Capítulo 4

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POV. CLARKE GRIFFIN COTTER

Após chegar em casa, tratei de mandar uma mensagem para Raven e Octávia, pedindo para elas virem para uma "tarde de garotas" sem segundas intenções. Sim, resolvi que iria ajudar Alexandria e sua amiga, também quero saber onde isso vai dar. Elas de prontidão responderam falando que já estavam a caminho.

Em poucos minutos escutei o soar da campanhia já sabia que era as duas.

--- O que aconteceu Griffin ? --- Perguntou Raven desconfiada, já que nunca as chamava para uma "reunião" à toa.

--- Nada, só quero passar um tempo com vocês fora da faculdade, é pedir muito? --- Disse com a voz mais confiante que consegui no momento.

--- Deixa ela vai Raven. Vem que eu tenho uma novidade barra proposta para vocês --- Octávia disse animada.

Eu e Raven olhávamos com ansiedade, esperando a resposta de Octávia.

--- O Lincoln me chamou para uma festa super badalada amanhã e disse que eu poderia chamar amigos --- Disse em expectativa

--- Calma, o Lincoln do grupo da Alexandria? Você deve estar muito louca de achar que eu vou, ainda mais sabendo que aquela coisa vai estar junto.

--- Por favor, a gente nunca faz nada que eu escolho, e eu quero ganhar alguns pontos com o Lincoln, já que estamos saindo --- Colocou sua cara de cachorro que caiu da mudança

--- Eu to dentro --- Raven disse sem me dar escolhas.

--- Tá, tá, eu vou, mas se a Alexandria me encher um pouquinho, eu juro que vou embora.

--- Uhu! Vou avisar o Finn e o Bellamy --- Saiu pulando em animação

Não era segredo para ninguém a Bissexualidade de Raven então decidi ir direto ao ponto perguntando o que eu queria saber.

--- O que você acha da Luna? --- Disse direta

--- Ah, ela é linda, parece ser engraçada. Mas por que a pergunta? --- Perguntou desconfiada

--- Nada, é só porque ela também vai estar lá né, e eu já vi ela olhando algumas vezes para você, vai que rola algo --- Tentei parecer indiferente

Raven não teve tempo de responder, pois uma Octávia muito animada se materializou em nossa frente querendo escolher roupas para amanhã.

[...]

Por volta de dez horas da noite as meninas se despediram e foram embora, eu já estava morta de cansaço, graças aos deuses não tínhamos aula amanhã já que era sábado.
Subi para meu quarto, tomei um banho e fui deitar, não demorou muito para eu cair no sono.

[...]

Acordei com meu pai me chamando na porta do quarto, olhei para o relógio no meu criado - mudo e já era onze horas da manhã, abri a porta e meu pai avisou que havia uma amiga me esperando na sala, fiquei confusa, mas achei que era Octávia com toda sua ansiedade, disse que já iria descer.
Fui ao banheiro, realizei minha higiene matinal e troquei de roupa. Enquanto estava descendo as escadas, escutei minha mãe aos risos com uma voz que eu conhecia, mas não soube identificar de imediato, quando cheguei na sala, para minha surpresa era ALEXANDRIA PRAMHEDA.

--- O que você está fazendo aqui? --- Perguntei Exasperada.

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POV. ALEXANDRIA JASMIN PRAMHEDA

Após o término das aulas e minha conversa com a Griffin, fui encontrar o pessoal em uma lanchonete no nosso bairro, pois já tínhamos combinado.

Chegando lá, todos já haviam chegado, fizemos nossos pedidos, conversa vai e vem, Lincoln nos falou de uma super festa que ele estava organizando e nos disse de uma garota com quem ele estava saindo, a "garota misteriosa" que estávamos começando a achar que era mentira, pois nunca havíamos visto, porém, agora é a oportunidade, todos nós concordamos e ficamos mais um tempo lá.
Já estava escurecendo, quando cada um seguiu para sua casa.
Assim que cheguei dei um beijo em meus tios e subi para meu quarto, teria que dormir cedo, pois no dia seguinte teria uma corrida de motos clandestina e eu iria participar, pela diversão e pelo dinheiro do prêmio. Tomei uma ducha rápida e cai na cama. Não dormi de imediato, fiquei na cabeça a aproximação de mais cedo com a Griffin no carro, e nos olhos azuis da loira. Afastei meus pensamentos e fechei os olhos para dormir, não significava que tinha conseguido tirar ela da minha cabeça.

[...]

Acordei com a porta do meu quarto sendo aberta, e vi...

--- Griffin?--- perguntei ainda um pouco sonolenta, enquanto a figura loira se aproximava.

--- Griffin? Hoje não, para você é apenas Cotter --- Ela caminhava lentamente até mim.

Sorri ainda confusa, enquanto olhava a loira, ela estava diferente, um ar de superioridade, ela levou as mãos até a barra da blusa com um sorriso presunçoso no rosto. Enquanto ela tirava a blusa, começou a tocar uma música para acompanhar os movimentos. Estava ansiosa para ter o privilégio da visão, mas o som ia se tornando cada vez mais alto.

Acordei com o barulho do despertador do meu celular, bufei frustrada, frustrada pelo sonho, por não terminar e por ter esse tipo de sonho. Levantei e fui direto para o chuveiro gelado tentando esquecer o sonho que tive. Me arrumei, tomei um breve café com meus tios e segui rumo ao local da corrida. Meus tios nem de longe sonham que eu vou participar de algo assim, acham que vou sair com Cóstia, que eles nunca descubram, amém!

[...]

Assim que cheguei ao local e desci da moto, uma voz familiar soou:

--- Lexa Pramheda, veio para me assistir ganhar? --- NIA!

--- Claro Nia, ai você acordou do seu sonho né? --- Não tem garota mais insuportável que essa, se vangloriando por ganhar corridas, será que ela sabe que os pais dela pagam para os competidores perderem, para ela continuar sendo mimada? Idiota!

Seguimos para a pista antes de darem a largada, olhei para o lado e encontrei Nia, sorrindo para mim, colocamos o capacete e logo escutamos o sinal de início.

Uma, duas, na terceira volta, estava entre Nia, eu e outro competidor, quando vejo uma moto me fechar e em seguida minha moto e eu no chão batendo nas placas de metal que insinuavam paredes. De imediato alguns que estavam de fora vieram me ajudar, disse que estava bem mesmo sentindo muita dor.
Subi na moto rumo a saída, enquanto pensava para quem eu poderia pedir ajuda com os curativos e remédios, não queria ir para o hospital, meus amigos estavam ajudando Lincoln, com a festa, e meus tios não podem saber sobre isso. Como na maior parte daquele dia, Clarke invadiu meus pensamentos, mudei a rota da moto e segui em direção à casa dela.

Após trinta minutos, estava eu, fingindo que nada havia acontecido, tocando na campanhia dela. Alguns minutos mais tarde um homem loiro, terno cinza e gravata azul-escuro,
abriu a porta, confuso, pois nunca havia me visto.

--- Olá?posso ajudar?---

--- Olá, meu nome é Alexandria, eu sou... amiga, amiga da Clarke, ela está? --- sorri, ainda indecisa com a palavra "amiga"

--- Claro, entre, espere na sala que eu vou chamá-la---

Entrei na casa enorme, notava-se que era de uma família rica, móveis em madeira maciça, grandes quadros por toda a sala. Olhei para o sofá e tinha uma mulher loira, que julguei ser mãe de Clarke pela semelhança com a mesma.

--- Olá querida, amiga nova de Clarke? --- perguntou sorrindo

--- Quase isso --- Respondi meio sem jeito

--- Ótimo, me conte mais sobre você ---

Engajei uma conversa com a mulher que diferente de Clarke, tinha um bom humor e uma boa conversa, falei algumas coisas irrelevantes sobre mim, e depois ela me disse coisas sobre a infância de Clarke e como ela era uma criança levada, ri com boa parte das histórias, até que ouvimos passos descendo as escadas.

--- O que você está fazendo aqui?---

Como sempre, coloquei meu sorriso no rosto antes de virar para a loira.

--- Preciso da sua ajuda, de novo? --- falei sem graça. 

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