UM NOVO MOTIVO

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Depois de toda aquela cena, e depois de a ter completamente aberta para mim...  me senti completamente nas nuvens, só de ver aquela mulher ao meu lado me deixou completamente apaixonada por tudo, eu sentia desejo em viver todas as vezes que ela se aproximava de mim e me tocava, ninguém nunca havia me tocado sem querer me machucar.

Após toda aquela cena de prazer que tínhamos vivenciado nos deitamos e matemos caricias por todo nossos corpos, mas não demorou muito para que batidas na porta nos interrompesse, enquanto luzes de um farol atravessavam as janela da sala onde estávamos completamente despidas.

Logo a pergunto...
-Antonela, quem mais sabe que você estaria aqui?
Ela responde preocupada: "não sei, faz anos que não venho aqui e não falo sobre este lugar... mas não se preocupe, vou até lá para que eu possa revelar quem está do lado de fora... mas talvez seja apenas o caseiro que toma conta deste lugar durante todo esse tempo que não estou, e a ver luzes saindo daqui pode ter o deixado preocupado."
Após deixar o sofá e se enrolar em uma manta, Antonela abre a porta e da sala pude escutar, "Antonela, minha doce irmãzinha... eu disse que voltaria, então quis fazer uma surpresa", me assustei pois aquela voz não me parecia estranha... então me levantei do sofá me cobrindo com uma toalha de rosto e indo espiar através do corredor principal, não dava para ver a pessoa que estava ali, mas dava para ouvir a conversa.

- O que você está fazendo aqui? E como me achou aqui?

Ouço uma voz feminina responder:

- Não está feliz em me ver, Antonela?Como sua irmãzinha mais velha estava morrendo de saudades e queria te ver!

- Carmem, não é que eu não esteja feliz em ver você, mas sabes mais que qualquer outra pessoa o quanto eu odeio surpresas... ainda mais quando me seguem nos lugares! Sei que não está aqui por acaso e também sei que me seguiu desde o momento que sai da escola.

- Antonela, eu sei quem está ai dentro com você... Charlotte é menor e não deveria estar aqui!

- Carmem, não venha julgar o que eu ando fazendo... isso não é da sua conta! Ou é? Sei que não sou a única com os olhos naquela garota... estou errada?

- Antonela, não vou discutir sobre isso com você... ainda mais em um lugar onde as paredes se movem como sombra para poder escutar. Vou para casa e espero você por lá!

Aquela voz não era só a voz que era familiar, aquela era Carmem... Carmem era a minha professora de literatura particular, nos apaixonamos a dois anos atrás e ano passado ela descobriu que estava doente... ela tinha pouco tempo de acordo com os médicos, ela me deixou para que eu não sofresse, assim, me deixando uma carta que dizia:

    "Querida, Charlotte. Minha doce Charlotte! Deixo esta carta para o meu amor que acabo de deixar ir, você sabe que as coisas iriam se dificultar e você iria sofrer mais que eu mesma ou a minha irmã. Amor, tenho pouco tempo e eu poderia te amar mas você nunca superaria o meu adeus e a minha felicidade de faixada...
Eu te amo para sempre, eu vou sempre estar no seu coração"

Antonela era irmã de Carmem, ela nunca havia mencionado nada sobre a sua irmã... nem mesmo o nome...
Eu estava me apaixonando por uma segunda, isso me deixou tão confusa...
Eu ainda amava Carmem, ela mudou toda a minha vida em pouco tempo... ela me ensinou que o toque não machucava, que nem todos os dias eram ruins e que o amor existia.

Passado alguns minutos vejo Antonela regressar para sala e corro de volta para o sofá a espera dela para perguntar quem estava a porta...

- Então, querida? Quem estava lá? Era o caseiro?

Com o semblante triste e preocupado, Antonela responde:

- Não Charlotte, era a minha irmã... temos que voltar, vou te deixar em casa! Tenho algumas coisas para resolver.

- Irmã? Nunca havias me dito que tinha uma irmã... mas pronto! Não importa isso agora. Espero que estejas bem, vou me vestir e podemos regressar a cidade.

Então assim foi, entramos no carro e fomos em direção a minha casa... o carro estava em um silêncio ensurdecedor, mas eu sabia o porquê, e também que as coisas iriam ficar complicadas depois daquilo, daquele dia.

Cheguei a casa e antes de sair do carro Antonela olha nos meus olhos com os olhos cheios de lágrimas e me puxa para um beijo cheio de sentimentos...
Após alguns minutos Antonela se afasta e diz:

- Minha querida, acho que não sabemos muito sobre nós e se sabemos omitimos muitas coisas... e não podemos fazer isso assim!

Observo seus olhos azuis cristalinos ficarem azuis escuros, então a pergunto:
- Devo perguntar o que está o que está acontecendo?

Acenando a cabeça de um modo negativo a respeito e me despeço dela, saindo do carro e indo em direção a porta principal de minha casa, mas antes mesmo de eu dar as costas a vejo a arrancar o carro em alta velocidade... me viro e entro em casa com o coração prestes a sair pela boca.

Bem Vinda, Professora.Onde histórias criam vida. Descubra agora