80- A jóia mais simples

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Xiao

Acordei, novamente feliz, por pensar que estou olhando o teto da minha casa, que agora não é só minha, eu já tinha o apartamento, mas faltava customizar, e saber que eu posso acordar agora, e olhar o Aether do meu lado... Ué

Cadê ele? Ele não está ao meu lado nessa manhã.

Eu ignoro, e me levanto, ele provavelmente está na cozinha, preparando algum café, o normal. Então saio do quarto, olho a cozinha, mas ele não estava lá. Tinha comida jogada no balcão, salame pão e tomate cortados, mas ele não comeu.

Ele deve estar no banheiro e foi só fazer suas necessidades, então eu vou da cozinha caminhando até o banheiro. Paro na porta que estava completamente aberta, e nada do Aether, mas percebo que tem uma carta escrita encima da minha pia. Então decidi ler.

(Oi amor, eu vou ir resolver um negócio na rua, e já volto para casa, deixei um lanche para você, beijos ◠⁠‿⁠・)

Termino de ler o papel e até sinto um alívio, talvez eu tenha que parar de ser ansioso desta forma, isso realmente não me faz bem e creio que não faça bem para ninguém. Mas ele não especificou o que iria fazer, então deve ser algo simples, conhecendo o meu Aether, se ele quisesse esconder algo, falharia miseravelmente.

Escuto meu celular tocando e pego ele, pois eu havia largado no sofá e me sentado, enquanto eu pensava e boiava. Atendi e o número era desconhecido, estranhei, mas mesmo assim atendi.

"Sete dias..." Uma voz rouca falou.

"Uhm?" Perguntei com uma risada entendendo a referência do trote que haviam me passado.

"Sete dias... Para você aproveitar nossa promoção da Claro!" Eles já começavam a tagarelar, mas aquela voz masculina não me pareceu confiável.

Tipo, na minha cabeça, não era a claro e muito menos um ladrão, provavelmente era um amigo meu me passando um trote.

"Pft....Haha!" Eu morri de rir ao ouvir o nome da claro junto dessa referência de filme de terror.

"Ou, irmão, eu preciso que você me encontre na praça das margaridas, as 18hrs, fechou?" Eu ouvi uma voz de marginal, mas era aguda demais para ser o Cyno, e o Tighnari realmente não faria isso.

"Oxi, por que irmão?" Eu perguntei respondendo do mesmo jeito, como se eu não estivesse nervoso já.

"Por que eu tenho informações do seu namorado, vem logo, quero te contar um B.O aí." A voz aguda continuava a tagarelar como um marginal, e parecia ser uma voz feminina.

"Oxi, como assim parceiro?" Eu perguntei no telefone, já sentindo ódio, por envolver o nome do meu amor.

"Passa pra mim Yoimiya" ouvi uma voz de fundo, eu realmente não escutei esse nome nenhuma vez.

"COMO QUE EU PASSO, Ô SUA VAGABUNDA." A voz estourou no telefone da garota que falava como maginal.

"Você não vai fazer nada, porra?" A voz masculina no fundo continuava a ecoar. "Vai merda."

"Tá desgraça." Ela disse e eu ouvi uma movimentação que me leva a entender que ela passou.

"Seguinte, ou tu parece lá, ou é bala no seu namorado, me ouviu?!" A voz masculina era meio afeminada, mas eu fiquei assustado.

"Porra... Cês tão me zoando." Eu disse no telefone.

"Não era pra ser tão assim, bocó." A garota retrucou com o garoto.

"Foda-se, apereça lá." Ele disse, e após isso desligou o telefone.

Ao escutar aquilo, senti meu coração na minha boca e meu sangue esfriar, que merda... Mas o engraçado é que desta vez eu não tô sentindo o pressentimento ruim que eu senti nas últimas catastrofes, desta vez pareceu diferente.

Entre Beijos E FotografiasOnde histórias criam vida. Descubra agora