Espero que gostem da história ! E por favor, olhem as tags para possíveis gatilhos.
Boa leitura ♡
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Harry sentiu o sol aquecer as ondas de seu cabelo, nuca e costas. O ar era areia e terra, e as árvores da propriedade não davam conta de umedecer a respiração alheia.
Esticando os braços por cima das janelas, ele olhou para dentro das cozinhas. O arco que cobria seu apoio era madeira de mogno, forte e centenário, escurecido pelo verniz e contrastando com sua própria pele oliva com manchas do trabalho no campo.
As bancadas já estavam cheias de farinha, as pobres mulheres a sovar os pães com força, ignorando os músculos cansados. Sua mãe era uma delas, serva da Família.
Ao contrário das magricelas em sacos de batata, Lílian tinha as vestes de tecido branco amarrado com nós nos ombros, caindo até os pés calçados em sandálias de couro. A Família não poderia suportar esbarrar com uma maltrapilha andando pelo espaço formal do palácio, pondo a mesa ou sequer anunciando a chegada de visitantes.
Os que trabalhavam diretamente com Eles, vestiam o melhor que sua classe permitia.
- O príncipe - ela dizia, o cabelo vermelho como brasas caindo por suas costas; Harry admirou sua genitora - pediu o vinho especial de sua coleção.
As moças se agitaram para cumprir o pedido, levando a bandeja de prata com a taça cheia até a ruiva. Ela posicionou-a sobre a barriga de modo que seguisse a etiqueta sem pesar em seu útero, que abrigava um bebê. Harry teria um irmão ou irmã, dali uns messes.
Como quem é chamada pelo pensamento, a atenção de Líli cai sobre Harry, pendurado na janela com os olhinhos vidrados.
Ela se aproxima devagar, e os vitrais abertos refletem em sua pele.
- Sabe que não deve vigiar e espreitar. - sua voz é baixa, ela não quer que as mulheres percebam Harry e comecem boatos a respeito de sua família. Sua posição não era superior a delas, e não seria bom criar inimizades.
O garoto sabe de tudo isso, mas não pode evitar. Ora, o que difere aqueles que plantam como ele e seu pai daqueles que tomam vinho em louças finas como o príncipe ? A glória. O esplendor.
Em veste limpas, sua mãe tinha a glória perante aquelas que colocam restos fétidos sobre a própria pele. Ele imaginou seu cabelo de fogo com joias como a da rainha; ele não poderia diferencia-lá de uma princesa se houvesse.
- Deixe-me levar o pão a mesa. - ele pediu a mãe. - Por favor.
Lílian olhou em volta, todas estavam entretidas em sua própria miséria. Com um aceno curto, ela permitiu que Harry entrasse no Palácio.
O garoto sorriu, distanciando-se da janela, e correu para dentro pela porta dos fundos.
Rapidamente e sem prestar muita atenção, colocaram o pão fresco no porcelanato e entregaram para Harry. O moreno pediu a opinião da mãe sobre sua aparência, nervoso. Ela parecia apreensiva.
- Não precisa ser bonito, Harry, um rapaz necessita ser útil. - ela lhe advertiu. - Faça o que eu fizer, e se sairá bem.
Ele concordou, ignorando o comixão em seus nervos. Ele queria estar apresentável, ao menos. Esperava que estivesse, e caso não, que a rainha fosse arrogante o suficiente para sequer nota-lo.
Seja útil. Difícil.
O mármore frio latejava abaixo de seus pés quentes, enrolados na fita usada para trabalhar nos grandes campos. Ele acelerou o passo atrás de sua mãe, que entrava em cômodo íntimo na Ala familiar do palácio.
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Servo de Sangue - Drarry
FanfictionQuando Harry, servo da família real, se vê em uma teia de segredos, sangue e luxúria, ele é incapaz de sair. Objeto de obsessão do príncipe, um loiro sádico e manipulador, o moreno ingênuo está condenado à uma vida miserável pela obediência cega. \...