Capítulo 7

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Eles chegaram.

As armaduras eram de aço e as juntas cobertas de pano marrom e couro. Uma cruz grande de madeira batendo imponente ao redor do pescoço e trançadas às crinas dos cavalos.

Não demorariam à chegar ao castelo, avisaram.

Carregavam lanças e espadas. Chegariam em poucas horas ao castelo, infestando o reino até o centro. Os guardas da Capital se amontoavam no gramado no cume do morro, após proclamarem o aviso. Os Aliados. A guerra começou.

- O que irão fazer ? - James observou pela janela.

- Virão atrás de mim. - Líli cochichou para o marido. Onde estava Harry ?


- Vossa Alteza - a criada entrou no quarto, sem bater ou esperar pela ordem do príncipe.

Draco virou a cabeça em sua direção, guardando com um piscar de olhos a imagem de Harry. Cheirava à rosas, pelo banho recente, os cabelos úmidos secando na franja e ainda escorrendo gotas cintilantes na nuca. Ele ria de alguma coisa, ou de coisa alguma. "Draco", ele soltava, distanciado e emocional, como se descobrisse um segredo. "Draco?" Ele estava olhando-o.

A criada pigarreou.

- Pelos deuses, - o loiro bufou - o que foi?

- A rainha está chamando, Vossa Alteza.

A frase balançou no ar, depois se tornou imóvel e rígida. Draco se levantou, deixando a taça de vinho sobre um apoio de madeira.

- Vossa Alteza pediu que ele - lançando um olhar hesitante para Harry - o acompanhasse.

Harry exclamou de surpresa, imaginando que tipo de coisa poderia fazer a rainha querer sua presença. Estaria com raiva ?

O príncipe estendeu o braço para Harry no caminho pelo palácio, como se tudo estivesse bem. Sua presença parecia um sombra em meio a um calor árido, deixando o moreno seguro. A Rainha estaria com raiva ?

A criada andava apressada, passinhos curtos e velozes, com um tamanco de madeira fazendo batidinhas secas no chão. Onde ela teria arranjado um tamanco ? Harry pensou.

Um grito irrompeu pelo castelo. Uma mulher. O coração de Harry pulou. Draco o puxou para que acelerassem na direção do barulho.

Quando pararam ofegantes no salão, a visão dos guardas ao redor de alguém no chão, a rainha falou a poucos metros de distância.

- Veja ! - ela declarou para a chegada do filho. Os homens abriram espaço e Harry viu sua mãe ajoelhada no chão, os cabelos desgrenhados e a face arranhada.

Ele se precipitou em sua direção, mas o aperto do loiro ao seu lado o segurou dolorosamente no pulso. A ruiva não olhou para cima, parecendo envergonhada e respirando como uma fera machucada. Quis chamá-la, mas a voz não passava de uma ideia vaga, morrendo antes de chegar à garganta.

A Rainha riu de sua impotência.

- Aí está. A mulher responsável pelo ataque ao nosso reino ! Culpada pelas nossas más graças com a Capital !

- Do que você está falando ? - Draco gritou, se aproximando da rainha.

Harry aproveitou a oportunidade para escorregar ao encontro da mãe, erguendo seu rosto e arrastando os cabelos para trás de suas orelhas. Tentou murmurar alguma palavra de consolo. Ele sabia. A carta.

- Ela mesma disse que não entregou a carta. - a rainha sibilou. - Você deveria ter dito, Draco ! Deveria ter me avisado que continha nosso lado na guerra.

Servo de Sangue - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora