Capitulo 19

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Olhar para aquele homem em sua frente fez com que todas as lembranças voltassem como um tsunami levando tudo em sua frente e deixando apenas destruição, as lágrimas derramaram sem sua permissão, os lábios rosados tremendo e suas mãos agarradas com força no lençol como se isso a protegeria do assasino em sua frente.

Ele a olha com um brilho em seu olhar gélido, sentir o couro frio de suas luvas conta o seus ombros subindo pelo pescoço até estarem acariciando suas bochechas e alguns cachos escuros do cabelo dela que caia sobre sua clavícula exposta.

—Pequena eu...achei...eu achei você. —Kalisto fala com sua voz rouca é com alguns soluços.

"Falso, como ousa me tocar, mentiroso, traidor, faça algo sua idiota, ele vai ME MATAR!!!"

Os olhos de Rubi continuavam arregalados ela está completamente paralisada seus extintos gritava para fugir, mas seu corpo se recusava a mecher. Seus braços rapidamente abraçaram o próprio corpo, seus ombros se encolheram, e ela sentiu como se seu bebê ainda estivesse ali em seu ventre.

—Vá em...embora... não é real. —Ela murmura com um fio de voz.

—Eu sou real anjo, olhe para mim. —Ele ordena com rispidez a segurando pela cabeça e encostando suas testas uma na outra.



O grito estridente daquela mulher fez Thomas sentir seu ouvido zumbis por alguns segundos, a perseguição contra aquele grupo foi fácil.

—TOMMY!!!

Houve um lamento em algum lugar do campo e ele pode ouvir o tio gritar novamente, desta vez um chamado mais urgente.

Seu tio precisa de ajuda.

Os gritos e lamentos voltam e Tommy sabe que esses são da mulher, correndo pelo campo de milho ele sabia que ela estava perto, deixou uma trilha de sangue.

Não demorou em alcançar a loira, ela o olhou com os olhos arregalados, desespero puro desespero.

—Por favaahh... Foi a última coisa que ela conseguiu falar antes do martelo atingir a lateral da sua cabeça.

Thomas continuou a bater até o cabelo claro ficar tingido de vermelho vivo, aquelas pessoas devem se arrepender de terem entrado naquele bar.

As mãos dele está suja e molhada ao ponto de escorrer na grama, ele pegou o corpo da garota, o trabalho foi feito e essa era a melhor maneira de fazê-lo. Thomas havia esquecido o quanto o tio gostava de matar.

A última sobrevivente estava morta. A ameaça imediata acabou, agora veio a limpeza, mas primeiro, antes disso, ele tinha que ter certeza que o tio estava bem. Ele não é tão jovem como costumava ser e enfrentar três pessoas desesperadas e lutadoras não foi uma tarefa fácil.

Thomas carregou o corpo até onde o tio estava. O mais velho o olhou sorrindo.

—Droga garoto, ela tinha um rosto bonito.—Charlie finalmente cantarola depois de um longo silêncio, olhando para a bagunça emaranhada de cabelo rubro em um estado sangrento e oco, alguns pedaços de carne pendurados.

Ele balança a cabeça, encolhe os ombros e olha para os pés, algo realmente patético de se ver, Thomas nunca viu o mais velho desta forma ele parece triste com a perda da garota, como se a caçada não fosse apenas para matar os encrenqueiros.

Thomas sentiu um lampejo ao lembrar da conversa do tio com a mãe.

★Alguns dias atrás

—Talvez eu também encontre uma mulher. —Charli fala baixo, enquanto está sentado a beira da mesa tomando um chá gelado.

—Olha!!Deus está abrindo sua mente, eu já havia lhe falado isso.—Luda responde com um tom de acusação.—Freia sempre esteve de olho em você e agora ela é viúva.

—Por Deus mulher, eu não quero aquela bruxa, quero uma com bastante carne, cabelos cheirosos e de pele macia.—Ele fala suspirando com a imagem da garota que Thomas havia levado para casa.

Toda vez que pensava nisso a imagem da garota sorridente surgia, Charlie realmente quer uma mulher como aquela.



Thoams tem certeza que seu tio sabe que haverá mais pessoas passando por aqui, uma nova companheira para ele não seria um sonho muito distante.

Esta estrada longa e solitária forneceu-lhes vítimas suficientes para manter o tio ocupado, mas não o suficiente para levantar suspeitas. Seu tio estremece é o mais novo percebe.

—Não se preocupe comigo, garoto.—Fala encostado na velha camionete, enquanto se curva um pouco, com as mãos nos joelhos.—Eles me pegaram bem, mas estou bem, droga era um buraco apertado, mas nada mais, ela não era como a sua garota.

Thomas franze a testa, ele não gosta da forma como o tio fala de Rubi, existe aquele olhar e o tom em sua voz, ele observa seu tio de perto, não há sangue ou sinal de ferimento em sua cabeça ou couro cabeludo, tudo parece bastante comum; não parece que houve uma briga tão grande, além dos respingos de sangue no chão e na lateral da camionete.

Ele sabe em primeira mão como as aparências enganam, por isso continua seu estudo, seu tio está fazendo uma pequena careta, mas não há hematomas, vermelhidão ou outras marcas em seu rosto. Suas mãos têm algumas crostas nos nós dos dedos, mas Tommy sabe que elas são velhas e não foram reabertas, o que deve significar que seu ferimento é...

—Pare de me encarar.—Ele resmunga, respirando fundo.—Só estou um pouco sem fôlego, só isso, ele me pegou bem, bastardo sorrateiro, um soco nas costelas.

Thomas assente, o tio ainda é um lutador, diferente de dele Thomas não tem a lábia de conversar com os outros normalmente.
Ninguém machuca sua família.
Seu tio e sua mãe eram tudo o que ele tinha, bem, também tem Rubi agora, sabe que ela é frágil, mais ele a tem em sua posse, sua apenas sua, sente uma pontada de culpa por colocar Rubi abaixo da mãe e do tio dele.

"Rubi é minha".

Ele resolve pensar nela como igual a partir de agora, mas sabe que terá que lhe mostrar o que isso significa, grunindo um pouco, sua cabeça estava começando a ficar cheia.

Apenas jogou o corpo da mulher na parte de trás da camionete.

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