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— Barão 🍻

Renanzin: Tá tudo pronto, já podemos embarcar.

— Então vamos logo, quero chegar antes do baile.

[...]

Observo a paisagem pela janela do jatinho e respiro fundo.

Sinto meu peito se apertar por lembrar o que a minha Ísis tem passado por, provavelmente, dois anos, calada.

Eu não sei o motivo de ela ter aguentado isso tudo, todos esses anos.

E eu quero muito saber, mas no momento isso não é o mais importante. Eu só preciso saber que ela está bem.

Ruanzin: O que houve, cara? Por que decidiu voltar assim do nada?

Ruan é um mano puro, do coração bom.
Ele e meu mano Jotapê. Os dois estão comigo desde o início, fechadão mermo. Os únicos pelos quis eu pulo na bala.

Deixei Jotapê lá pra cuidar da minha irmã e da minha mãe, esse não sabe sobre os meus sentimentos pela Ísis, ninguém sabe.

Ruan eu trouxe comigo, ele não tem família, é sozinho, os pais viraram as costas pra ele e ele só tem a mim e a minha família. Meu irmão, pô.

— A Ísis.

Ruanzin: Ué, a mina do Terror? Quê que tem ela?

Explico tudo pro mesmo que me encara perplexo.

Ruanzin: Caralho, mano, que barra! Mas por que tu veio com tanta urgência? Nesses casos tu manda outra pessoa resolver.

— Não quando é sobre a Ísis. Eu gosto dela, Ruan, mais do que eu posso explicar.

Ruanzin: Ih, carai, que viagem é essa?

— Longa história.

Ruanzin: Mas e o morro, Terror vai morrer é óbvio, mas quem vai ficar no comando? Você? — Nego.

— Vou deixar com o Jotapê. Assim que tudo se resolver eu volto pro Paraguai pra ajeitar tudo e fico de vez no Brasil, não quero mais ficar aqui. Você fica como sub do morro, jaé?

Ruanzin: E por que tu mesmo não assume o comando? — Nego.

— Já tenho trabalho demais comandando a facção. — Ele concorda.

[...]

Lua: Que susto! — Luana grita quando eu pulo a janela do quarto dela.

— Janela aberta em dia de baile?

Lua: Eu estava me arrumando. — Vem até mim e me abraça.

— Como tu tá, pirralha?

Lua: Eu tô bem e você?

— Tô bem, pô...

Lua: Ninguém te viu? — Nego.

— Vou aparecer na hora do baile, não quero que ninguém me veja aqui ainda.  — Como ela tá? — Me refiro a Ísis.

Lua: Indo, ela está cheia de hematomas, o Terror bateu muito nela.

— Por quê?

Lua: A mãe pediu pra um dos vapores da segurança levar ela em casa e o Terror não gostou.

— Esse cara é um lixo, como eu não imaginei essa merda... — Por que ela nunca deixou contar?

Lua: Ele usava eu e Isa, ameaçava machucar nós duas se a Ísis abrisse a boca.

— Filho da puta! Ele vai morrer.

Lua: Eu já vou, vou mandar a Ísis vim aqui, vou inventar algo, ela também vau pro baile hoje.

— Ela costuma ir sempre?

Lua: Terror só deixa ela ir de vez em quando, na maioria das vezes, ele leva a Raissa.

— Quem é essa?

Lua: Outra história, depois você vai saber. Vou indo. — Ela sai.

A ansiedade começa a tomar conta de mim. E se ela me achar louco por amar ela assim?

 E se ela me achar louco por amar ela assim?

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Química Bandida - [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora