Terça-Feira

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No quarto escuro, Sayori sentou-se em sua cama, olhando fixamente para o nada. Pensamentos sombrios dançavam em sua mente, enquanto a depressão envolvia cada canto de seu ser. Tentando afastar as nuvens escuras, ela se lembrou da tarefa pendente: escrever um poema.

Com esforço, ela pegou uma caneta e papel. As palavras fluíram como uma correnteza de emoções represadas, uma expressão artística de sua dor. Ao terminar, Sayori deixou o poema de lado, sentindo um peso sair de seus ombros. A exaustão mental tomou conta, e ela adormeceu.

No dia seguinte, no Clube de Literatura, Sayori estava presente, aparentemente radiante para seus colegas de clube. MC, seu amigo de infância e recém-membro, sentou-se ao lado dela. Ele notou a expressão cansada nos olhos de Sayori, mas escolheu não mencionar.

—  Olá, pessoal! Como estão hoje? Vamos começar compartilhando nossos poemas — incentivou Monika, a presidente do clube.

Quando chegou a vez de Sayori, ela leu suas palavras, cuidadosamente escolhendo as que revelavam apenas parte da tormenta que carregava. MC percebeu um tom de tristeza que fugia da alegria habitual de Sayori.

Após o término da reunião, MC se aproximou de Sayori com preocupação nos olhos.

— Você está bem? — ele perguntou suavemente.

Sayori forçou um sorriso.

— Claro, MC. Só estou cansada. Vamos pegar algo para comer depois, está bem?

MC concordou, decidindo não pressionar. Sayori, por sua vez, escondeu sua luta interna por trás de um sorriso, guardando as lágrimas para um momento mais solitário.

Na saída do clube, Sayori e MC caminhavam lado a lado em direção à seus locais. Sayori mantinha sua expressão animada, mas MC continuava a sentir algo errado. Decidiu abordar a questão com sensibilidade.

— Sayori, eu realmente estou preocupado com você. Sei que algo não está certo. Quer conversar sobre isso?

Sayori hesitou por um momento, seus olhos refletindo uma mistura de tristeza e gratidão.

— MC, às vezes a vida é um pouco difícil, sabia? Mas não se preocupe muito. Eu vou superar.

Eles continuaram o trajeto em silêncio, mas MC não conseguia tirar da cabeça a angústia que percebera em Sayori. Essa preocupação persistente fez com que ele refletisse sobre como poderia apoiá-la da melhor maneira possível.

Ao chegarem em suas casas, a atmosfera alegre da amizade entre Sayori e MC ainda estava presente, mas pairava uma sombra sutil de preocupação. No fundo, ambos sabiam que a vida tinha maneiras misteriosas de desvendar seus segredos, e Sayori estava tentando ocultar os dela.

O dia prosseguiu, mas as nuvens emocionais de Sayori continuavam a pairar, desafiando a aparente normalidade da superfície. E assim, o clube de literatura e as relações entre seus membros se entrelaçavam com desafios que não podiam ser expressos em meras palavras escritas.

Ao longo dos dias seguintes, MC notava que a alegria de Sayori no clube de literatura era um esforço consciente. Ele decidiu se aproximar ainda mais, aproveitando um momento após a reunião.

— Sayori, eu realmente me importo com você. Sei que algo está te incomodando. Por que não compartilha comigo?

Sayori olhou nos olhos de MC, uma mistura de gratidão e tristeza refletida em seu olhar.

— É só que às vezes a tristeza parece não ir embora, sabe? Mas eu não quero que você se preocupe. Eu só... tenho meus altos e baixos.

MC respeitava os limites de Sayori, mas uma preocupação persistente continuava a se manifestar. Ele decidiu surpreendê-la com algo especial. Em um dia ensolarado, MC a levou para um parque, proporcionando um momento de descontração e alegria.

Nuvens de Chuva | Sayori!Onde histórias criam vida. Descubra agora