Criminal Choice - JJK

CAPÍTULO 14

— Ué, eu achei que você estava envolvido nisso. — Cruzei os braços. – Não é você?

Isso que eu chamo de ironia do destino. Encontrar o cara que tenta me derrubar a anos e ex namorado da mulher que – eu diria talvez se não ficasse tão bobo ao vê-la sorrir – estou interessado.

Eu queria muito tirar Taehyung da minha frente a base de socos e acabar com ele, deletá- lo do mapa, assim como ele também queria fazer comigo.

— Esqueceu que o psicopata aqui e você? — retrucou, franzindo a testa

Levei a mão ao peito, fingindo estar ofendido.

— Mas eu nunca tirei a vida de ninguém. – Mentir, debochando — Ah, não, espera. — fingir estar pensando, logo continuando — Na verdade, matei, sim. Está afim de ser o próximo?
— Confia mesmo nos seus arredores? — Inquiriu, fazendo menção aos sujeitos que eu chamo de capangas.

Eu ri, dando mais um passo à sua frente.

— Acha mesmo que eu preciso andar sempre rodeado de homens? Não, você sabe que não, mas estou acompanhado.

Taehyung voltou a colocar sua atenção em Maya, ele a encarou, como se esperasse que ela dissesse algo. Ele fez uma expressão inexpressiva.

— Era essa a vida que você tanto falava em ter? — perguntou para Maya — Achei que seria uma artista......como merecia ser.

Atrás de mim, ouvi Maya soltar um suspiro pesado. A olhei por cima do ombro, podendo ver seu rosto com suas linhas de expressões fechadas.

— Ei, cara — chamei sua atenção, dando um peteleco em seu ombro — Não fale com ela.
— Por que não?
— Porque ela não está afim de falar com você.
— Foi por causa dele que você decidiu ir embora? — Me ignorou, voltando para ela.
— Ele não teve nada a ver com o que aconteceu entre nós, Kim. — Rebateu Maya, passando por mim — Você sabe muito bem o porque resolvi acabar o que tinha entre nós.
— É lamentável — soltou uma risada abafada.
— Lamentável?
— Além de um mafioso, temos uma mafiosa. Isso e lamentavel. — disse ele — Eu nao esperava isso de você, Maya.
— Eu n.. — começou ela, mas logo foi interrompida por Kim Taehyung.
— Isso quer dizer que terei de dar um jeito em você também, Maya. —Tagarelou em tom autoritário.

No mesmo instante segurei o pulso de Maya, puxando-a para atrás de mim. Senti meu sangue fervendo quando nossos olhares se cruzaram.

— Ah, é? Então tenta triscar sequer num fio de cabelo dela. – falei em tom desafiador. — Você morr3r antes de bater no chão.
— Sua queda está próxima, Jeon.
— E você está avisado! Eu te m4to se fizer algo contra ela. — avisei e sai andando, segurando na mão de Maya.

Dois dias depois.
10h18

— Se concentra, Maya, a posição dos seus pés estão errados.

Ela golpeou o boneco de maneira errada.

— Se concentra!  — disse quase como um grito.

Ela cerrou os dentes, vindo na minha direção e pronta para me acertar com um soco rápido. Por pouco não pegou. Mas eu não entendi. Por que ela estava me atacando?

Por um descuido meu, deixei seu chute frontal me atingir em cheio. Minhas costas bateram no chão e não fiz nenhuma tentativa de me levantar.

— Levanta — disse ela, ficando em posição de luta — Vamos.
— Não, obrigado.
— Levanta.
— Para que? — me sentei — Para você me bater de novo?
— Corta essa, Jeon, você sabe se defender muito bem.
— Por que está agindo assim? — Perguntei
— Assim como? Estamos treinando, não estamos?
— Você está com a cabeça longe desde quando nos trombamos com Kim Taehyung — comentei, me levantando — Está agindo diferente.
— É coisa da sua cabeça.
— Coisa da minha cabeça? — fui ao seu encontro — Não é coisa da minha cabeça. Me fala, qual é o problema?
— O problema é que eu nunca vou poder viver em paz, Jungkook, e isso é culpa..... — ela deixou de falar.
— Minha.. — continuei, deixando minha voz sair quase como um sussurro.
— Não, é minha...

Não é verdade.

— Não, a culpa não é sua.
— É claro que é, foi eu que escolhi isso.
— E eu deveria ter impedido.

Ela ficou cabisbaixa, inquieta. Tinha algo que Maya não estava me contando.

— O que foi, Maya?
— Tem uma coisa que eu não te disse.