Paquera

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Mais um capítulo pra vocês e esse tá muito fofo!

Boa leitura :)

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POV VALENTINA

Ao sair da casa da Isa fui direto para a casa dos meus pais. Eu já tinha conseguido alugar um apartamento mas estava uma bagunça, não tinha tempo de desempacotar minhas coisas por conta dos treinos e jogos. Meu pai era gestor de uma empresa, Igor já era casado e morava em São Paulo. Minha mãe era enfermeira, estava há anos nessa profissão.

— Acordada ainda mãe? — falei ao entrar e ver ela lendo um livro na sala.

— Sim. Me empolguei aqui. — Ela tirou o óculos e fechou o livro. — Roberta esteve aqui te procurando, disse que você não atende as ligações dela.

— Estou sem paciência pra drama. — Revirei os olhos e sentei no sofá. — Depois eu falo com ela.

— Filha, você não acha melhor terminar esse seu rolo com a Roberta? É nítido que você não gosta dela.

— A Roberta me ajudou muito na Itália, estava sozinha e ela fez eu me sentir mais acolhida. — respondi com culpa.

— Valentina você não pode ficar com alguém por gratidão. Ainda mais agora...

— Ainda mais agora o que? — perguntei já sabendo.

— Ainda mais agora que você voltou e vai ficar com a Luiza.

— Mãe...

— Eu sou sua mãe e sei das coisas. — ela respondeu convicta.

— Sabe a gente se viu hoje de novo e conversamos, nos abraçamos...

— Já posso voltar a chamar ela de nora? — minha mãe perguntou sorridente.

— Não. A Luiza ainda está muito confusa, eu senti nesse abraço que ainda restou sentimentos mas não sei a proporção. Vou dar um tempinho pra cabeça dela pensar e refletir sobre hoje.

— Sabe do que eu lembrei agora?

— Ham?

— De quando você fugia durante a noite pra dormir com a Luiza na casa dela. — Minha mãe riu. — Eu ficava furiosa com você lembre? Ia dormir com você em casa e quando acordava você não estava. Me enganava!

— E você ligava pra Sonia apenas para confirmar que eu estava lá. — rimos.

— Depois de um tempo eu até parei de ligar, já sabia que era pra lá que tinha ido. Você era terrível e não aguentava ficar longe da Luiza.

— Ela sempre deixava a janela aberta, era por onde entrava. Bons tempos. — refleti.

— Valentina, vai por mim não deixe a Luiza sair da sua vida de novo. Olha o bem que essa mulher te faz, seus olhos brilham, parece que estou vendo aquela menina de dezoito anos de novo. Amores assim a gente acha uma vez na vida, e você deu a sorte de ter uma segunda chance com ela. — Minha mãe sabia como usar as palavras.

— E se ela não quiser mais? Foram cinco anos né mãe, muita coisa aconteceu nesse tempo.

— Não vai saber se não tentar, mas tá bem óbvio que ela ainda sente algo por você filha. Quer uma dica? — assenti. — Toda quarta ela treina no posto 10 em Ipanema. Sei disso porque treinamos com o mesmo Personal, só que ela vai final da tarde que é quando você volta do treino. Passa lá e despretensiosamente esbarra nela.

— É, eu posso ir de bicicleta elétrica e voltar pela orla. Espero conseguir achar ela, que horas mais ou menos ela treina?

— as quatro da tarde e vai até umas cinco. Dá tempo... — Dei um sorriso e fui dormir ansiosa por quarta. Não sabia quando veria a Luiza de novo e essa seria uma ótima ideia.

Valu - Reencontro Onde histórias criam vida. Descubra agora