Criminal Choice - JJK

CAPÍTULO 16

— Então você mentiu para mim.. – empurrei a língua a bochecha – Desde o início, tudo isso foi uma armação. – Desviei meu olhar para — Vai me dizer que até você está envolvido nisso?

Taehyung fez uma careta.

— É claro que não. – disse ele.
— Maninha — Miguel chamou sua irmã da qual ainda estava parada ao meu lado sem dizer sequer uma palavra – Acabou, nós os pegamos..
— Merda, Miguel, é sério que você vai me meter nisso? — disse ela finalmente.

                                             Maya Jackson

Não era verdade. Não era verdade. Eu não tinha nada a ver com aquilo.

Meu irmão era o assassino?

— Eu não tenho nada a ver com isso, Miguel! — exclamei entre dentes
— Como não? – Meu irmão franziu a sobrancelha — O plano foi todo seu, esqueceu?
— Meu? – Em segundos, olhei para Jungkook. — Isso é loucura. Não, eu não fiz nada do que está falando.
— Por que está fingindo ser uma pessoa da qual não é? — A voz de Jungkook soou apertada. — Eu já deveria desconfiar.
— Jeon, eu não te trai! Dr0ga..
— Ah, não? Enviou uma mensagem para Kim, trazendo-o aqui. Mas para que? Para nos mat4r, né? – Seus olhos me olhavam decepcionados, aquilo me quebrava ao meio.
— Você não sabe o que está falando.
— Qual é Maya, não acredito que vai dar pra trás agora.

Soltei um riso nasal, não acreditando no que estava ouvindo. Naquele momento eu não conseguia olhar mais para Jungkook e ver sua expressão de desgosto.

E como Miguel sabia que eu estava aqui?

Suspirei lentamente, começando a falar: — É realmente uma surpresa, Miguel, meu irmão. Sério, você realmente se superou. Nunca imaginei que seria capaz de fazer uma coisa dessas. Assassino? — fiz uma expressão que sabia que era de nojo — Merda, Miguel, eu me arrisquei nas mãos de uma mafi0so para salvar sua pele, eu joguei minha vida fora para te salvar, eu desistir de mim só pra não te ver morrer. Por que?

Caminhei alguns passos, chegando quase – mas não muito – perto de Taehyung.

— Cadê o Miguel que me criou? – Perguntei com o choro preso na garganta — Não é esse que eu conheço e obviamente não é meu irmão. Foi você que cuidou de mim quando o papai nos abandonou. E quando ele se arrependeu e quis nos procurar, mesmo depois de anos, Taehyung o m4tou, mas você continua cuidando de mim.

Os olhos de Taehyung arregalaram-se. Ele olha para Miguel, em seguida, para mim.

— Eu não fiz isso. – Ele esbravejou
— Você matou ele. — disse entre dentes
— EU NÃO O MATEI! — gritou ele – Eu não matei ninguém
— VOCÊ O MATOU, SIM! – gritei de volta – Eu juro, Kim, nunca vou te perdoar por isso.
— Espera... – ele piscou duas vezes – , foi por isso que terminou comigo? Eu não matei seu pai, Maya.

Mais uma mentira..

— Miguel...
— Poxa, maninha.. – Miguel abriu os braços — Você realmente acreditou naquele vídeo que te mostrei, ne? Que bobinha

                                           Jeon Jungkook

Não precisei ouvir mais para entender. Ela não sabia de nada. Miguel usou sua própria irmã, que tipo de irmão faria isso?

Eu me arrependo de não ter metido uma bala na sua cab3ça.

— Você me usou, Miguel, me usou – A voz dela fraquejou. – O que aconteceu com o papai?

Maya, por fim, ficou frente a frente com seu irmão. Miguel sorriu, gostando de ver a tristeza estampada no rosto de sua irmã.

— Ok, ok.. — ele ergueu as mãos acima do ombro, como se rendesse – Eu fiz tudo sozinho, ela não teve nada a ver com isso.. – depois levou a mão até o peito, fazendo cara de estar arrependido, mas era nítido a ironia – Eu planejei tudo, desde o começo. A minha vida virou uma merda desde a partida do papai. Sim, eu te usei para chegar aqui. Tirar Jungkook do meu caminho vai facilitar tudo. Meu único objetivo é m4tá-l0 — Continuou entre dentes, lançando um olhar possessivo para mim.

Se a intenção dele era me intimidar, falhou.

— O que voce vai ganhar com isso? – perguntou sua irmã.
— Tudo, principalmente liberdade.
— Você é um doente, Miguel. Mat4r militares?
— E eu vou mat4r ele tambem. – Encarou Taehyung – Já se despediu?

Taehyung sorriu ladino, dizendo: — Pode tentar a sorte.

— Chega, Miguel! — Maya exclamou — O que aconteceu com o nosso pai?
— Quer mesmo saber?
— O que aconteceu com ele? — insistiu na pergunta.
— Eu.....o mat3i — confessou, dando um sorriso macabro. — Eu matei ele, Maya.

Maya deu um passo para trás. Eu quis ir até ela, mas achei que não deveria.

— Por que? — ela perguntou com a voz chorosa.
— Porque sim, porque ele merecia, Maya. E quer saber de uma coisa? No final das contas, eu também vou matar você. — cuspiu as palavras.

E eu o vi tirar algo do bolso, revelando ser um canivete.

NÃO