*Oliver*
A semana passou rapidamente, e junto com ela veio toda a agitação dos preparativos para a festa na mansão da minha avó. Não vi Lia no decorrer da semana, o que acabou sendo um alívio para mim, pois a casa estava um caos com a chegada dos meus familiares e os fornecedores contratados por Briana.
Creio que a garota esteja fugindo de mim e das responsabilidades que despejei sobre ela.
Agora, parado diante do salão de festas lotado, observo o ambiente com certo orgulho misturado à ansiedade. Minha irmã se aproxima, ajustando o nó da minha gravata com um sorriso irônico nos lábios.
— Hum, alfaiate nacional, você realmente está se esforçando para se sentir parte do Brasil. — Relevo sua zombaria acerca do meu terno, que é tão impecável quanto os de alta costura que normalmente uso. — No entanto, não posso negar, você está incrível, Oliver.
Olho para baixo, apreciando a perfeição do meu traje, sou um homem vaidoso e muito exigente. O terno é feito de um tecido italiano luxuoso, de cor escura e corte impecável. O caimento é perfeito, ressaltando meus ombros e delineando minha silhueta. Os botões são de madrepérola, contrastando elegantemente com o tom escuro do tecido. Cada detalhe foi cuidadosamente bem pensado, desde o colarinho perfeitamente alinhado até os vincos bem marcados nas calças.
Ele representa não apenas o meu bom gosto, mas também o meu status e posição na sociedade. É uma armadura que me dá segurança.
Agradeço o elogio da minha irmã com um sorriso discreto, enquanto um misto de emoções percorre meu interior.
— Aquela ali é a filha do prefeito — minha irmã sussurra. — Bonita e de boa família, e não tira os olhos de você... — Interrompo-a.
— Ela tem idade para ser a minha filha, tenha juízo, Briana.
— Tem idade, mas não é sua filha — resmunga e meu primo gargalha.
— As jovens são as melhores, Oliver.
— Não, odeio mulheres que nem são capazes de decidir o que realmente querem — falo de mau humor.
Por educação dancei com meia dúzia de convidadas e me dou conta que são todas mulheres com o mesmo perfil, e as conversas sempre são superficiais. Logo depois, troquei algumas palavras com poucos convidados, sempre sobre dinheiro, viagens e implicitamente tentando demonstrar poder, nada que realmente me dê vontade de aprofundar uma conversa.
Em nossa mesa, vovó balança os braços tentando dançar ao som da orquestra e sorri docemente me encarando.
— Estou louco para conhecer a sua escolhida, irmão, não a vimos ainda — comenta minha irmã, despertando minha curiosidade.
— Você vai adorar a Lia, vai por mim — confesso, sentindo um arrepio de empolgação percorrer minha espinha. A ideia de apresentar Lia como minha noiva me deixa ansioso e, ao mesmo tempo, curioso.
— A magia do casamento... — Briana provoca com um sorriso malicioso, e eu reviro os olhos, sabendo exatamente aonde ela quer chegar.
— Eu aposto que não dou conta de uma bunda gostosa dessa — meu primo comenta, desviando o olhar para alguma coisa atrás de mim.
Curioso, viro-me para ver o que ele está observando, e meus olhos encontram Lia.
Ela está deslumbrante em um vestido longo azul turquesa, com um ombro caído que revela sua pele suave e sedutora. O vestido marca sua cintura delicada, ressaltando suas curvas de forma irresistível. Uma pequena calda cai elegantemente do lado esquerdo do vestido, dando um toque de sofisticação aos seus passos fluidos.
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Contrato sem volta
RomanceTropes: Convivência forçada:: Casamento por contrato :: Bilionário x Faxineira:: Mocinha Plus size