kitana², pedri gonzález.

20.

2 meses depois.

PEDRI GONZÁLEZ

Henri estava fazendo três anos hoje e eu e a Kitana resolvemos fazer uma festa para comemorar o seu aniversário. O meu filho quis uma festa com diversos temas, então eu e a Kitana tivemos uma ideia e nos inspiramos na Kylie Jenner e no Travis Scott. O tema da festa dele seria "O mundo de Henri".

Tinham placas na entrada indicando cada espaço, que eram cinco; o primeiro era de um safari, o segundo era do Barcelona, o terceiro era do desenho animado Patrulha Canina, o quarto era de parque de diversões e o quinto era do Paris Saint-Germain. Nós tentamos falar com ele que poderíamos juntar o espaço do PSG e do Barça em um espaço de futebol, mas ele não quis, então não forçamos.

Confesso que me sentia pobre após gastar dinheiro com essa festa. Não quero nem imaginar quando ele fizer dezoito. Era óbvio que a Kitana também ajudou. Nós fizemos um acordo dizendo que eu pagaria pela decoração e os funcionários e ela pagaria pelas comidas e lembrancinhas. Eu fiquei com a parte mais cara e gastei todo o meu salário de um semestre nessa festa. Não tenham filhos. Pelo menos foi o um milhão mais gasto na minha vida toda, a festa estava muito bonita.

Eu estava usando uma calça branca feita de um material leve e uma camisa de botões, com manga longa e azul-escuro da Ralph Lauren, o cavalo da blusa era vermelho. Nos pés, eu calçava um tênis branco. Meu cabelo obviamente estava cortado no jeito de sempre e a minha barba e a minha sobrancelha estava feita. Eu estava cheirando a Prada, mais especificamente a Luna Rossa Ocean.

Henri estava praticamente igual a mim, mas estava com um short ao invés da calça branca. Ele também estava com uma blusa de botões azul-escuro, mas não era da Ralph Lauren. Ele estava com uma espécie de sapatênis, mas era bonito, era branco e tinha um detalhe azul-escuro. Uma correntinha prata estava ao redor do seu pescoço e ali eu tive certeza que ele seria extremamente estiloso quando crescesse. Que orgulho! Vai encantar todas as garotinhas com o sangue González.

Kitana estava usando um vestido tomara-que-caia branco com folhas no tom azul-escuro. Havia um decote pequeno no meio de seus seios e tinha um laço do próprio vestido, a peça de roupa era longa e ia até os seus pés, não permitindo a vista do que ela estava calçando. A morena estava com o cabelo solto e sua maquiagem era leve, ela usava acessórios de prata e suas unhas estavam curtas e pintadas de preto.

É, ela estava bonita.

Eu estava em uma mesa com alguns jogadores do Barcelona e estava fumando um charuto com o Fermín e o Raphinha. Nós estávamos falando mal dos jogadores do Real Madrid e também falávamos sobre a vida dos outros, iguais a velhos de setenta anos em um bar no fim do mundo.

Nesses dois meses, o doutor Hernandez conseguiu me ajudar bastante com a questão da dependência emocional. Agora eu consigo enxergar que a Kitana não é uma deusa que deve ser idealizada, e que eu não preciso ser uma sombra dela. Além do mais, agora eu comecei a reaproveitar a minha solitude.

Eu tenho um respeito gigante pela mãe do meu filho e agora tenho quase certeza que não passa disso. É claro que às vezes eu sinto saudades de seus beijos e principalmente de seu corpo, mas atualmente acho que a única coisa que eu sinto é atração e respeito.

Eu nem reparei que estava encarando-a de longe até o momento em que o Gavira me chamou e acertou um tapa na minha nuca. Ao lado dele, a Mileena estava com as pernas cruzadas e a mão dele estava apoiada na coxa dela.