse um ímã. Eu só quería descobrir a cor da sua calcinha.

- Sabia que eu sonhei com você essa noite? – ela comentou e eu me forcei a olhar para cima, encontrando seu olhar divertido.

- Sonhou? – perguntei, engolindo em seco para tentar desfazer aquele nó.

- Sonhei – Clara  confirmou, assentindo de leve. – Quer saber o que eu sonhei?

- Não – respondi de forma automática, começando a me alterar com aquela situação.

- Não mesmo, Helena ? – ela devolveu, voltando a arquear uma sobrancelha. Seu tom baixo e envolvente me fez prender o fôlego. Ou talvez eu simplesmente tenha esquecido de respirar quando ela jogou um dos sapatos no chão, levando o pé coberto pela meia comprida até o meio das minhas pernas. – Tem certeza que não quer saber?

Meu corpo inteiro se contraiu com aquele contato e eu tentei mais que tudo permanecer indiferente, mas quando seu pé deslizou lentamente sobre meu quadril, foi impossível conter o tremor que me dominou. Agarrei os braços da cadeira para evitar levar minhas mãos para outro lugar, enquanto Clara  continuava a me torturar. É
Claro que eu poderia simplesmente tirá-la dali se quisesse, mas o problema é que eu não quería.

- Me conta o sonho – pedi num tom rouco, desistindo de vez de tentar fazer de conta de que não estava gostando.

O sorriso cresceu em seus lábios e ela pareceu ganhar ainda mais confiança com aquilo, passando a mover seu pé com mais pressão. Tive que travar o maxilar para evitar que um gemido escapasse.

- Sonhei que você escondia todas as minhas calcinhas e me obrigava a sair de casa assim. – Quase protestei quando Clara  interrompeu o movimento, tirando seu pé do meu quadril antes de ficar em pé à minha frente, entre as minhas pernas. – E eu sei que foi só um sonho, mas resolvi te obedecer.

Meu olhar disparou de imediato para a altura do seu quadril e eu sabia que provavelmente estava parecendo uma louca encarando aquele ponto com os olhos arregalados, mas o que mais poderia fazer quando Clara  tinha acabado de falar que estava sem calcinha?

Antes que eu pudesse reagir, no entanto, ela se aproximou ainda mais, erguendo uma perna e apoiou um joelho sobre a minha coxa. Parte de mim queria afastá-la e pedi-la para parar com aquilo, dizer que não era certo agir daquela forma quando obviamente ainda tínhamos tanto para esclarecer. Mas a outra parte, a parte irracional que estava reagindo de forma um tanto explícita com aquele seu comportamento, só queria que ela continuasse.

- É assim que você quer me convencer? –

Perguntei num tom rouco, ainda sem desviar

O olhar da sua saia curta, como se tentasse ver

Através dela. – Acha que se insinuar para mim dessa forma vai me fazer pensar melhor sobre dar uma chance a nós duas?

Quando Clara  não respondeu de imediato, ergui os olhos para o seu rosto, encontrando-a mordendo os lábios.

- Está dando certo? – ela perguntou com a voz insegura pela primeira vez desde que a encontrara na recepção um pouco antes.

A dúvida no seu olhar era tamanha que me senti um pouco culpada por ver que Clara  estava se esforçando tanto para agir de uma forma que claramente não era natural para ela. Na verdade, ela era a única ali dentro que sabia exatamente o que queria e estava correndo atrás para conseguir. Eu queria ter aquela certeza. Queria acreditar em nós e parar de pensar em tudo que poderia dar errado. Toda aquela dúvida que insistia em me atormentar estava começando a me frustrar.

- Um pouco – respondi por fim, sorrindo de leve quando sua expressão relaxou de imediato.
- E o que mais posso fazer? – Clara  insistiu, voltando a ousar ao levar seu joelho para cima do volume que a calça social não disfarçava.

- Deixa que eu faço agora – murmurei, levando minha mão direto para o meio das suas pernas, fazendo um gemido surpreso escapar da sua boca entreaberta. Seu corpo estremeceu à minha frente e eu imediatamente a puxei pela cintura, fazendo-a sentar de lado no meu colo.

Suas mãos se dirigiram de imediato para o jaleco que eu ainda usava, agarrando o tecido com força enquanto seu rosto se enterrava no meu ombro. Conseguia sentir todo seu corpo estremecendo

Contra o meu à medida em que eu a tocava com cada vez mais urgência.

Sim, Clara  estava sem calcinha. E seu sexo estava tão molhado que meus dedos logo ficaram ensopados.

Quando suas pernas abriram mais, me dando mais acesso, deixei um dedo deslizar lentamente para dentro dela, ouvindo seu gemido abafado quando passei a fazer movimentos para dentro e para fora. Seu quadril agora se movia contra a minha mão, buscando mais prazer. Um novo gemido, mais alto dessa vez, escapou da sua boca quando a penetrei com outro dedo.

Com a mão livre, puxei seu rosto para cima, cobrindo sua boca num beijo urgente, jogando para o alto qualquer receio. Ao menos naquele instante, tudo que eu queria era estar com ela.

Enquanto a beijava, senti sua mão entre nossos corpos, começando a desabotoar a minha blusa. Apressada, ajudei-a com aquilo, tirando o jaleco junto, tendo que parar de tocá-la para isso. Mas quando voltei, Clara  já estava sobre mim novamente, agora com uma perna de cada lado do meu quadril, enquanto suas próprias mãos tentavam abrir a minha calça. Foi só depois de gemer ao senti-la envolvendo meu membro com sua mão pequena, que caí em mim da loucura que estava prestes a fazer.

- Espere – a interrompi, segurando sua mão na minha e parei de tocá-la também. – Nós não podemos.

- Como? – ela exclamou surpresa, enquanto um traço de decepção passava pelos seus olhos.

- Não tenho camisinha aqui – esclareci, estranhando quando ela suspirou aliviada.

- Pensei que você estava me rejeitando – Clara  murmurou num tom baixo, respirando fundo antes de puxar meu rosto para o seu e beijar meus lábios de leve. Antes que eu falasse algo, sua mão voltou a me tocar, subindo e descendo lentamente ao redor do meu membro. Não precisamos fazer tudo, Só não para, por favor.

No segundo seguinte cobria seus lábios mais uma vez, agora com ainda mais voracidade, enquanto voltava a tocá-la intimamente. Seus gemidos agora se confundiam com os meus, nenhuma das duas preocupadas em nada mais a não ser o prazer que estávamos sentindo. Eu não estava mais muito longe de gozar quando senti seu sexo apertando meus dedos, seu corpo inteiro se contraindo sobre o meu. Ainda continuei movendo um pouco mais dentro dela até que os tremores foram diminuindo.

Seus olhos encontraram os meus e eu arfei ao ver suas íris escuras transbordando de desejo. Quando sua mão parou de me tocar, cheguei a pensar que ela estava dando aquilo como encerrado. A decepção por ainda não ter conseguido o mesmo prazer que ela foi o que me fez demorar a perceber a sua intenção quando suas mãos puxaram meu rosto para um novo beijo, antes de voltar a me tocar. Senti o calor da sua intimidade encontrando meu membro um segundo antes de me sentir deslizando para o seu interior de uma

vez.

Seu nome escapou pela minha boca num gemido alto, minhas mãos indo direto para o seu quadril, impedindo-a de se mover.

- Clara  - gemi de novo quando nossos olhares voltaram a se encontrar e eu sabia que ela podia ver a surpresa estampada no meu rosto.

- Só me avisa quando... quando for... Clara  tentou falar, mas não precisava continuar. Rapidamente assenti entendendo o que ela queria e passei a guiar seu quadril no movimento certo.

Nada mais foi dito enquanto seu corpo erguia e descia sobre o meu, me fazendo ir cada vez mais fundo. Por vezes, quando eu estava assim tão dentro dela, esquecia completamente de respirar para logo em seguida começar a arfar como uma louca.

Aquele ano que passamos separadas não fora suficiente para apagar as lembranças, mas fizera adormecer esse prazer absurdo que sentíamos quando estávamos juntas. E agora, ali dentro da minha sala, tudo tinha voltado com uma intensidade que me deixava assustada. Como era possível uma única pessoa ser capaz de me deixar naquele estado insano com apenas alguns toques? E como eu seria capaz de deixá-la ir agora que a tinha comigo novamente?

Meu corpo começou a estremecer violentamente enquanto o orgasmo se aproximava e Clara  logo percebeu aquilo, pulando do meu colo para o chão, se ajoelhando aos meus pés. Antes mesmo que eu pudesse reagir, ela envolveu meu membro com sua mão, guiando-o direto para dentro da sua boca. Nem mesmo um minuto se passava e eu já me deixava explodir, meu quadril indo de encontro aos seus lábios enquanto ela chupava tudo, não deixando nem uma gota cair.

Ainda arfava violentamente quando seu corpo voltou a subir no meu, agora apenas sentando no meu colo. Rapidamente a abracei, talvez com  Meu corpo começou a estremecer violentamente enquanto o orgasmo se aproximava e Clara  logo percebeu aquilo, pulando do meu colo para o chão, se ajoelhando aos meus pés. Antes mesmo que eu pudesse reagir, ela envolveu meu membro com sua mão, guiando-o direto para dentro da sua boca. Nem mesmo um minuto se passava e eu já me deixava explodir, meu quadril indo de encontro aos seus lábios enquanto ela chupava tudo, não deixando nem uma gota cair.

Ainda arfava violentamente quando seu corpo voltou a subir no meu, agora apenas sentando no meu colo. Rapidamente a abracei, talvez com um pouco mais de força do que seria prudente, como se tivesse medo de que ela desaparecesse de repente. Medo que ela fosse embora mais uma vez sem olhar para trás. Mas algo me dizia que aquele era um medo sem qualquer fundamento. Um medo que, pela primeira vez em muito tempo, eu resolvi ignorar por completo. Clara  estava ali agora. A mulher que eu amava estava ali comigo e não parecia querer ir a qualquer outro lugar. E eu faria o possível para que isso nunca mudasse.

Fim...


Sweet sin (Doce Pecado) - Clarena Onde histórias criam vida. Descubra agora