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Quatro anos atrás.

KITANA TENÓRIO

— Meu amor, a gente precisa confirmar isso logo. Não surta, independente do resultado nós estaremos ao seu lado. — Noémie acariciou a minha cabeça e me entregou a embalagem do teste de gravidez. Eu encarei elas duas e ambas entenderam que eu precisava de espaço para confirmar.

Peguei o teste, me sentei na privada e fiz xixi em um potinho, depois coloquei a ponta do teste no pote e esperei cinco segundos. Tirei de olhos fechados e abri a porta, entreguei para uma das meninas e ouvi os arquejos delas, sabendo que não era a resposta que eu queria.

— Eu estou grávida? — eu perguntei amedrontada, abri os olhos e elas me encaravam com pena.

Puta merda.

— Kitty, quatro a cinco semanas. — Mileena revelou e eu arregalei os olhos, sentindo as lágrimas descerem. Puxei o teste de gravidez da mão da minha irmã e encarei ele, era verdade, aquele teste era o mais eficaz e isso era comprovado por diversos sites confiáveis e cientistas. Noémie me contou que teve uma paciente no estágio dela que usou essa merda de teste três vezes e todos deram o mesmo resultado.

(...)

Atualmente.

Eu entreguei o teste com o resultado para o Pedro, sem nem ver. Não tive coragem de saber se de fato estava grávida ou não, mas espero que não. Eu nem tenho tempo para cuidar de mais uma criança...

— Tem certeza que não quer ver junto comigo? — o moreno perguntou. Eu assenti e ele murmurou um "tudo bem então". As minhas mãos estavam tremendo e suando ao mesmo tempo. Eu engoli em seco e ouvi o pigarreio do Pedro.

— E aí? — eu perguntei nervosa. Abri um dos meus olhos e o Pedro estava me encarando com lágrimas nos olhos. Puta merda. Arregalei os meus olhos e entreabri a minha boca. — Deu positivo, não é?

Eu perguntei, sentindo o meu coração doer. O pai dos meus filhos assentiu e engoliu em seco, mas rapidamente me abraçou.

— Olha, eu quero ser presente em tudo dessa vez. Não quero perder nada relacionado ao nosso novo filho, então não me proíba disso, por favor. — Pedro pediu. Ele deixou um beijo na minha testa e acariciou a minha mandíbula. — Precisamos resolver o que vamos fazer.

Eu enruguei a minha testa e levantei a minha cabeça, encarando os olhos escuros do González.

— Como assim? — eu perguntei confusa.

— Somos pais de duas crianças... Acho que já está na hora de pararmos de agir como dois adolescentes. — o moreno disse. Eu arregalei os meus olhos e pisquei-os rapidamente.

— E o que você quer fazer com isso? — eu murmurei. Segurei o teste na minha mão e vi que eu estava com uma a quatro semanas de gravidez. Talvez foi no dia do carro... Merda de pílula do dia seguinte. Eu nunca mais vou transar.

— Podemos tentar algo sério. — Pedro sugeriu. Eu encarei-o e soltei um suspiro, movimentando os meus ombros para cima e para baixo. — Eu gosto de você, Kitana, eu só não sentia que era o momento certo para termos algo, mas acho que com essa nova criança a caminho, tudo ficou explícito para mim. Além de que, o Henri vai ficar muito feliz com a notícia de que nós estamos juntos.

— Como você acha que o Henri vai reagir no quesito de ser irmão mais velho? — eu perguntei, me sentindo insegura. O Henri está acostumado a ser o centro das atenções e eu tenho certeza que ele não se sentirá confortável em dividir a atenção com mais uma criança.

kitana², pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora