Bem Vinda, Professora.

POR UM MOMENTO

Ao passar dos dias fiquei mais encantada por aquela mulher, ela era doce, carinhosa e atenciosa com tudo. Ao longo do tempo fui descobrindo coisas sobre ela, eram coisas pequenas mas eu considerava importante... tudo relacionado a ela era importante!

Não demorou muito para eu ficar completamente obcecada por ela, a alma dela tinha me lançado e me deixado completamente viciada.

Passou algumas semanas e eu percebi que as trocas de olhares não eram o suficiente para que ela soubesse que eu tinha os meus olhos nela, então decidi escrever já que era a forma mais sincera que eu tinha para me expressar... eu sabia que não podia mergulhar de cabeça porque ela ainda era a minha professora e também era muito mais velha do que eu. Comprei umas flores de plástico para que não corresse o risco delas morrerem, e então no texto que escrevi estava escrito: Espero que goste da plantinha, ela não é verdadeira mas a minha admiração e respeito por você é.
Você tem uma beleza encantadora, você é doce e parece ter um coração de ouro...
Estou escrevendo essa carta com a minha caneta preferida para simbolizar os seus olhos azuis, são muito bonitos e inesquecíveis.

Mesmo que por dentro meu coração estivesse pegando fogo eu esperei até o fim da aula, quando todos os alunos sairam eu me levantei e fui em direção a sua mesa... ela estava linda como sempre, me aproximei e a comprimentei  com um sorriso no rosto.

- Olá professora, como você está? Perguntei a ela com um sorriso no rosto.

-Olá, Charlotte. Estou muito bem e você? Como tem passado?

- Estou bem apesar de tudo, obrigado. Tenho um presente para você, espero que não se importe de recebê-lo...

- Para mim?
Disse Antonela com um sorriso no rosto.

- Sim, professora. Espero que goste.

Entreguei a carta que havia feito primeiro e logo depois a entreguei um vaso com uma plantinha que eu tinha colocado algumas gotas do meu perfume.

- Oh minha querida, você sabe que eu só poderia aceitar a carta...

Então eu disse:

- Professora, não se preocupe você pode aceitar não precisamos contar a ninguém que este presente foi comprado!

Ela me encarou por um tempo com um sorriso timido no rosto, mas logo pegou o vaso que eu havia estendido em direção a ela e disse:

- Vem, me abraça!

E então fiz, lhe dei um abraço e foi uma das melhores experiências... era um abraço sincero e quentinho, isso me deixou totalmente confortável nos braços dela.

Fui para casa a seguir e nada conseguia tirar aquele momento da minha cabeça...

Nada me deixou tão encantada.