CAPÍTULO 2

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Jeon Jungkook

2 meses depois
22h38

Respirei fundo e fechei meus olhos, tentando não chegar no meu limite de estresse.

— Miguel — dei uma pausa, respirando — , eu realmente não faço questão, mas eu já perdi as contas de quanto você está me devendo. Meu dinheiro — perguntei pela sétima vez
— Eu....eu
— Quer pagar com a vida?
— Não, Jungkook, por favor. Qual é cara, somos amigos, te conheço desde....
— E o que isso tem a ver com a sua dívida? — o olhei de baixo para cima. — Negócio é negócio, Miguel. Eu fui bonzinho demais durante esses quatro anos, não acha?
— Mas eu não tenho o seu dinheiro, caralho. — trincou o maxilar.

Cheguei ao limite. Porra!

— Então você vai morrer. — Saquei a arma e apontei para o mesmo. — Só prejuízo.
— Não, não, não, não. — se ajoelhou e juntou as mãos como se fosse rezar, mas o verme iria apenas implorar pela vida. — Jungkook, não, por favor.

O homem começou a chorar e a implorar pela sua vida, abraçando minhas pernas. Fiz uma expressão enojada, o fazendo me soltar.

— Certo, eu vou te pagar. — disse desesperado. — Eu vou pagar.
— Ou vai fugir? — encostei a arma em sua testa
— Eu tenho uma irmã, já falei dela uma vez.
— E o que sua irmã tem a ver com isso?
— Ela tem dinheiro, Jungkook..

Soltei um riso abafado.

— Não é ela quem me deve.
— Deixa eu falar com ela, por favor.
— Deixo, claro, aproveite e se despeça.

Ele tirou o celular do bolso, discou o número e colocou-o no ouvido. Logo sua irmã atendeu.

— Ela está vindo — disse em tom de alívio — Ela está vindo.
— Um irmão como você já teria me livrado.
— Qual é, Jungkook? — sentou no chão — Você não pode me matar.

O olhei com a expressão de riso, não um riso amigável, mas tenebroso. Com a arma em punho, atirei no meio de suas pernas, atingindo o chão. O rosto de Miguel empalideceu.

— Teve sorte que atirei no chão — disse, vendo o mesmo começar a tremer — Ainda acha que eu não te mataria? Hum?

Um carro em alta velocidade dobrou a esquina e quase derrapou. Um veículo veio em nossa direção e freou ao nosso lado. Esperei, observando atentamente quem descia. Finalmente saiu.

Era uma mulher e automaticamente achei ser a irmã de Miguel.

— Irmã! — Foi a primeira palavra que o amigo disse depois do tiro — Irmã!

Finalmente a moça saiu das sombras da escuridão e pude ver seu rosto nitidamente, mas o que eu não esperava era que seria a mesma moça daquela noite. Maya?

— Que merda é essa, Miguel? — ela soltou, indo diretamente a quem a chamou de irmã. — Que merda você se meteu?

Seu nível de raiva com seu irmão era tão alto que sequer notou minha presença. Guardei a arma na parte das costas.

— Preciso que me ajude, Maya.
— Envolver sua irmã nisso foi um grande erro, Miguel.

Seu rosto se virou para mim, e eu lancei um olhar autoritário, mas cuidadoso.

— Você? — Maya contorceu o rosto. — Merda, Miguel.
— Boa noite, Maya, imagino que não gostou de me reencontrar dessa forma. É, eu também não. A culpa é dele.
— Como é que é, vocês se conhecem?
— Não é nada agradável mesmo, Jungkook. — disse, ignorando seu irmão. — Nunca imaginei que o veria novamente, ainda mais assim...
— Eu sempre faço o possível para que as coisas não cheguem a esse nível, mas Miguel, parece que ele não quer se ajudar. — apertei os lábios. — Tem quatro anos que esse abusado só pega dinheiro emprestado.

Miguel soltou um xingamento baixinho, o que me fez encara-lo. Empurrei a língua contra a bochecha e dei uma breve gargalhada.

— Quanto ele deve? — Ela perguntou.
— 3 milhões.

Maya fez uma cara de surpresa que logo mudou para uma de desgosto.

— Eu não tenho esse dinheiro. — Disse.
— Você não tem nada a ver com isso. Seu irmão vai pagar com a vida dele.
— Não! — esbravejou — Podemos resolver isso de outra forma.
— De outro forma?
— Eu posso depositar uma quantia todos os meses até quitar a dívida dele.

Semicerrei os olhos, pensativo. SEM CHANCE.

— Não vai rolar, Maya. — passei a língua sobre os dentes. — Eu não trabalho desta forma.

Como o irmão pode meter a irmã em situações como essa?

E eu não poderia – por mais que eu quisesse — meter uma bala na cabeça dele com a moça da qual estava disposto a ajudar novamente depois daquela noite. Que ótimo irmão ela tem.

— É sério que você chama essa coisa de irmão?

Ela disse que sim com a cabeça, muito devagar e a expressão indecifrável.

— Está bem — disse, começando — você, Miguel, trabalhará para mim durante cinco anos.
— Não — Maya não foi a favor
— E o mais justo, não acha?
— Sim, e, mas o Miguel não vai. — inquieta, ela deu alguns passos até mim — Eu vou no lugar dele.

Eu não estava esperando, fiquei surpreso.

— Miguel é a única família que tenho e...
— Acha que vou matá-lo?
— Desculpa, Jungkook, mas eu não confio em você. — disse em um tom de quem não confiava mesmo — Sou grata por ser minha salvação naquela noite, mas não muda o fato de ser um mafioso assassino. — mastigou as palavras.

Certo, ela quis assim.

— Tudo bem, então. — Disse — Lembre-se que foi você mesma que quis isto, ok? E por gentileza, entre no carro.

AI PAPAI👽

Criminal Choice - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora