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PEDRI GONZÁLEZ

Hoje eu esclarecerei tudo para a Skarlet e pedirei para que ela seja empática comigo. Fernando me deu um tapa na cara ontem que foi mais do que merecido. Eu sempre escutarei os conselhos do meu irmão.

Mesmo que a Kitana não volte para mim, eu quero pelo menos ter contato com o meu filho, que é o mais importante nessa história toda.

Estalei os meus dedos e engoli em seco ao observar a Skarlet entrar pela porta principal da casa, me chamando e vindo direto à sala. Ravenna estava deitada ao meu lado enquanto dormia, mas quando ouviu a voz da mulher, ela deu um salto e fugiu.

Até a gata...

— Amor, eu tenho um negócio para te contar! — Skarlet iniciou. Um sorriso de orelha a orelha estava em seus lábios carnudos e avermelhados. A minha namorada estava cheia de sacolas de lojas de grife nas mãos e colocou-as no chão, vindo na minha direção e sentando no meu colo.

Torci o meu lábio, enruguei a minha testa e cocei o meu pescoço.

— Eu também tenho um negócio para te contar... — eu murmurei. Skarlet pegou as minhas mãos e levou até a bunda dela, mas eu tirei a minha mão novamente. Pareceu até que ela não percebeu que tinha algo diferente de tanta felicidade que sentia. — Conta primeiro.

Ela levantou do meu colo brevemente e pegou uma sacola pequena que estava entre as outras. Skarlet sentou novamente no meu colo e me entregou a sacola de papel.

— Abre, meu bem. Anda. — ela me apressou. Enruguei a testa, não entendendo onde ela queria chegar com isso. Tateei a sacola e senti o meu coração acelerar, olhei o interior do objeto e engoli em seco ao observar um teste de gravidez e uma camisa infantil do Barcelona com o número oito e o nome escrito 'Papai'. Puta que pariu. — Nós vamos ser papais!

Caralho. Acho que vi tudo embaçado por alguns segundos que pareceram a eternidade. A minha pressão caiu.

— Ah... — eu abri a boca concordando com a cabeça. Eu enruguei a minha testa e um sorriso torto estava nos meus lábios. — Que notícia boa, Let.

Eu estou fodido.

— Sim! Eu tenho certeza que será uma menina. — Skarlet começou a tagarelar. Eu encarei a barriga dela, assustado. Ela sempre toma pílula do dia seguinte e na maioria das vezes nós usamos camisinha. Eu não quero ter uma menina com ela, eu quero ter uma menina com a Kitana. Porra, merda de pensamento intrusivo. Saí do transe quando a mulher pegou as minhas mãos e colocou na barriga dela. — Ainda não está grande porque eu estou no primeiro mês ainda, mas você vai ver quando estiver lá para o terceiro mês.

— É... — eu murmurei. Skarlet enrugou a testa me encarou confusa.

— Você está estranho... Não está feliz? — a morena perguntou confusa. Eu me apressei para respondê-la.

— Não... Eu estou feliz! — eu respondi. — Só estou cansado do treino.

— O que você ia falar de tão importante quando eu cheguei? — Skarlet perguntou desconfiada. Eu gaguejei e abri um sorriso torto.

Tudo bem. A Skarlet não vai ter coragem de fazer isso com o meu filho. Eu não me importo com o meu relacionamento com ela, isso eu aguento, mas eu não vou ficar longe do Henri.

kitana², pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora