A conversa de a minutos atrás não para de rodar em minha mente, vezes e vezes sem conta me fazendo ter uma baita dor de cabeça. Não imaginei que esse dia fosse terminar assim. Em nenhuma das hipóteses terminava assim.
Em nenhuma delas eu tinha um pai que não sabia da minha existência.
Em nenhuma delas meu melhor amigo é meu irmão.
Em nenhuma delas eu continuava em nova York muito menos ainda noiva.Que mal fiz eu ao universo, isso só pode ser karma de vidas passadas.
Respiro fundo olhando para enorme janela de vidro do apartamento extremamente luxuoso do meu suposto noivo, com vista para baixa de nova York e o empire state. O relógio marca 11:58 Somente mais 2 minutos e já será outro dia.
Abraço minhas pernas encostando meu queixo em meus joelhos observando a cidade que nunca dorme.
— Vai ficar aí parado na penumbra igual um obsessor. — Sibilo, somente sei que ele está a alguns segundos parados pós escutei seus passos — Como se já não fosse a porra de um obsessor. — Pigarreio.
Ouço o barulho quase inaudível de seus passos vindo em minha direção. Em um apartamento mais silêncio que o limbo até os pensamentos se tornam barulhentos. Ele se senta do meu lado e permanece calado olhando para a cidade.
O relógio marca meia noite porém o novo dia não levou as preocupações do dia anterior. Brinco com o anel em meus dedos, essa brincadeira já se arrastou por tempo demais.
— Amanhã eu voltarei para casa. — informo.
— Botsuana?. — Ele parece relaxado demais para um obsessivo que acabou de receber a informação dê que sua doce obsessão vai embora.
— E eu tenho outra casa?. — Questiono irônica.
— Tem sim, a nossa casa em Berlim. — Ele declara.
— Sua casa, nunca será minha, eu não estava pedindo sua permissão estava informando que vou embora amanhã.
— Você não vai!.
— E quem vai me impedir? Você?.
— Eu também não estava pedindo sua permissão Agatha, sendo minha noiva seu lugar é ao meu lado e do nosso filho.
Jogo minha cabeça para trás soltando uma risada profunda.
— Vamos colocar as cartas na mesa Alexander. Eu não sou sua noiva ou a porra de algo seu, agradeço pelo seu apoio quando precisei mas coloca na sua cabeça que você não é dono do mundo, muito menos meu dono. — Me levanto e aponto o dedo em sua cara — eu não me importo mais se a felicidade da minha mãe será desfeita quando descobrir que eu nunca estive noiva. Eu tô cansada de fingir as coisas pela felicidade dela, ela me provou da minha agora eu vou privar ela. E você não se intrometa.
— Deve ter um motivo para ela ter omitido isso de você.
— Eu já disse tudo o que eu tinha a dizer senhor Haltman. Passar bem.
Continuo caminhando em direção a porta e Alexander não faz nada a não ser me observar. Nossa não achei que ele fosse engolir isso tão facilmente e pelo pouco que observei dele ele não é um homem de desistir tão facilmente das coisas.
Saio do seu apartamento e vou até o elevador. Minutos se passam e eu tento focar mais minha atenção no Alexander do que a conversa da noite passada. Assim que o elevador se abre não penso duas vezes em sair andando pelas ruas de Nova York. Talvez alguma casa de penhores ainda esteja aberta, também isso é nova York.
— Senhora tem certeza de que quer ficar aqui?. — O taxista pergunta vendo o bairro em que eu pedi para que me levasse.
— Deixe o taxímetro contando eu volto em 10 minutos. — Informo saindo do táxi em direção a loja de penhores, vejo a placa de fechado mas mesmo assim bato na porta e um homem grita de dentro que está fechado.
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Agatha Minha Doce Obsessão
RomansaAté que ponto Alexander é capaz de chegar para torná-la dele. Agatha uma doce universitária vivia a vida tranquilamente, estudando durante o dia e trabalhando durante a tarde, até que um dia algo inusitado acontece em seu serviço, "mamãe" foi a pala...