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PEDRI GONZÁLEZ

Kitana estava linda.

E eu estava ficando maluco aos poucos enquanto observava-a sorrir pelo zoológico. Eu não poderia nem ao menos trocar um mero "a" com ela. Eu só queria poder encostar nela e lhe dar um beijo cheio de vontade. Eu preciso dela.

A mulher da minha vida estava com um macaquinho preto e de alça fina, era feito de um material confortável, provavelmente algodão, ele realçava a bunda dela. Ela estava com uma camisa branca de linho por cima e manga longa, mas não estava abotoada. O seu cordão da sorte, que era de um anjo minimalista, estava pendurado em seu pescoço. Um boné branco da New York estava enfeitando a sua cabeça, seus fios de cabelo escuros estavam soltos e ela estava usando uma bolsa pequena da Louis Vuitton. Em seus pés, ela usava um tênis branco da Axel Arigato.

Perfeitamente perfeita.

Não. Para com isso, Pedro.

O meu filho estava com um short de linho off-white e uma camisa azul com o nome do Mickey Mouse em vermelho. Ele estava calçando um All Star branco com linhas vermelhas e usando uma meia branca. No momento, ele estava em cima dos meus ombros enquanto eu segurava-o, já que ele estava começando a ficar cansado de andar.

O lado bom de ter criança de colo era que sempre podíamos ultrapassar pessoas na fila de algum lugar, o lado ruim era que a minha coluna estava indo para a puta que pariu.

Eu também estava usando um short de linho off-white e uma camisa azul, porém da AMI Paris. Nos meus pés, eu calçava o meu tênis incrível e azul da marca Off-White, da coleção Out-Of-Office. O meu cabelo estava feito, assim como a minha barba e as minhas sobrancelhas. Eu me sentia com vinte anos toda vez que eu estava sem barba.

— Olha, papai! Olha, mamãe! A tia Skalet! — Henri apontou para um animal, todo empolgado. Eu e Kitana arregalamos os nossos olhos quando observamos uma cobra. Eu soltei uma risada sincera e fiz um hi-five com o meu filho enquanto a Tenório estava surpresa pelo o que o nosso filho disse.

— Até a pele é parecida né, meu garoto? — eu incentivei o meu filho a fazer bullying com a ex-madrasta dele. Um sorriso maléfico surgiu nos lábios do meu filho e ele assentiu. — Não chega perto dela.

Eu andei até o cubículo onde a cobra estava presa e o Henri ficou observando o animal com medo.

— É feia engual a tia Skalet. — o meu filho comentou. Uma risada nasal e maléfica escapou de mim. Ele era uma cópia minha, não precisava nem de DNA para comprovar.

— Henri. — Kitana repreendeu o mais novo. Ele piscou diversas vezes e arregalou os olhos, com medo. Henri só respeitava a Kitana, assim como eu. Nós dois éramos mais parecidos do que eu imaginava.

— Mamãe, eu quelo ' a gilafa. — Henri mudou de assunto para escapar da bronca. Kitana soltou uma risada nasal e resolveu deixar a bronca de lado.

(...)

Henri estava dormindo no carrinho dele enquanto eu levava-o pelo zoológico. Kitana estava levando a mochila do nosso filho, já que eu estava com uma dor na coluna porque carreguei ele. De repente eu me tornei mudo.

As árvores estavam lindas, não é? Estavam em um tom de verde muito bonito, que lembrava simplesmente... Folhas de árvores. O céu estava azul e o sol estava radiante. Haviam diversos burburinhos pelo zoológico, já que o lugar estava cheio e as pessoas dialogavam sobre os animais. Eu vi um macaco, ele era bonito. Eu vi um leão também, a juba dele estava extremamente bagunçada.

Era um bom zoológico.

Aparentemente eles cuidavam bem dos animais. Vou perguntar a algum funcionário se eles aceitam o Ferran aqui, a língua do meu melhor amigo não é muito diferente da língua desses animais graciosos.

kitana², pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora