7 - Recruta

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Flashback On - Dois anos atrás...

Pov - Becky

– Você tem 'culhões' para mexer com esses lobos, vadia.

– Da última vez que eu chequei eu não tinha nenhum. Mas isso não quer dizer que não vá enterrar essa sua cara feia.

Lobos?! Nunca ouvi falar dessa gangue, três deles (talvez os únicos) me encurralam. Cada um tem uma tatoo característica, acho que deveria ser a pata de um lobo mas parece uma patinha de um doguinho, fofos.

– Sua filha da p--!! Uuggh!?

Um deles que parece ser o líder me enfrenta primeiro. Com os punhos cerrados vem em minha direção, antes de me acertar meu pé encontra sua barriga na altura do estômago tirando-lhe o ar.

– Sua guarda está aberta, seu amador!

Em seguida meu punho afunda em seu rosto feio e assim ele cai desacordado. Os outros dois olham assustados para o chefe e para mim, chamo-os com dois dedos.

– Vamos lá! Anime meu dia, saco de pulgas!

– Vadia!

O segundo dispara até mim e agarra minha cintura tentando me imobilizar derrubando no chão.

– Já ouviu falar em espaço pessoal?

A cabeça dele está na altura da minha cintura, agarro seu pescoço com os braços. A primeira coisa que encosta violentamente no chão é seu rosto amortecendo minha queda e o fazendo desmaiar. Acho que depois dessa só uma plástica resolverá a cara de bunda que ele vai ficar.

– Sempre quis tentar esse golpe. Bom saber que funciona.

O terceiro se aproxima sorrateiramente, acerto-o na barriga fazendo-o cambalear e cair no chão onde um último soco é desferido.

– Bem, isso foi um saco... acabou rápido demais. Talvez eu devesse ter dado a eles uma vantagem? 

Esse foi o três contra um mais fácil da história, que sem graça. Esses bandidinhos medíocres, toda a marra de antes foi pro saco e eles pro chão dormindo igual bebês.

– Ei, você! Para aí mesmo!

Ouço uma voz um pouco distante, viro-me e vejo um policial saindo da viatura de onde não vi se aproximar e nem mesmo ouvi a sirene.

– Hm... Nah.

– "Nah"?! Você sabe com quem está falando, criança? Ei, pare!

Começo a correr entre os becos, aquele policial não é desconhecido, é sempre ele que vem interceptar minhas lutas de rua com suas leis taxativas. Um pouco distante ainda ouço-o falar.

– Ei, recruta, fique aqui e-- DE NOVO NÃO!

Corri demasiado entre becos e ruas até parar em uma das esquinas em uma distância que me parece segura.

– Huh, parece que eu já despistei eles. Ou eles estão afrouxando, ou estou ficando boa nisso.

De repente alguém segura meu ombro, por reflexo meu calcanhar voa em direção ao rosto da mulher.

– Impressionante. Mas você devia saber que agredir um oficial da lei é uma grande ofensa.

...Freen Sarocha, 22 anos. Recruta...

Ela bloqueou aquilo? Parece que nem todos os policiais aqui são inúteis. Ela está devidamente fardada e os cabelos presos em um coque baixo perfeito.

Our Destiny | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora