2 - Imobilização

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Pov - Becky

Acreditariam se eu dissesse que existe uma enorme quadra de basquete em um prédio do departamento de polícia? Acreditem, pois é onde estamos.

– Então isso é onde nossos impostos estão. Não podem proporcionar uma academia para seus próprios membros, então vocês tiveram que construir uma particular para vocês mesmos? Seus cretinos egoístas.

– Aqui era um armazém abandonado antes de renovarmos como quadra de exercícios para o nosso departamento. Então, pronta para entrar no ring?

– Você quer dizer nesse lixão?

– Detalhes, detalhes... Você sabe, ainda há a opção de termos nosso confronto depois que seus ferimentos estiverem completamente curados. Você teria uma chance melhor de ganhar.

– Bem, dane-se você com essa proposta.

Começo tirando a faixa em volta da minha cabeça para logo arrancar o curativo na minha bochecha. Já tive piores.

– Uma contusão ou duas, não vão me impedir de chutar sua bunda--

Me distraio ao vê-la tirando seu coldre axilar com sua arma de fogo e o deixando de lado, junto com sua camisa social de botões. Ficando apenas com uma camiseta justa em seus seios. Ela me pegou encarando-a e um sorrisinho cínico cresce em seu rosto.

– Mesmo? Posso ajudar você com alguma coisa?

– V-você deveria se preocupar com você mesma! Lembre-se! Se eu ganhar, você volta pro inferno e me deixa de fora deste caso.

Esclareço enquanto tiro meu moletom que estava por cima de minha regata surrada e confortável.

– Que seja! Mas se eu ganhar você será uma boa cachorrinha e irá cooperar comigo até essa investigação acabar.

– PORRA SAROCHA, PARE DE ME CHAMAR ASSIM!

tô avisando... eu vou morder ela.

– Pra você é detetive.

Não se abala por minhas ameaças. Sempre com esse cinismos irritante, fazendo o que bem entende.

– Antes de começarmos, que tal algumas regras? Sem mordidas, cuspe, dedo no olho, golpe baixo, ou puxões de cabelos. Imobilização é um jogo justo. A primeira a bater no chão ou ser nocauteada perde.

– Por mim está bem. Uma vez que isso termine. Eu vou dar a você o retorno por isso.

Com o dedo indicador aponto para a cicatriz.

– Acho bastante justo.

Descaradamente se apoia em meu ombro para tirar os sapatos.

– Hey! que merda você está fazendo?

– Oh sim. Tire seus sapatos, esses tapetes são usados e eles já estão desgastados.

– Já ouviu falar em espaço pessoal?! Não se apoie nas pessoas sem perguntar primeiro, merda!

Levanta o rosto para me olhar deixando-o a centímetros do meu.

– Muito bem, eu posso?

Perto demais, isso me deixa nervosa e não sei o motivo. Deslizo para trás, saindo de seu alcance.

– Perguntar depois, simplesmente anula o propósito.

– Bem, não importa.

Sério?! Por que você...! Essa maldita está tirando seus sapatos sem apoio nenhum, demonstrando seu ótimo senso de equilíbrio bem na minha frente. Canas são malditos, eu vou matar ela...!

Our Destiny | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora