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Dois meses depois.

PEDRI GONZÁLEZ

Pablo resmungou quando a Kitana, do Mortal Kombat que nós estávamos jogando, deu um golpe especial na Mileena dele, fazendo com que um Fatality aparecesse na tela da televisão de cento e dez polegadas. Um sorriso de canto surgiu nos meus lábios e eu movimentei os meus ombros para cima e para baixo, me gabando. Gavira acertou um tapa na minha nuca e eu xinguei-o. Henri nos observou confuso, mas acertou um tapa na nuca do tio dele.

Não demorou muito tempo para surgir um "Kitana Wins. Flawless Victory." na tela da televisão e a voz soar pelos alto-falantes do aparelho. Essa televisão foi o meu melhor investimento.

Ouvi a voz da Mileena, mulher do Pablo e minha cunhada, me gritar do segundo andar e eu e o Gavira nos entreolhamos assustados. Corremos, eu peguei o Henri no colo e nós subimos as escadas.

— O que foi? — eu perguntei ofegante. Eu nunca corri tanto assim, nem em uma partida. Quando eu olhei para a cama, o edredom estava encharcado com um líquido transparente e eu arregalei os meus olhos. Mileena e Kitana estavam tranquilas, enquanto a irmã mais velha segurava a pequena Jade, a minha sobrinha. A bolsa estourou! — Puta que pariu.

Coloquei o Henri no chão e corri até o quarto da minha filha, que estava prestes a nascer, pegando a bolsa da maternidade. Eu levei até o quarto e percebi que a Mileena já estava no banheiro, ajudando a minha mulher a se manter em pé para tomar banho. Pablo estava segurando a Jade em seu colo e o Henri estava ao seu lado, perguntando o que estava acontecendo. Coitado.

— O que está acontecendo, titio? — Henri perguntou confuso para o Pablo.

— O presente que a cegonha trouxe para os seus pais finalmente vai nascer. — Gavira respondeu. Eu enruguei a testa e entrei no banheiro, já que iria ajudar a Kitana e deixaria a Mileena cuidando de sua filha.

— A minha ilmã vai nascer? — o meu filho gritou todo felizardo. Eu assenti e o pequeno abriu um sorriso largo. — Vai logo, mamãe, eu quelo ver a minha ilmã!

Se fosse fácil assim...

Ajudei a Kitana a sair do banho e ajudei ela a vestir a sua roupa, que era um vestido longo e verde musgo de alças finas. O que ela sairia da maternidade era um tomara-que-caia longo e branco. Fiz uma trança em seus fios de cabelo escuros e deixei duas mechas na parte da frente. Depois ajudei o Henri a tomar banho e o Pablo escolheu uma roupa para ele.

Mileena e Pablo ficariam com o Henri na sala de espera do hospital, já que eu entraria na sala de parto junto com a Kie.

(...)

KITANA TENÓRIO

As enfermeiras do pronto atendimento me anestesiaram, já que as minhas contrações estavam vindo de cinco em cinco minutos em uma intensidade maior do que antes. A médica me examinou e percebeu que eu estava com oito centímetros de dilatação, mas como eu estava anestesiada, eu não sentia mais dor alguma.

Depois de uma hora, a dor voltou e eu pedi a segunda dose da anestesia, mas não adiantou muito já que as dores estavas maiores e eu estava com nove centímetros de dilatação. A minha obstetra sugeriu que eu sentasse na bola de pilates para me ajudar a terminar de dilatar. Alguns minutos depois, eu senti um contração muito forte e percebi que a minha filha estava prestes a nascer. A minha obstetra me levou até a cama e disse que toda vez que viesse uma contração, eu deveria fazer força. O meu parto era humanizado.

kitana², pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora