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Acordo meio zonza  e sinto meu estômago revirar. Abro os olhos vendo que estou em um quarto diferente do meu. As memórias do dia anterior me atingem com força me forçando a segurar minha cabeça  e resmungar.

Avião depois apareceu Alexander. Não! Não! Não!. Retiro o edredom as pressas e vejo que estou vestindo uma roupa diferente. Um pijama de algodão extremamente quente, eu vou matar aquele desgraçado, juro pela deusa que aquele homem não passa de hoje.

Vejo umas pantufas do lado da came e as calço, vou até às janelas abrindo as cortinas e vejo um jardim parcialmente coberto pela neve. Alemanha, ele cumpriu mesmo sua promessa.

— Não acredito que aquele desgraçado me sequestrou!. 

Que discernimento dele em ser tão maluco.

Saio do quarto e sigo meus instintos para chegar a sala e consigo, sigo o cheiro de café chegando a cozinha.

— Bom dia senhora. — A mulher vestindo um uniforme cumprimenta terminando de arrumar uma bandeja recheada de comida.

— Cadê Alexander?. — Pergunto sendo um pouco rude, mas não sou eu nesse momento e tudo é culpa dele.

— Carmélia você pode se retirar. — Me viro encarando o homem que teve a decência de me sequestrar e vermelho é a única cor que vejo.

Ouço os passos apressados da mulher saindo da cozinha.

— Eu vou te processar desgraçado olha que sua ficha criminal vai ser muito mas muito longa!. — Grito apontando o dedo em sua cara.

— Como você pretende fugir dos portões da minha casa?. — Ele questiona divertido com a minha situação ja me estressando a níveis inimagináveis.

Pego em uma frigideira e na força do momento acerto a panela em sua cabeça com tanta força que leva ele ao chão.

Ele pragueja algo em alemão tocando na  lateral de sua cabeça onde um fio de sangue escorre. Imediatamente largo a frigideira causando um estrondo.

— Porra garota está tentando me matar?. — Ele se levanta passando por mim indo até a geladeira onde tira um saco de ervilhas colocando em seu machucado.

— Isso tudo é culpa sua. — Gaguejo ainda tremendo, minha raiva nunca me levou a cometer coisas assim.

— Você tentou arremessar minha cabeça igual uma bola de baseball com essa frigideira!. — Ele bramiu incrédulo contorcendo dia expressão.

— Você me sequestrou porra!. — Retruco.

— Eu não te sequestrei, Somente te trouxe de volta a casa!.

— Casa é o cacete Alexander, você me perseguiu, stalkeou toda minha vida, fingiu um noivado, me drogou e me levou para um outro país se você não for um psicopata eu não sei o que você é.

— Um homem apaixonado Meine Liebe.

— Só espero que você não esteja me insultando pós isso também será usado contra você em tribunal.

— Vamos fazer as tréguas Agatha por favor.

— O que eu ganho com isso?.

— Eu, um tempo longe de seus pais, longe de problemas e principalmente seu ex psicopata!.

—  Você sabe o que aconteceu entre mim e o Jefferson?. — A ansiedade creditando me deixa nervosa, ninguém sabe, não tinha câmeras lá e éramos só nós, eu e Jefferson.

Ele solta o saco de ervilhas sobre e caminha até mim por incrível que não me afastei deixei ele se aproximar e tocar meu rosto. Espontaneamente fecho os olhos apenas absorvendo a delicadeza de seus toques, abro os olhos e me deparo com suas esferas cinzentas carregando um pouco de melancolia neles.

Agatha Minha Doce ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora