CAPÍTULO 3

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Miguel segurou a mão de sua irmã.

— Irmã, você não precisa fazer isso. — seus olhos se inundaram de lágrimas.

Ele está chorando?

— Saiba que isso tudo é culpa sua, Miguel. — disse ela — Você deveria ter vergonha na sua cara. E sabe de uma coisa? Eu deveria deixá-lo morrer, é isso mesmo, mas isso não vai acontecer, e sabe porque? — Maya se soltou dele — Eu sou uma boa irmã e você é meu único irmão.
— Desculpa, Maya, eu não queria te meter nisso, sério
— Agora é tarde.

Ela olhou para mim.

— Como isso vai funcionar? — Perguntou
— Você não quer is...
— Como vai funcionar?
— Okay, então. Você vai vim comigo, Maya, e vai trabalhar dia e noite ao meu lado.
— Eu acho que ainda não entendi..
— Qual é — intrometeu-se Miguel — , Jeon, deve existir outro....
— É melhor você ficar bico fechado — cortei sua fala. — Maya, você vem comigo.

Abrir espaço para ela andar na minha frente. Maya não hesitou e fomos em direção ao meu veículo. Levei minha mão até a maçaneta, abrindo a porta do carro para a mesma. Ela me olhou com uma expressão brava.

— Ainda está em tempo de mudar de ideia. — Falei, mas ela me ignorou, entrando no carro. — Tudo bem, você foi avisada. — Minha voz saiu quase como um sussurro — Sua escolha.

Olhei por cima do ombro, vendo Miguel observar tudo, enquanto chorava. E eu me perguntei se era um choro verdadeiro.

Vontade de meter bala nele.

— Se fizer algo com ela, eu te mato, Jungkook. — gritou. — Você ouviu?

Quem ele acha que eu sou?

Sem dar a mínima, seguir entrando no veículo.


Quando chegamos, olhei de relance para Maya que encarava o lado de fora.

— E aqui?
— Uhum — disse assentindo. — Olha, Maya — e ela se retirou sem deixar que eu terminasse.

Meu peito subiu e desceu com o suspiro que eu havia dado. Passei a mão sobre meu cabelo e saí do carro.

— Eu não tenho culpa se você escolheu vir no lugar do verme de seu irmão, certo? — Comecei indo ao seu encontro. — Então eu acho melhor começar a se acostumar. — terminei em tom autoritário.
— Mas eu não te culpo, só não acho importante o que vem de você.

Inacreditável.

Soltei um riso nasal.

— Senhor, que bom que está de volta — um dos meus homens veio até mim — Estávamos preocupados. Por que saiu sem segurança? — Olhou para Maya, curiosamente.
— Nem sempre estou afim de ficar cercado de cães. — respondi dando um sorriso forçado — Onde está Hoseok?
— Saiu, senhor.
— Venha comigo, Maya.

Maya Jackson

De repente, a ficha caiu. E no que eu me meti?

Eu o segui, entrando em seu casarão de cair o queixo. Com certeza uma pessoa seria capaz de se perder. Era enorme. E eu com certeza havia perdido toda atenção.

— Vejo que gostou. — Jungkook estava do outro lado da sala — Eu escolhi a decoração.

Ele tem um ótimo gosto. Cores neutras casam bem com qualquer ambiente.

— Uhum, legal.
— Venha até o meu escritório, por gentileza. — disse se virando, abrindo a porta de corrimão

Quando entrei no cômodo, Jungkook pediu para que eu fechasse a porta, e com cuidado atendi seu pedido.
— Eu quero que assine isto. — ele me entregou uma papelada que parecia mais um documento.
— O que é isso? — Perguntei
— Você não achou que iria chegar aqui e não assinar nada, achou? Isso é um contrato
— Isto é mesmo necessário?
— Preciso responder? — Sorri, irônico. — Caneta? — deixou uma sobre a mesa.

Comecei a ler atentamente cada palavra contida naquele pedaço de papel.

Nunca pensei que acabaria trabalhando para um mafioso – quem em uma noite salvou minha vida — só para salvar a vida de meu irmão. Mas agora é tarde para se arrepender. Peguei a caneta, enquanto continuava a ler. Jungkook encostou-se na mesa, apoiando seu corpo. Pelo canto de olho, eu notava que em alguns momentos ele não tirava os olhos de mim.

— Ok, cinco anos, né? — assegurei com atenção ainda no contrato — Opa, opa, opa...Eu vou ter que pegar em uma arma?
— Não se preocupe com isso, eu irei mandar para que um dos meus homens te ensine a atirar.
— Eu sei usar uma arma, isso não é o problema.
— Sabe? — Me lançou um olhar surpreso.
— Mas eu não quero matar ninguém...
— Andar com uma arma não significa que você vai matar alguém, mas se for acaso — ele deu uma pausa antes de continuar — , você vai ter que puxar o gatilho.
— Sem chance, eu não quero isso — deixei o contrato em cima da mesa junta a caneta. — Estou fora.
— Assine! — Disse como uma ordem.
— Não!

Ele contraiu sua mandíbula, empurrando a língua contra bochecha. Então, Jungkook marchou lentamente até mim.

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