DUPLA

1K 57 11
                                    

Bruno

Oi! Eu sou o Bruno, eu tenho 16 anos e estou me mudando pra uma cidade que eu nem sei o nome. Claro que isso foi contra a minha vontade. Minha mãe recebeu uma proposta de emprego melhor aqui e nós tivemos que vir.
Eu sou magro, branco, tipo muito, tenho 1,72, mais ou menos, e sou ruivo. E ao contrário do que muitas pessoas acham, eu ODEIO ser ruivo! Vocês não têm noção do que é ser chamado de "água de salsicha", "queijo cheddar", "laranja estragada" e muitos outros apelidos durante minha vida inteira. Espero que nessa nova escola eu não passe por isso, novamente.
Agora eu tô no meu quarto dobrando algumas roupas que estavam nas caixas da mudança. Mudança é um saco! Pelo menos a casa e o bairro novo são legais... E enquanto estou aqui, na minha tranquilidade dobrando minhas roupinhas, minha mãe entra no quarto parecendo um furacão.

Mãe - Oh, Bruno! Daqui a pouco desce pra comer que tu vai dormir cedo hoje, amanhã tu tem escola. - fala e saí.

Minha mãe é do tipo amiga, sabe? Aquela mãe que você pode falar qualquer coisa? Enfim... O nome dela é Bruna. Óbvio, né? Mania de brasileiro de colocar o nome do filho igual ao nome dos genitores.
Desço pra comer e vejo que já estavam comendo. Meu pai, que se chama Marcello, estava em uma ponta e minha mãe na outra. Me sento e começo a me servir. Tivemos uma breve conversa sobre o que eles iriam fazer amanhã e depois eu subi pro meu quarto
Tomei um banho e, porra, eu tava precisando tanto de um banho...
Me visto e me jogo na cama, eu quase não consegui dormir já que eu tô ansioso pra escola nova. Não que eu queria ir, é que locais novos me causam isso...

Acordo no outro dia e faço todo aquele preparo que todo estudante de escola integral faz e desço. Como qualquer besteira e escovo os dentes novamente. Minha mãe enfim aparece e nós saímos com o carro dela.
Minha barriga estava completa de borboletas agora, eu tô tipo muito nervoso.
Enfim minha mãe estaciona o carro em frente à escola. E então as borboletas cessaram. Me despeço dela e saio do carro. Graças a God não tinha quase ninguém alí, tipo só meia dúzia de gato pingado (nem sei o que isso significa 🤩). Começo a andar e quando percebo já tô dentro da escola. Aqueles olhares já estavam me deixando sem graça, parece até que eu sou famoso.
Vou no meu grupo solo do watts e vejo o número da minha sala, ando até lá e entro. Não tinha quase ninguém, até porquê as aulas nem iniciaram ainda. Me sento em qualquer lugar e fico por lá até que a professora chega.

Professora - Bom dia, gente, vou aguardar o pessoal que tá do lado de fora só por mais cinco minutos e a gente começa, tá? - ela fala tranquila e se senta na cadeira dela.

Gente? Isso tá certo? A mulher é professora do ensino médio brasileiro e tá aí lúcida. Essa aí é guerreira mesmo.
Após algum tempinho ela fala que vai começar a aula e fecha a porta. Ela anda até o centro da sala e quando estava prestes a começar a falar a porta se abre. Era um garoto, bem bonitinho por sinal.

Garoto - Posso entrar, professora? - ele fala olhando pra ela.

Professora - Aonde você estava em, senhor Hugo?

Bom, pelo menos eu já sei o nome dele...

Hugo - Eu tava na quadra, daí não ouvi tocar.

Professora - Entra logo, Hugo. - ela fala e ele sorri e entra.

Percebo que ele está vindo diretamente em minha direção. Ele para na frente da mesa que eu tô sentado e fica me encarando com uma cara nada boa. Que porra eu fiz já em?

Hugo - Ow! - ele fala me assustando. - Tá sentado no meu lugar. - Isso explica o por que de tantos meninos sentados ao meu redor.

Eu - Ah, foi... Foi mal... - falo me levantando e pegando minhas bolsas.

O GAROTO PERFEITO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora