Entre Beijos E Fotografias

41- Honestidade

Gente fiquei meuo confuso escrevendo isso aq e as vzs botei em 1 pessoa e como narrador, ignorem, dá ora entender então tá bao ..

Aether/ narrador

Percebi uma expressão intensa no rosto de Xiao, uma mistura de raiva e nojo, ao mencionar o nome de Albedo. Consciente das tensões entre eles, Aether ficou surpreso com a intensidade das emoções. Afinal, por que a aversão mútua, especialmente considerando que ambos compartilhavam momentos com ele?

Ao questionar se podia atender o telefone, Xiao assentiu, e Aether, nervoso, pegou o aparelho, antecipando uma conversa potencialmente complicada.

Do outro lado da linha, a voz animada do albedo rompeu o silêncio. "E aí? Você mal falou comigo essa semana, né... Mas tudo bem, porque passei a semana toda ocupado pensando em você, e então fiz algo importante", disse ele com entusiasmo.

A voz de Aether soava estranha, carregada de nervosismo, ao questionar: "O quê?"

"Ué, você iria vir aqui, lembra?" perguntou o loiro com um tom tristonho, fazendo Aether se sentir como se estivesse enredado em um emaranhado de problemas.

"Pois é..." pensou Aether, compreendendo que sua semana ocupada não apenas o afastara do compromisso, mas também afetara seus relacionamentos.

"Então, posso te buscar já? Você sairia da faculdade para me ver", propôs o loiro, enquanto Aether percebia a tensão na respiração de Xiao ao seu lado.

"Sim, pode vir já..." respondeu Aether, tentando acalmar os ânimos ao seu redor.

"Beijos, príncipe, estou indo", despediu-se o albedo de maneira carinhosa antes de desligar, deixando Aether refletindo sobre a complexidade de suas escolhas.

Ao guardar o telefone no bolso, Aether se virou para enfrentar Xiao, apenas para descobrir lágrimas prestes a escapar de seus olhos. "Você é horrível, Aether...", disse Xiao com voz brava. "Para de me machucar porra..", acrescentou, colocando a mão no próprio peito. "Eu realmente não aguento mais nada na vida, não me dê mais problemas", desabafou de maneira depressiva, revelando camadas profundas de emoção e vulnerabilidade.

"Não, Xiao... Você precisa entender... Eu admiro você e gosto muito, mas Albedo é tão legal e simpático", resmunguei, minha voz carregada de desespero. "Mas eu sei que quero você...", confessei num sussurro.

"Então, por que vai para a casa dele? Se realmente me ama, fique aqui comigo, compartilhe esse momento, durma abraçado até o amanhecer, e não com aquele desgraçado", ele disse, sua sinceridade carregada de raiva.

"Xiao, você não conhece o Albedo", tentei explicar, pois as palavras de Xiao o retratavam como uma abominação.

"Eu nem quero conhecer. Quer saber, faça o que quiser, Aether, mas saiba que não vou tolerar mais esse joguinho de merda", ele afirmou, seus olhos, há poucos segundos radiantes, agora expressavam indignação.

Meu coração morreu por dentro. Eu amava Xiao, mas não era certo continuar com Albedo por compaixão. Albedo era um cara legal, e eu não conseguia simplesmente ignorar isso. A culpa pesava, pois ele já estava perdidamente apaixonado, e era minha culpa. Deveria ter deixado claro que não era assim que as coisas funcionavam, que eu estava confuso...

Mas por que diabos a vida precisa ser tão intricada? Sigo as palavras do meu professor hoje, mas, ao mesmo tempo, questiono essa resignação. Compreendo que as coisas poderiam ser piores, mas a atual situação se mostra quase insuportável.

"Estou no dormitório, só quero que você seja feliz sem me ferir", afirmou Xiao, partindo e deixando-me mergulhado na solidão do quarto.

Fixei meu olhar nos meus pés, e uma dor constante ecoava por todo o meu ser. A incredulidade tomava conta de mim, já não depositava mais fé em nada, "não creio mais em nada", nem em mim. A maneira como a vida sempre tece desafios, sempres os mais doidos para mim soa quase surreal. Uma incerteza sobre o futuro paira como uma sombra sombria, enquanto a dor emocional se entrelaça à dor física, formando uma tempestade interna de complexidade intransponível.