77- Nossa Família

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Acordei com sede de viver

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Acordei com sede de viver. Quero aproveitar cada segundo ao lado de Salvatore e principalmente carregar meu filho no colo.
Fiquei espantada e triste quando soube através do meu marido, que passei quatro dias desacordada. Eu perdi os primeiros dias de vida do meu filho, não pude amamentá-lo nas suas primeiras horas de vida.

Os médicos me examinaram e autorizaram a minha transferência para um quarto particular. Ao chegar no quarto, observei como tudo estava preparado, as lindas lembranças de nascimento que minha mãe e sogra haviam encomendado com muito amor. Os ursinhos, cada lembrançinha em seu devido lugar. Também percebi os buquês de flores que enfeitavam o quarto e nossa! Tinham muitos, dos mais diversos tipos. Eles vieram da Cúpula e de todas as famílias da Ndrangheta, com felicitações pelo nascimento do herdeiro e desejos de melhoras para mim.

Eu ainda não acredito que estou aqui. Sinto vontade de chorar, pois pensei que nunca mais os veria novamente. Salvatore foi buscar nosso filho, estou que não me aguento de ansiedade em vê-lo de poder enfim, carregá-lo. Eu sonhei com isso tantas vezes.

Vejo, enfim, a porta do quarto sendo aberta, meu coração bate acelerado. Meu marido traz em seu colo, o fruto do nosso amor.

Conseguimos, passamos por tudo, estamos aqui, nossa família está reunida.

Com passos cuidadosos, Salvatore se aproxima, me entregando Heitor. Segurei meu filho, com meu coração transbordando de amor e lágrimas molhando meu rosto, porém essas são de pura felicidade.

— Eu pensei que nunca mais te veria, meu filho — Toquei em seu rostinho delicado — Eu te amo, filho. Prometo que nunca vou te abandonar. — Apertei meu bebê contra mim, sentindo seu cheiro tão precioso. Heitor fazia uns barulhinhos tão fofos. — Enfim estamos juntos meu amorzinho, meu pequeno Salvatore — observei como os olhos e cabelos dele são idênticos ao do pai.

Abracei meu bebê, eu não sabia que o coração também poderia doer de felicidade. É a sensação mais extraordinária desse mundo.
Observei meu marido, ele está exausto isso é perceptível, seu rosto denuncia seu cansaço. E mesmo assim ele permaneceu forte, cuidando de nós. Sim. Eu tenho o melhor marido do mundo ao meu lado.

— Conseguimos, amor. Nossa família está completa. — pronunciei entre lágrimas de alegria, enquanto beijava meu filho.

Com passos lentos, enquanto passava as mãos no rosto e olhos, limpando suas lágrimas, ele senta ao meu lado, sua mão desliza nas costas de Heitor, enquanto seu rosto pousa na curva do meu pescoço. Eu posso sentir seu cheiro, é o mesmo desde a primeira vez que ficamos e Deus, como eu amo esse cheiro!

— Sim, minha Bela. Conseguimos. — Sua voz estava embargada.

Permanecemos abraçados, sem dizer uma palavra. Os sons de nossos soluços, as lágrimas molhando nossos rostos enquanto estamos com Heitor em meus braços, já dizem tudo: Todo o medo e a incerteza se foram. Estamos aqui, resistimos.

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