17 - Objeção

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Alguns dias depois

– Ugh! Eu nunca pensei que odiaria o dia do caminhão. Só porque eu estou um pouco machucada, não significa que eu não possa fazer mais trabalho interno.

Rebecca reclama como sempre. Com sua grande teimosia voltou a trabalhar, mas foi designada por Nuttapong - seu chefe e amigo - a apenas executar trabalho externo, que seria buscar cargas em diferentes comércios e descarregar no armazém. Ainda querendo que ela pegasse leve, designou Non para supervisioná-la e fazer todo trabalho braçal.

Agora estão eles, voltando para o armazém com uma das últimas cargas do dia. Non está dirigindo e Bec de seu lado no banco de passageiro.

– Talvez se você não tivesse se deixado ser esmurrada até sangrar, ficar cheia de machucados ou forçado seus braços para se livrar das cordas. - Non comentou sarcástico.

– Oh... você ouviu sobre isso? - Ele assente.

– Mas o Nutt colocou você para fazer serviços externos de acordo com as recomendações do hospital, de que você não pode ficar realizando tarefas pesadas. - Becky faz seu típico beicinho e cruza os braços. – Você podia pelo menos fazer um esforço de usar mangas compridas para esconder os curativos em volta dos seus pulsos.

Os pulsos de Becky ainda estavam enfaixados, os cortes foram profundos e mesmo que pontos não foram necessários, ainda assim, não se fecharam completamente. Tendo que mantê-los cobertos para que não entre em contato com sujidades.

Não querendo falar sobre, muda de assunto. – Bem, tanto faz. Não posso esperar para ir pra casa e pular na cama... - Abre uma garrafinha d'água e ingere uma quantidade generosa, enchendo as bochechas.

– E trombar com a detetive? - Non não perde a chance de provocá-la.

Bec engasga. Toda a água pula para fora de sua boca antes que desça pelo lugar errado, e uma crise de tosse chega sem aviso. Non aproveita e dá continuidade.

– Quero dizer, na última vez que eu vi, vocês estavam prontas para avançar para a segunda base. Poderia muito bem ir para casa correndo. - o sorriso divertido não abandona seu rosto.

Becky se recupera e totalmente ruborizada começa a repreendê-lo. – MERDA, NÃO! VOCÊ NÃO ESTÁ AUTORIZADO A USAR LINGUAGEM DE ESPORTE PARA FALAR DESSAS COISAS COMIGO! NUNCA!

– Aw, não me diga que vocês ainda não fizeram nada para fazer esse relacionamento andar.

– Eu... eu não sei como. - se recosta no banco e fecha os olhos dando um suspiro frustrado. – Eu não sei o que diabos tenho que fazer. Eu ainda nem mesmo a chamei para sair!

Vendo como sua irmã está frustrada decide ajudá-la, nem que seja um pouco, a ser mais confiante. – Mas, ela está esperando você pedir?

Becky pensa por um momento antes de responder. – Bem, não. Pelo menos eu acho que não.

– Ela está esperando alguma coisa de você?

– Apenas que eu confie nela. - Diz olhando para a paisagem através da janela.

– Isso é tudo o que importa. - Volta a atenção para o irmão, que está com um sorriso suave no rosto e concentrado na estrada. Pensando que ele tinha razão, relaxa um pouco.

....

Ao destrancar a porta de casa e conseguir visão da parte de dentro, Becky encontra o saco de pelos sentado em sua frente e extremamente descontente com seu retorno.

– O que foi? Seu urso polar rejeitado. Francamente, já fazem quatro dias. Você devia estar acostumado comigo morando aqui agora.

O cachorro continuou a encará-la com aqueles olhos azuis frios como a neve e um barulho ameaçador saindo de suas cordas vocais. Bec continua a repreendê-lo.

Our Destiny | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora