Capítulo 12

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Despertei, sentindo meu corpo pular de susto. Alguém batia fortemente na porta do quarto. Mal conseguia me mexer, e então percebi que Jungkook estava com seu braço por cima de mim. Ele soltou um resmungo baixinho, abrindo os olhos lentamente.

E ainda tinha gente batendo desesperadamente na porta.

— Jungkook..
— Hum?

'Jungkook' A voz de Hoseok exclamou atrás daquela porta.

— Melhor você atender. — falei. Ele bufou e se levantou, vestindo apenas uma bermuda moletom, indo até a porta.

Ele segurou a maçaneta, abrindo apenas uma brecha da porta.

— Vai derrubar a porta, Hoseok? — ouvi ele perguntar
— Eu estava quase, sim.
— O que rolou?
— Por que está mantendo a porta quase fechada, a gente precisa conversar.
— Eu estou descamisado, Hoseok. Pode falar.

Demorou alguns segundos para que eu pudesse ouvir a voz dele.

— Jungkook.. — à tonalidade de voz dele era de quem suspeitava de algo. — Tem alguém aí dentro?
— Hum?
— Então foi por isso que você me pediu aquilo, ne, safado! — riu — Mas perai, perai — se passou alguns segundos — com a Maya?

Jungkook soltou um suspiro.

— Aconteceu. — disse finalmente — Mas conta, porque estava batendo na porta daquele jeito?
— E sobre o assassino anônimo.

Automaticamente sentei na cama, cobrinco meu corpo com os lençóis.

Jungkook me olhou por cima do ombro de relance, logo voltando sua atenção para frente.

— Fala
— É melhor você e Maya descerem para verem.
— Hum...certo.

Ele fechou a porta e caminhou lentamente, parando de frente a cama. Jungkook respirou impaciente, levando sua mão até os fios de seu cabelo.

— Jungkook... — comecei, mas fui interrompida pelo mesmo.
— Eu realmente queria ficar longe de problemas como este, mas... – ele mordeu o lábio – não vai ter como.
— O que Hoseok disse?
— Pediu para a gente descer. Ele sabe que eu e você...
— É, eu sei.
— Vamos tomar um banho e descer. — disse.
— Banho? — sorriu, passando a língua sobre os lábios. — Eu posso ir junto?

Neguei com a cabeça, saindo da cama.

— Não posso? Sério? — seus olhos percorrem meu corpo. — Mas isso é pura maldade.
— Não é. – disse e dei um selinho nele. – Vou lá.


Jungkook apoiou as mãos sobre a mesa, enquanto assistia ao noticiário que se passava na tela do notebook. Em alguns momentos ele batia a ponta de seu pé contra o chão, mostrando estar inquieto, era óbvio que aquilo estava causando irritabilidade nele.

— Então essa pessoa matou mais um militar como um aviso para mim. – comentou ele após fechar o notebook.
— É, mas porque matar militares?
— Já era de esperar que ele ou ela agiria novamente da mesma forma como agiu na primeira. – mencionei e eles se entreolharam.
— Por que? – Perguntou Jungkook.
— Essa pessoa quer que você sinta medo. — respondi.
— Medo?
— Na cabeça dela, talvez, matando militares que, obviamente, são experientes vai te atingir psicologicamente. — acrescentei.
— O que não está funcionando.
— A gente sabe.
— E por que não vim diretamente a mim? Isso tudo é um jogo?
— Talvez ...tenha medo de você.

Hoseok semicerrou os olhos, deixando sua boca entreaberta para dizer algo, mas deixou eu completar meu raciocínio.

— Talvez ela tenha medo de vim diretamente a você, e quer te pegar desprevenido. — expressei — É só um palpite, ou ela realmente quer jogar com Jungkook.
— Certo, mas já que eu sou seu alvo, ela ou ele também virou meu alvo a partir de agora.

Criminal Choice - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora