Rolê do Jujutsu

Day 07

Sétimo Dia: Cama compartilhada.

Aquele dia tinha sido um dos menos emocionantes até então, ainda sim, estavam todos bem cansados quando a noite caiu e logo estavam em seus quartos seguindo a rotina noturna para dormir.

Gojo voltou do banheiro olhando em volta enquanto se decidia onde deitar, um sorriso se desenhando em seu rosto quando saltitou até a cama do melhor amigo se jogando ali.

Geto ainda estava na cozinha e logo estaria de volta, então seria melhor já deixar o lugar dele ali para os dois dormir juntos.

A porta do quarto abriu e Nanami soltou um grande suspiro de alívio ao notar sua cama vazia antes de caminhar para lá, as últimas noites tinham sido... demais.

Ele não tinha uma bateria social muito alta e estava dividindo quarto com duas borboletas sociais sem conhecimento nenhum de limites o que se traduzia em os dois acharem que o quarto deles era uma eterna festa do pijama e tentavam arrastar Kento para isso.

Quando ele se negava acabava com um deles em sua cama, para ficar o perturbando até finalmente se cansar e empurrar para fora, só então podendo dormir.

Por algum milagre do destino, porém, hoje eles haviam o deixado em paz, não iria reclamar disso, na verdade estava bastante agradecido quando se deitou pronto para dormir.

A porta abriu e Kento cobriu sua cabeça com a coberta em uma tentativa de não ser incomodado sabendo bem que era Geto entrando.

Suguru franziu o cenho ao ver Satoru em sua cama e guardou suas coisas antes de ir deitar na cama do melhor amigo, não estava a fim de conversar nem de dormir com o outro naquele dia.

Logicamente, o albino estranhou o ato do melhor amigo e se levantou, levando a coberta consigo ao se deitar na própria cama, de frente para o moreno, um sorriso discreto em seu rosto.

Suguru revirou os olhos e se levantou pronto para ir pra própria cama quando teve seu pulso segurado.

- O que você tem hoje, Suguru? Passou o dia me evitando.

- Não é nada, só estou cansado.

- Cansado de mim? Eu fiz algo que te chateou?

- Já disse que não é nada - O moreno estalou a língua enquanto se soltava, indo para a própria cama, Satoru soltou um longo suspiro enquanto se sentava.

- Algo claramente aconteceu você negar não vai fazer sumir! - Gojo bufou irritado - Pensei que fôssemos sempre sinceros um com o outro!

- Olha, eu já disse que estou apenas cansado, por que não vai atazanar Iori ein?! Parece ter gostado bastante de fazer isso nessa semana!

Kento, ainda coberto dos pés a cabeça, ergueu uma sobrancelha antes de descobrir a própria cabeça para poder ver a treta de camarote.

- O que? De que diabos está falando? Iori só está andando com Mei!

- E você a seguindo como o idiota que é! Olha... não é nada ok? Eu é que estou sendo um idiota - O Geto enfim se deitou - Não é como se namorássemos ou algo assim, você pode se interessar por quem quiser.

Então era isso... Gojo sorriu fechado antes de voltar para a cama do melhor amigo, o abraçando.

- Suguru - O albino sussurrou tão baixo que nem mesmo Kento conseguia ouvir, apesar de estar na cama ao lado - Iori jamais vai tomar o seu lugar, sabe disso não sabe? Mesmo se algum dia, por algum milagre, eu decidir namorar, o que duvido que vá acontecer, essa pessoa terá de lidar com o fato de que meu melhor amigo sempre será mais importante.

Geto fez bico, ainda chateado, enquanto se aconchegava contra o melhor amigo.

- Quer que eu me afaste de Iori?

- Não precisa, é divertido ver ela te rejeitar - O moreno confessou - Só... não me esqueça.

- Nunca.

Gojo sorriu antes de beijar o melhor amigo, um selar demorado que fez os dois sorrir antes de Geto o empurrar pra fora da cama.

- Ainda não pode dormir comigo!

- Eh?! Então vou dormir com Kento! - O albino reclamou enquanto ia para a cama do loiro.

Nanami resmungou, e ele achando que teria paz!

- Nada disso! Eu quem vou dormir com Nanami! - Geto levantou indo se deitar na cama do meio também, onde o loiro foi espremido de cada lado pelos dois idiotas.

E as pessoas ainda riram de si quando disse que viver na mesma casa que a dupla problema era uma punição divina por atos que provavelmente cometeu em outra vida.