12 - Ninjas

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Não deu nem para sentir falta...

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Pov - Becky

Quando a van estacionou, me arrastaram para fora sem a menor delicadeza com uma pessoa desmaiada, despertei quando meu corpo colidiu com o chão dolorosamente. Ainda sinto leves pontadas na cabeça e tontura graças ao clorofórmio usado no pano que me sufocaram. Ao abrir os olhos vejo um dos caras com um curativo pouco ensanguentado no nariz, foi o que acertei a cabeçada antes. Com minhas mãos presas às costas envoltas por um lacre fino e firme, marcando e machucando meus pulsos, não consigo desviar dos chutes desferidos na altura do meu estômago me roubando o ar.

– Isso foi por quebrar meu nariz, vadia. - esbraveja irritado. Cuspo um pouco do sangue que se formou em minha boca.

– E isso é um obrigado, tô certa? Porque acho que fiz sua cara ficar um pouco melhor.

Pela provocação mais chutes são desferidos, dessa vez a maior parte acerta-me o rosto. Puxa-me pelo cabelo obrigando a ficar pé e encará-lo.

– Eu vou fuder com sua cara-- UNG!

Minhas mãos podem estar impossibilitadas, mas meus pés estão livres e são o suficiente. Em um movimento rápido acerto um chute em suas partes baixas. Ele cobre o lugar com as mãos e se ajoelha rosnando de dor.

– Wow, isso deve ter doído. - Fala Saint que só agora percebo estar presente, junto a vários outros, sendo espectadores desse show.

O homem que está ajoelhado a minha frente ainda segurando a intimidade, ergue o rosto e me fita, seus olhos transbordam fúria e dor.

– Sua...

– Você quer foder com a minha cara?! AQUI ESTÁ! - Meu pé vai ao rosto dele deformando muito mais que o nariz dessa vez.

– Hum... Impressionante. - Analisa Saint levando um cigarro a boca para um trago. – Muito bem, Becky, você não acha que já teve o suficiente?

– Nem de perto. - solto um sorriso nasal. – Eu nem mesmo tive a chance de socar a sua cara ainda!

Corro em sua direção, mas sou impedida pelos outros e derrubada no chão por chutes e socos consecutivos, sinto-me contraindo em agonia e dor, ferimentos derramam meu sangue em vários pontos do meu corpo.

– Não fique convencida, vadiazinha! - um fala.

– Não fode com a gente. - outro completa continuando a desferir golpes.

Todos param quando ouvem uma nova voz atravessarem os ouvidos.

– É isso que tem dado tantos problemas nas nossas operações?

Faço um pouco de esforço para levantar a cabeça, assim avisto um homem mais velho se aproximando, provavelmente na casa dos 50 trajando um terno preto igualmente aos outros. Seu cabelo todo penteado para trás com comprimento até o pescoço, nas mãos segura um charuto recém aceso me olhando com desdém.

– Senhor! - todos falam ao mesmo tempo como um coro, se curvando em respeito.

– Essa coisa insignificante... é a razão pela qual eu tive que gastar meu tempo e recursos apenas para amarrar as pontas soltas? - se agacha na minha frente. – Que vexame.

Saint, que parece ser o mais próximo e não ter tanto medo do chefe quanto os outros diz. – Bem, são as grandes surpresas que chegam em pequenas sacolas. - ri.

– Ei, se isso te fizer um pouco melhor, eu pensei que você fosse mais assustador. - me dirijo ao tal chefe. – Eu estou meio que desapontada, esse é o chefão que ficava atrás das paredes afinal?

Our Destiny | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora