Capitulo 18

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Thomas congela, ele sente alguém os observando, ele tenta observar com o canto dos olhos mais não consegue ver o homem que está escondido  do alto capim seco, e a mesma presença de uma vibora, sua ação  ou a falta dela chama a atenção  de Rubi.

—O que foi ?— Pergunta em um susurro baixo.

Ela sente os membros do maior tenso, o aperto envolta dela e mais intenso, ela não faz ideia  que estão sendo observado, isso irritou Thomas, o sol quente sobre o lugar, intensificando o fedor do descarte.

Ver Rubi sair pela porta de metal segurando a mão daquele homem enorme fez Kalisto  suspirar alto, a última vez que a viu ainda estava na mente dele, sinceramente  ele nunca pensou  que a veria sorrindo.

Mas aquele homem com ela tem a aura que grita perigo, isso o fez recuar alguns passos vacilantes para trás, não é alguém normal. Com toda certeza  ele teria que esperar uma outra oportunidade.

Thomas viu o tio Charlie o esperando do lado de fora de casa, ele parece estar cada vez mais velho a cada dia que passa talvez seja apenas a preocupação  de Thomas o fazendo ver coisas.

—Vamos dar um volta garoto.— Fala se levantando da velha cadeira de balanço.

Ele passou pelo sobrinho caminhando em direção  a camionete e entrando, Obedientemente  Thomas o seguiu, a estrada está escura o vento que entra pela janela e bom.

—E a sua garota, a mestiça... digo ela não ficou brava?—Charlie  pergunta se enrolando tentando formar uma pergunta.

O mais novo não sabe como responder aquilo, suas bochechas  ficaram vermelhas por baixo da máscara realmente  nenhum  dos dois havia conversado sobre o ocorrido, ele se limitou a rosnar baixo, a mão osuda do velho bate contra sua cabeça  em um tapa forte.

—Já falei para não fazer estes sons estranhos  seu idiota.—O reprende sem tirar os olhos da estrada.—O que vai fazer com ela, pretende encher o bucho dela de filhotes, por deus garoto espero que eles puxem a beleza da mãe.

Thomas abaixou a cabeça  fazia tempo que o mais velho não o batia, e do nada aquele assunto, filhos dele e da Rubi? Impossível.

—Não faça mais aquilo seu retardado nunca mais, vai matar ela.—A voz sai amargurada.

Thomas viu as luzes do bar da estrada norte um lugar de pecadores como sua mãe costuma falar, ela havia proibido Thomas de ir lá, mas tio Charlie  sempre o levou escondido.

O som estava alto risadas, xingamentos e música, o cheiro de cigarro e bebida barata, o olhar de todos voltado para ele, a aberração da cidade havia entrado no velho e sujo bar.

—Nossa que aberração  estúpida, este lugar é um lixo mesmo.—Um homem fala alto com a voz alterada pela bebida.

Ele está sentado com os amigos ao redor de uma das mesas, eles não são dali, apenas jovens burros o suficiente  para mecher com quem não deveria

A lua estava alta, o silêncio da casa antiga junto às luzes apagadas serviram como aliados para o assasino, ele se esgueirou por dentro da casa por seus corredores, Kalisto viu seu reflexo  no enorme espelho da sala, suas roupas escuras e sua balaclava.

"—Eu realmente acho o rosto dele  bonito...

Kalisto olhou para a mulher que conversava alegre com Jason, aquela era a primeira vez que alguem falava  algo assim, aquilo realmente o deixou confuso e contente".

Kalisto remove a balaclava, sua pele sem manchas ou cicatrizes, a sobrancelha  tão clara que nem aparece assim como seus cílios, o cabelo em um branco quase fantasmagórico, balançando  a cabeça  tentando manter seus pensamentos  em ordem ele volta a caminhar em direção  ao andar de cima.

Assim que cruzou a porta do quarto, lentamente ele se aproximou  da cama dela, coberta apenas até a cintura por um lençol  muito fino, seu rosto sereno, o livro de capa dura em sua mão, o cabelo preso. Ele nem tentou resistir antes de tocar seu rosto delicado, a pequena mão agarrou seu pulso grosso, o fazendo se assustar, os olhos escuros  o olhando com frieza logo dando lugar a espanto.

Assim que sentiu algo entrando no quarto ela despertou chame do que quiserem instinto ou memória corporal, seu medo era que fosse Ben outra vez, mas para sua surpresa quando abriu os olhos não era ele.

Nunca esqueceria daquele rosto angelical,  que ficou a olhando enquanto a machucava, nunca, tudo veio como uma enchorrada de dor e medo.

—Kalisto...—Foi tudo que ela conseguiu  surrurar.

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