Festa da Mary

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Finalmente sábado, hoje eu não tinha nada para fazer, não dormi direito a noite, meus planos estavam intercalados entre passar o dia comendo e maratonando algumas series.

São 11AM, tomei meu cafe da manhã e neste momento, encontro-me imerso em minha rotina matinal revigorante. Sob a água morna do chuveiro, dedico cuidados especiais ao meu cabelo loiro e brilhante. Com tranquilidade, aplico cada produto nas mechas, permitindo que a fragrância suave invada o ambiente.

Ao concluir meu banho, saio do banheiro pronta para a próxima etapa da minha rotina de cuidados. Espalho generosamente meu creme pelo corpo, conferindo uma sensação suave e hidratada à minha pele. Em seguida, aplico um toque de meu Body Splash, preenchendo o ar ao meu redor com uma fragrância fresca e envolvente.

A atmosfera do quarto é complementada pelo som da TV, que transmite a série "Riverdale". Enquanto os personagens cativantes preenchem a tela, escolho um momento de descontração para sentar em frente à minha penteadeira. Com os utensílios de beleza à mão, começo a arrumar meu cabelo com a destreza de quem conhece cada fio.

A motivação para essa preparação meticulosa é a festa da Mary, que está marcada para a noite. Sabendo que a ocasião merece uma apresentação impecável, dedico-me a cada detalhe. Seco calmamente cada mecha do cabelo e logo enrolando-o em bobs, já que queria alguns cachos nas pontas. Logo após terminar fui fazer as unhas. Um verdadeiro dia de princesa.

Neste momento são 7:30PM e eu acabei de me arrumar para a festa, estou me sentindo incrível. Escolhi usar um vestido curto preto de mangas longas e preciso admitir que ele modela perfeitamente as curvas do meu corpo. Não é querendo me gabar, mas este vestido é simplesmente perfeito para destacar minha beleza e confiança.

O preto é uma cor clássica e elegante, combinando com qualquer ocasião. Além disso, o comprimento curto do vestido deixa minhas pernas à mostra, tornando-o ainda mais sensual. Ao vesti-lo, pude perceber imediatamente como o tecido abraçava meu corpo de maneira lisonjeira. Ele realça minhas curvas de forma sutil, sem ser exagerado. A modelagem é perfeita, valorizando minha silhueta de maneira única. Cada detalhe, desde a costura até os acabamentos, evidencia a qualidade do vestido.

Escuto uma buzina findo da frente da minha casa, Josh teria me ligado umas horas mais cedo avisando que me buscaria, me apresso em descer as escadas, encontrando Michael saindo da cozinha.

- Tá saindo?

- Sim, vou em uma festa na casa da Mary

- E quem é o babaca ai fora? - semicerra os olhos

- Um amigo, por favor, não começa

- Quero você em casa antes das duas ok?

- Ok - Dou um beijo em sua bochecha e me dirijo para fora de casa

Michael é um irmão protetor, mas ainda sabe dos limites, e eu amo isso nele.

Ao sair para fora Josh está olhando pela janela a minha espera. Me aproximo e entro no banco do passageiro.

- Sempre gata, Emma - Um sorriso malicioso aparece em seus lábios como de costume

- Obrigada Josh, já podemos ir né? - Digo fugindo das "intenções" dele

- Claro - Diz enquanto liga o carro e da a partida

Eu tento deixar o mais claro possível que suas pretenções comigo não vão acontecer. Também sei como isso deixa o clima estranho quando estamos juntos, por exemplo agora, estamos quase chegando na casa de Mary e não trocamos nenhuma palavra sequer.

Nós chegamos na casa da Mary, que está tão lotada que a uma grande parte das pessoas ficam para o lado de fora da casa dela, o que não é tão normal assim, já que o local é uma mansão.

-Emma - Ela exclama quando me vê.

Ela vem até mim, me dá um abraço apertado e então me leva até a cozinha. Ela me oferece uma bebida, e eu a tomo quase inteira. Ela me observa virar a bebida e então peço outra, ela me entrega, e olha pra mim.

- Vamos curtir a festa amiga - A garota me puxa para a multidão onde Chloe se encontrava, para dançar

Não sei quanto tempo ficamos ali dançando e bebendo, só sei que minha bateria social já estava no resto, eu precisava me recompor no mínimo uns 10 minutos .

- Vou ao banheiro - Me aproximo do ouvido de Mary que estava três vezes mais bêbada que eu.

- Vai lá - Ela me manda um beijo com as mãos e saio andando pela festa até chegar no andar de cima, onde provavelmente teria algum banheiro disponível. E para a minha felicidade, não, não tinha nenhum disponível.

Entro no único banheiro além do que ficava dentro do quarto de Mary, que era o único que conhecia nesta casa, o que ficava dentro do quarto de hóspedes. Nem me preocupo em ligar as luzes, somente entro, fecho a porta e vou ao banheiro sem fechar a porta, apenas me observo no reflexo, a aparência enganava o quão esgotada eu estava.

Os olhos no espelho revelam uma busca desesperada por respostas, uma tentativa de decifrar o próprio labirinto emocional que parece crescer à medida que as lágrimas solitárias deslizam silenciosamente, limpo-as rapidamente, não deixando que borrem a maquiagem. Os dedos tocam a superfície fria do espelho, como se pudesse encontrar conforto na sua solidez, apenas para ser confrontada com a realidade gelada da própria vulnerabilidade.

Saio do banheiro e, ainda imersa nos meus pensamentos, decido me dar alguns minutos de descanso no quarto de hóspedes. A penumbra do ambiente oferece um contraste reconfortante com a agitação lá fora.

A cama se mostra tentadora, e me permito afundar nela por um momento, buscando um breve refúgio da intensidade da festa. Observo o quarto, conhecido apenas pela ocasião de visitas eventuais. No silêncio momentâneo, posso ouvir a música distante e os murmúrios da festa, criando uma trilha sonora suave para a minha pausa improvisada.

Cada minuto de descanso parece uma pequena vitória contra a exaustão acumulada. A respiração profunda ajuda a acalmar os nervos agitados, e a suavidade da cama proporciona um conforto bem-vindo.

Em meio a esse breve respiro, sou surpreendida pela porta do quarto se abrindo lentamente. Minha atenção é direcionada para a entrada.

Skyfall - Entre o Ódio e o PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora