PEDRI GONZÁLEZ
Brinquei com o guardanapo em cima da mesa enquanto ouvia a Skarlet falar no meu ouvido. Eu estava cansado para caralho e ela não parava de falar, o que estava me estressando. Ela não conseguia enxergar que eu não queria conversar no momento?
Eu só queria que tudo voltasse ao normal.
— Você ama ela? — Skarlet perguntou de repente. Eu enruguei a testa e encarei a mulher, confuso. Amar quem? Engoli em seco e encarei ela. Percebi que seus olhos estavam lacrimejando e arregalei os meus.
— Por que você está chorando, Skarlet? — eu perguntei desesperado. A morena balançou a cabeça em negação e soltou um suspiro.
— Eu só quero que você seja sincero. — a morena reforçou. Ela estava falando sobre a Kitana. Eu encarei a Tenório ou Bittencourt, sem dizer nada. Um arquejo saiu dos lábios dela. — Ah.
— Você deveria saber disso. — eu respondi. Movimentei os meus ombros para cima e para baixo, como se disse de forma silenciosa que estava óbvio por todo esse tempo. — Nunca escondi os meus sentimentos pela Kitana.
— Você pelo menos, alguma vez, chegou a me amar só um pouquinho? — Skarlet perguntou. Ela soltou uma risada nasal, indignada e curta. Respirei fundo e soltei um suspiro.
— Nunca te amei, pelo menos não de verdade. — eu respondi. — Eu achei que eu poderia colocar alguém no lugar da Kitana, mas eu descobri com o tempo que não. Eu gosto de você, Skarlet. Eu acredito que você tenha um bom coração por trás desse escudo, mas...
— Eu sei, mas você me traiu e mentiu. — a mulher me interrompeu. Ela engoliu em seco e eu cocei a minha mandíbula, nervoso.
— Tudo bem... Nós podemos conversar sem você me... — eu fui interrompido novamente. Cerrei a minha mandíbula, me segurando para não xinga-la. Eu odiava ser interrompido.
— Você fez com que eu acreditasse que você me amava, como se nós realmente combinássemos. Você fez com que eu me sentisse a única por tanto tempo até ela aparecer novamente. — Skarlet estreitou a cabeça e disse aparentemente com nojo disso. Eu cocei os meus olhos e deixei ela falar. — Eu fiz tudo por nós dois, Pedro. Eu aceitei as suas falhas, eu abri o meu coração para você e no final, você simplesmente me usou para tampar o buraco que uma mulher que nem te quer mais deixou.
Quer sim.
Ou não? Kitana mudou, ela não me usaria mais, não é?
— Eu sinto muito, Skarlet. — eu disse. A mulher alinhou os lábios e abaixou a cabeça, assentindo e fungando. — Você merece alguém melhor do que eu... O problema não é você, sou eu, entende?
A frase mais clichê de manipulação que nós, homens, usamos.
— Concordo. — ela respondeu. A mulher bufou e mexeu no cabelo, enrolando-o no dedo indicador. Meu coração acelerou de forma ansiosa para saber se ela terminaria comigo. Eu esperava que sim. — O problema é você. Você não dá valor as coisas que eu faço por você e olha que eu faço muitas. Você me traiu, me humilhou e ainda fez com que eu pensasse que o erro fosse meu.
— Não era minha intenção fazer isso. — eu respondi fingindo estar cabisbaixo. Um brilho diferente apareceu nos olhos da morena e ela me encarou fixamente.
— Você se arrepende? — Skarlet perguntou. Eu assenti meio contrariado e deixei que ela percebesse isso. A mulher ergueu uma de suas sobrancelhas e semicerrou os olhos na minha direção.
— Sim. — eu respondi. — Mas acho que isso que nós temos não deve ir para frente. Você é uma garota incrível e não merece alguém como eu na sua vida, que te machuca. Eu não quero ter este fardo de ser o homem que te entristece, porque eu não vou mudar, Skarlet. Entretanto, eu quero ser presente na vida do nosso filho ou filha.
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kitana², pedri gonzález.
Fanfiction(O PRIMEIRO LIVRO ESTÁ DISPONÍVEL NO MEU PERFIL) -# 🎭 𝗞𝗜𝗧𝗔𝗡𝗔², 𝗉𝖾𝖽𝗋𝗂 𝗀𝗈𝗇𝗓𝖺́𝗅𝖾𝗓. 𝗢𝗡𝗗𝗘 após anos distante de Barcelona, Kitana está de volta a fim de que possa viver o resto de sua vida na cidade... O único problema é o mor...