5 - Mudança

528 88 24
                                    

Curtinho, mas espero que gostem ;)

.

.

Part. 2

Pov - Freen

– Parece que está na hora do almoço. Vamos.

Após a barriga de Becky dar um show para metade do shopping e ela ficar extremamente corada nos direcionamos a praça de alimentação. Comer no shopping não é minha praia, afinal há várias opções e sempre fico indecisa do que aderir. Dessa vez deixo-a escolher a nossa refeição enquanto procuro uma mesa, minutos depois a vejo caminhando até mim carregando uma bandeja com hambúrgueres e refrigerante, ela é terrivelmente previsível e nada saudável.

Estou com uma pulga atrás da orelha desde que aquele cara apareceu repentinamente e desapareceu da mesma forma, então decidi simplesmente perguntar sobre.

– Então aquele seu amigo, Pon, era isso?

– É Non.

– Desculpe. Você e o Non parecem... próximos.

Não sei como abordar o assunto sem me expor completamente ou só estou receosa de perguntar diretamente e receber uma resposta não desejada.

– Nós crescemos juntos, então obviamente somos próximos.

– Entendo...

Ele é seu namorado? Se sim, por que não estão morando juntos agora? E nós, somos próximas? Você escolheu a mim invés dele? Por que fala de mim para ele? Ele é bom com você? Ele é melhor que eu?! Perguntas onde as respostas podem me condenar.

– Hum... Você está bem?

– Eu estou bem...

Tento limpar a mente desviando minha atenção para as pessoas daquela praça, a maioria são casais em encontros, casais comendo com seus filhos, pessoas caminhando com bandeja na mãos buscando alguma mesa para aproveitar a refeição, três homens de terno andando juntos e parecem procurar por alguém. Esse último é bem suspeito, normalmente pessoas assim estão perseguindo a Becky.

– É... Eu não vou...

– Pare de falar.

Estou tentando manter o foco de não desviar meus olhos deles, mas ela não está colaborando.

– Com licença... Mmph?!

Sua fala é cortada e abafada pela minha mão tampando sua matraca, só fique quieta um minuto.

– Cale-se... Ugh!!

Afastei a mão de sua boca em um rompante, antes disso senti algo úmido se arrastar pela palma, foi uma lambida?!

– Você não fez... !!

– Como você teve coragem...

Ela grita, tão escandalosa. Aqueles homens estão olhando de mesa em mesa claramente a procurando. Droga! o que eu faço para calá-la? Já sei...

– Ei, o qu-? Mmmphh?!!

Puxo-a para perto, cubro sua cabeça com o capuz de seu casaco e tomo seus lábios nos meus apenas os encostando em um selinho.

– Cale a boca, feche os olhos e me abrace.

– E-espere... o qu-?

Sem demorar a beijo novamente, ao perceber nossa interação aqueles três passam direto sem dar uma boa checada em nossa mesa. Ora, ora, eles não são um grupinho persistente? Nossos lábios ainda estão grudados e sem movimento algum, percebo Becky segurar firmemente meus braços e tentar se afastar murmurando alguma coisa.

– Mmh...! Mmmph!! Mmmmhh!!!

Traduzindo.

Não posso...! Oxigênio...! Preciso...!

– Essa foi por pouco.

Finalmente a largo e vejo-a respirando uma grande lufada de ar, mal recupera o fôlego perdido e logo começar sua gritaria novamente, reclamando e se queixando de minhas ações.

– Deus... Porra... Que merda, Freen! Eu- Mmmmph?

Não resisti, esse beicinho em seus lábios quando reclama, a sobrancelha franzida, os olhos levemente estreitos a deixam inteiramente fofa, meu nome ecoando de sua boca me causa borboletas no estômago, minha vontade e de desfazer esse bico perfeito com meu lábio, sem pensar muito é isso que faço. 

Seguro o colarinho de sua camisa e a puxo para mim reivindicando novamente sua boca dessa vez com intenção de aprofundar o beijo. Prendo seu lábio inferior entre meus dentes passando a língua sobre eles demonstrando minhas vontades, Becky demonstra um pouco de resistência mas logo cede passagem e nossas línguas se encontram em uma dança perfeita onde o ritmo desconhecido nos conecta profundamente.

Exploro cada canto de sua boca, seu gosto é deliciosamente doce e convidativo, eu poderia beijá-la para sempre. Continuamos nesse ritmo até o ar nos faltar e infelizmente ter de nos separar para encher novamente os pulmões, deixo uns últimos selinhos ali antes de me afastar com pesar.

– Isso... Foi um retorno.

– O q- o que... Pelo que...?

– Agora qual seria a graça em te dizer o motivo?



- :)

Our Destiny | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora