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Entrei em meu quarto e olhei para a nova caixa que estava sobre a cama

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Entrei em meu quarto e olhei para a nova caixa que estava sobre a cama. Me sentei sobre ela, ao lado da caixa, peguei-a nas mãos e pus sobre as coxas. Abri com cuidado e olhei atentamente para o tecido brilhante dentro dela, puxei para fora, vendo o lindo vestido vermelho tomara que caia, com mangas longas e uma fenda de um lado.

Para que tanto vestido se nem ao menos sair daqui eu vou?

Coloco vestido novamente na caixa e saio do quarto. Ando pelo imenso corredor até chegar na escada que levava para o segundo andar, desde quando cheguei não havia ido para lá.

Sadie se importaria se eu subisse? Bom, não quero saber.

Subi os degraus com calma, o local estava totalmente silencioso, só se escutava minha respiração e meus passos.

Ao chegar em outro corredor, ouvi de longe um som que não conseguia identificar do que era. Andei em passos lentos, me aproximando da porta, deixando o som mais alto, de imediato lembrei de Sam, seja lá quem for que está ali dentro, toca muito bem.

A porta estava entreaberta, empurrei com cuidado, vendo Sadie sentada com um estilo totalmente diferente do primeiro dia enquanto tocava guitarra, parecia tão fácil.

Seu olhar se ergueu e um sorriso surgiu em seus lábios.

— achei que estaria dormindo novamente — disse apoiando um dos braços na guitarra.

— eu estou entediada, não há nada para fazer nessa casa — suspiro frustrada, caminhando até o banco do piano.

— há coisas para fazer aqui, só basta querer — ergui meu olhar vendo seu sorriso sacana nos lábios.

— não sabia que tocava — olhei para a parede ao meu, repleta de guitarras e violões, mudando totalmente de assunto.

Olhei em volta também, reparando em casa instrumento que havia na sala. Uma sala de música era algo que eu não esperava de Sadie.

— toco desde dos dez — respondeu meu questionamento. Bem nova.

— minha amiga ia adorar esse lugar, ela é uma grande fã desses negócios — olhei para a guitarra em suas mãos, demonstrando o que eu estava me referindo.

— Samantha Campbell, eu vi a ficha dela — disse, se levantando. — e você?

— eu o que? — franzi a sombrancelha e ergui meu olhar para olha-la.

— gostava de tocar? — questiona, reprimo os lábios sem saber o certo de dizer.

— bom, eu sempre fui um desastre, então optei por só acompanhar Sam nas aulas — falo a verdade, não sabia nem sequer tocar um piano.

— quer aprender? — se aproxima, ficando em pé a minha frente, me dando visão de seu corpo com seu novo estilo para mim.

— você vai me ensinar? — sorrio de lado e ela balança a cabeça concordando. — não sei se vou conseguir me concentrar — digo.

— não? E porquê não? — pergunta, dando a volta no banco em que estou.

— porque eu sou ruim nisso, não é por sua causa — falo, colocando o cabelo para o lado.

— claro, porquê seria, não é? — sinto ela se sentar atrás de mim. Por cima do ombro consigo ver ela trazendo a guitarra até mim.

Sadie pôs sua guitarra vermelha sangue sobre meu colo e tocou em meu braço, meu causando um leve arrepio, ela auxilia minhas mãos até onde deveriam ficar.

Sinto sua respiração quente bater em minha nuca e me arrependo de ter colocado meu cabelo para o lado.

— fica calma, não vou te morder — fala contra meu ouvido.

Não sem minha permissão.

— e agora? — questiono tentando manter a voz firme.

— só faça o que eu te falar, ok? — diz me auxiliando.

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Já havia perdido as contas de quantas horas haviam se passado. Sadie ainda continuava atrás de mim, me falando sobre como funcionava cada parte do instrumento em minhas mãos.

— você foi muito bem hoje, eu adoraria continuar aqui, mas tenho que ajudar Melinda organizar a festa para meu irmão — se levantou, e tirou a guitarra das minhas mãos com cuidado. — aliás, gostou do vestido que irá usar hoje? — deixou o instrumento em seu lugar reservado e olhou para mim sorrindo.

Levantei colocando as mãos dentro do bolso do moletom.

— é lindo, mas eu achei que iria ficar no quarto, já que você sabe, eu sou apenas uma submissa, não posso ficar comparecendo em suas festas chiques — falo tudo de uma vez e Sadie me olha seriamente.

— Sophie, você é minha, e decido se você vai ou não para essas festas — põe as mãos no meu ombro, olho para ela, que carregava seu olhar frio, sem querer meu olhar desce para seus lábios rodados, mas faço questão de me afastar.

— vai ser muito legal ter que falar para as pessoas que sou uma submissa — solto uma risada amarga, não desejava de jeito nenhum ser conhecida por isso.

— não se preocupe, boneca, ninguém vai saber sobre isso — disse, caminhando em passos pesados até a porta, só assim para perceber que ela usava coturnos. — mandarei te buscarem no quarto as oito, esteja pronta — por fim, sai e bate a porta.

— era só o que me faltava — murmuro, antes de sair da sala.

Desci em passos rápidos a escada e corri pelo corredor até chegar na porta do meu quarto. Entrei e olhei para a escrivaninha, o celular que Sadie havia deixado para mim, que eu não tinha nada para fazer nele, brilhava, me fazendo se aproximar.

Meus olhos se arregalam quando vejo a hora brilhar na tela. Não havia nem percebido que já estava no final da tarde.

Sete e ponto marcava no celular, havia apenas uma hora para me arrumar, e eu nem sequer sabia o que fazer em meu cabelo.

Desliguei o eletrônico e fui até a caixa que havia deixado sobre a cama, tirei a peça da caixa e deixei sobre a cama, fui até o closet e peguei o primeiro salto que combinaria com o vestido.

Pelo menos uma das aulas eu não reclamava do internato, eles faziam questão de nos ensinar como se arrumar, nos maquiar e como se vestir adequadamente para cada ocasião que poderíamos ter a chance de comparecer com nossos dominadores.

Se tudo der certo sai outro mais tarde

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Se tudo der certo sai outro mais tarde.

totalmente submissa | Sadie Sink Onde histórias criam vida. Descubra agora