XVII

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CAPITULO DEZESSETE — vizard( checkers )

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CAPITULO DEZESSETE — vizard
( checkers )





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O chão era gelado e sujo, o desconforto em seu pulso era persistente. O quarto era escuro, com uma pequena janela próximo do teto, ela nunca conseguiria a alcançar, e mesmo que o fizesse, a janela tinha grades, dando pouco espaço para o vento gelado passar.

— Todos esses Arrancar são fortes, que droga. — Ela resmunga, olhando para os próprios dedos e para a algema que entrava em sua carne, a impossibilitando de mexer livremente seu pulso. — Eu não iria sobreviver se tentasse lutar com eles, seria impossível.  A melhor coisa que poderia fazer é esperar a hora certa e me manter inofensiva.

Ela diz para si mesma, suspirando fundo. Seu encontro na noite anterior com Aizen não foi o mais agradável, ela tinha certeza que ele era louco.

Mas ela não conseguia tirar de sua cabeça oque ele tinha dito para ela — O Seireitei não te conta toda a verdade, no fim de tudo. — Oque ele quis dizer com isso, o Seireitei não tinha nada para esconder dela.

— Ele só quer me manipular, não se deixe levar. — Ela fala para si mesma, abraçando as próprias pernas e encostando a cabeça na parede suja.

Ela sentia que estava há um passo da loucura, era desconfortável ficar naquele quarto sem noção das horas que passam, ela até mesmo estava falando consigo mesma para evitar o sentimento de solidão e para não perder a razão.

Tanta coisa tinha acontecido em questão de meses, uma atrás da outra.

Louis morreu, ela colapsou e deixou sua posição de tenente de lado, aconteceu a invasão, a traição de Aizen e agora ela estava sendo mantida como prisioneira.

Ela não conseguia acompanhar tudo que estava acontecendo, ela queria descansar.

— Você está péssima. — A voz masculina, levemente rouca e doce de Louis em seu ouvido, ela levanta a cabeça rapidamente, mas não tinha ninguém no quarto.

Ela se acalmou aos poucos, ela realmente estava há um passo da loucura total.

A porta se abriu, um pequeno rastro de luz apareceu na sala escura, mas logo ela foi embora quando a porta fechou novamente.

— Você está horrível. — A voz diz, ela demorou para levantar a cabeça e olhar para a garota loira, ela não era um Arrancar, talvez tivesse uma posição mais baixa. — Você estava tão arrumada quando chegou, agora está suja e cheia de ataduras.

Mayura se levanta, cruzando os braços na frente do corpo, notando que tinha outra garota, esta tinha cabelos escuros com dois rabos de cavalo de cada lado, ela parecia mais agressiva visto o seu sorriso. — Oque vocês querem?

— Ouvimos sua conversa com o Aizen, sinto muito pelo seu namorado. — A de cabelos escuros diz, ela forçava uma expressão triste, mas obviamente era falsa e até mesmo soava como deboche.

Mayura apenas esperou parada elas dizerem mais alguma coisa, e assim, ela ouviu a risada alta das duas.

— Na verdade, eu acho que foi totalmente merecido, aquele cara era irritante. — A de cabelos escuros diz.

Mayura se surpreende com oque ela falou.

— Você conhecia ele? — Ela pergunta, confusa com a forma que ela falou.

— De que importa se eu conheço ou não? — A de cabelos escuros diz, revirando os olhos.

Mayura fica confusa, mas se recompõe quando nota que elas estavam se aproximando dela como dois lobos atrás de um cordeiro indefeso, ela seguiu com os braços cruzados.

— Sabe, eu ouvi que você era uma tenente, uma das mais rápidas da Soul Society, então, eu consigo imaginar como seria o mais lento. Você sequer teve chance contra o Ulqiorra. — Ela diz, querendo provocar, mas Mayura apenas encolheu os ombros e suspirou, levemente irritada.

— Então o nome dele é Ulqiorra, obrigado pela informação. — Ela diz, forçando um sorriso agradecido que logo foi desmanchado para uma expressão séria e alerta. — Eu acho que entendi, vocês são os ratinhos indefesos que intimidam os prisioneiros para se sentirem imponentes, quando na verdade, são fracas.

— Oque voce disse? — Uma delas se exaltou, aumentando o tom de voz.

— Olha, eu posso estar fraca, mas consigo sentir a reiatsu de vocês, já vi reiatsus maiores em ceifadores de baixo escalão. — Mayura diz, querendo as provocar.

A de cabelos escuros, tenta avançar na garota em sua frente, irritada com seu atrevimento, mas a de cabelo loiro segura seu pulso, a impedindo de chegar muito perto da prisioneira.

Ela se vira confusa para a amiga.  A loira apenas encarava Mayura, oque fez a outra olhar de volta para a platinada, ambas as duas deram um passo para trás.

Mayura apenas a encarava. Seus olhos vermelhos pareciam uma cobra á espreita do bote, a pressão da reiatsu parecia afastar as duas garotas de perto dela, como se ela sentissem a morte tocando em seu ombro.

As garotas dão meia-volta e saem do quarto, deixando Mayura sozinha novamente.

— Eu não consigo usar minha reiatsu direito com essas algemas, mas ainda consigo um pouco. — Ela nota, olhando para as próprias mãos. — Isso pode ser util.

Seus olhos vermelho-sangue olham para a janela, notando o céu escuro e a lua deformada no topo do céu, era a única fonte de luz do quarto.

— Espero que os outros estejam bem. — Ela sussurra para si mesma.





— E ela sumiu, a gente não faz ideia de quem ou oque, mas ela está viva. — O ruivo diz, com um tom nervoso e desespero para o loiro em sua frente que estava encostado em um muro.

— Como essa garota é? — Hirako pergunta.

— Isso é realmente necessário? — Ichigo pergunta, ao receber um olhar entediado, ele responde. — Cabelo branco e olhos vermelhos.

Hirako se recorda da garota que o encarou certo dia na escola enquanto ele
falava com Hiori no telefone, ele lembra da aura da garota ser fraca, mas que o olhar dela era afiado. Ele também tinha sentido um traço diferente na reiatsu dela, e que aquilo tinha chamado a atenção dele.

— Ela tinha um rastro de Hollow. — Hirako diz, chamando a atenção de Ichigo.

— Você conhece ela? — Ichigo pergunta, confuso.

— Eu já vi ela por ai, difícil não notar uma garota com cabelo longo platinado e olhos vermelhos. — Ele diz de maneira sarcástica, mas logo ela abre seu típico sorriso. — Eu senti um traço da presença de Hollow nela, eu até mesmo pensei que ela fosse uma Vizard, mas agora tudo esta explicado, um Hollow ou melhor, um Arrancar deve ter marcado ela.

Ichigo se recorda da luta que eles tiveram contra um Arrancar antes dela desaparecer, aquele tinha sido o momento que marcaram ela, agora tudo estava se encaixando. — Eu nunca senti esse traço de Hollow nela.

— A reiatsu dela era muito forte, ele se camuflava, eu devo ter sentido por ser um Vizard. — Hirako explica. — Bem, agora sabe que foi um Arrancar que levou ela, ja que ela ja estava marcada por um.

Hirako suspira, se erguendo e caminhando para longe do ruivo, Ichigo cerra os punhos. — Hirako. — O ruivo o chama, fazendo o loiro virar para ele com as mãos no bolso.

— Eu vou fazer o treinamento que você disse. — Ichigo diz, com mau humor enquanto põe as mãos no bolso.

Ele não queria ter que lidar com aquilo daquela forma, mas se o poder dentro dele o fizesse mais forte, ele poderia proteger os outros. Muitos tinham se machucado sem que ele pudesse fazer nada, aquilo estava o irritando.

Hirako sorriu ao ouvir aquilo, toda sua insistência teve um resultado no fim.

𝐂𝐇𝐄𝐂𝐊𝐄𝐑𝐒, kurosaki ichigoOnde histórias criam vida. Descubra agora