6- Painted nails make Harry beautiful

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Oioiiii voltei. Não tenho mt oq falar, espero que gostem do capítulo.

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Após dormir razoavelmente bem, o cacheado levanta de sua cama, disposto para enfrentar mais um dia de trabalho. Agradeceu que hoje era dia de uma de suas seções de terapia, acreditava que precisaria pedir uma receita de remédios para dormir ao doutor Lewis. Depois da volta de suas crises, sua insônia resolveu voltar também e aquele combo não lhe estava fazendo bem.

Decidiu ligar para Sra Rose enquanto passava seu café, apenas para avisar à senhora que não poderia estar presente na parte da tarde.

- Pronto?! -A voz da senhora era alta no telefone

- Bom dia, Sra Rose. Aqui é o Harry.

- Ah, Harry, meu doce rapaz... -a mais velha divagou.

- Hum... Eu liguei para a senhora para avisar que vou me ausentar essa tarde, tenho psicólogo marcado. -Sua voz era gentil, tentando ser cauteloso com as palavras.

- Fique tranquilo e tire uma folga hoje, sim?! -a voz da senhora era doce, podia ouvir vozes de crianças no fundo- Com saúde não se brinca, filho. Sabe que não estarei aqui hoje, como a obra vai começar essa manhã vamos passear na plantação de milho da Teresa, minha amiga. Acho que tinha comentado ontem, não?!

- Tinha sim, por isso mesmo eu liguei. Pensei que já tivessem saído. -Justificou a ligação com um tom doce- Bom passeio, Sra Rose. Nos vemos amanhã.

- Tchau, rapazinho. Se cuide. Deus te abençoe.

A ligação foi encerrada logo em seguida, mas não pôde deixar de ouvir o som de uma conversa agitada e um pedido impaciente de ajuda para desligar a ligação.

Após ter seu café passado e uma folga para aquele dia, Harry não pôde deixar de suspirar ao se lembrar de que não veria Louis naquele dia. Era engraçado notar que em poucos dias ele acabou se tornando parte da sua rotina sem nem perceber.

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Sentado em uma poltrona confortável, encarava suas mãos com unhas pintadas de lavanda. Estava tentando buscar coragem para se abrir com seu psicológico e olhar para uma de suas vitórias com o tempo lhe trouxe aquilo que precisava para começar a sessão.

- Minhas crises voltaram. Eu sonho com o mesmo mar à dias e em todos os sonhos eu acabo da mesma forma. -O cacheado suspira, ouvindo o som da caneta riscando o papel- Isso é a prova de quê deveria ter sido eu no lugar dele. Foi tudo minha culpa, eu achei que tinha aprendido o suficiente, mas eu fui inconsequente.

- Você era uma criança, Harry. Não deve se culpar pelo que aconteceu. Ele era o responsável, você apenas estava sendo criança.

- Eu fui teimoso. Desobedeci uma ordem que era para minha própria segurança e acabei colocando em risco a pessoa que eu mais amava. -Seu olhar se mantinha baixo, incapaz de olhar para seu psicólogo- Ele me prometeu que cuidaria de mim, confiava nele. Nunca achei que o pior aconteceria.

- Crianças têm essa tendência de desobedecer seus pais. Não foi sua culpa, Harry, sua intenção nunca foi machucá-lo.

- Mas eu fiz. Eu fui o culpado da minha mãe se tornar uma alcoólatra, destruí minha família em todos os sentidos. -Murmurou fitando o tapete sobre o chão- Se agora eu estou sozinho a culpa é toda minha.

- Se a sua família quebrou, ela não era unida. Você contou que seus avós odiavam sua mãe. A morte do seu pai foi apenas o gatilho limite para o fingimento deles, fazendo a família se separar mais.

First Conflicts -lsOnde histórias criam vida. Descubra agora