25- Contexto

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Cyno-

Acordei, tomei meus remédios ao lado de minha cama e de um pulo, ao perceber que Tighnari estava sentado na frente de minha cama encarando meu rosto, ele estava me encarando com um olhar sério, mas bem na frente da minha cara.

Ele deu um sorriso meigo e se aproximando ele ficou em pé e subiu no meu colo, fiquei suspreso, ele nunca tinha feito nada parecido, e isso soa muito íntimo, eu fiquei até nervoso, com uma perna de cada lado, ele continuava s me encarar de forma séria.

"Nossa... Cê' quase me matou de susto."
Eu disse rindo e tentando recuperar meu oxigênio depois daquele susto.

"Desculpa, toma banho para a conversa." Ele disse sério e eu arrepiava ao ver ele assim, sério desta forma, me dá medo.

" Ei, eu acabei de acordar." Eu disse sorrindo para ele que continuou sério "Tighnari, você tá muito nervoso." Disse começando a falar de forma séria.

"Você tá certo." Ele suspirou após falar, e  olhou pra mim com uma carinha tristonha.

"Eu sei, então olha, relaxa, vamos comer primeiro e depois a gente conversa, não precisa disso tudo." Eu disse sorrindo para ele, e meio desconfortável por que já fazia tempo que ele estava em meu colo.

"Obrigado." Ele disse suspirando alto, e continuando no meu colo. Parecendo triste.

"Você tá encima de mim." Eu disse para ele, algo óbvio, senti vergonha de falar isso.

"É eu sei." Ele disse sorrindo para mim pegando minha mão e colocando sobre sua cintura. "Tem problema?" Ele perguntou com um sorrisinho.

"Não." Disse confiante para ele e percebi seu rosto corado.

"Perdão, vá comer o café da manhã." Ele disse imediatamente saindo do meu colo, envergonhado.

"Ah... Achei que eu ia fazer isso agora." Eu disse sorrindo zoando ele, igual sempre faço.

"Tarado!" Ele disse bravinho, com a cara toda vermelha, eu adoro zoar assim, ele sempre leva a sério.

Eu dei um sorriso grande e saí rindo feliz, com certeza nunca tinha sido tão bom igual dessa vez, ele realmente sorriu, depois o safado sou eu.

Corri para a cozinha, e peguei uma maçã, logo já fui para o banheiro, tomar um banho frio, tirei minhas roupas e entrei no chuveiro, amo comer jo chuveiro, a comida fica mais gostosa...

Isso soa estranho, mas pensando bem... Será que seria ruim comer o ... Não! O que é isso!?

Eu criei a cena exata em meu cérebro, que merda, mas não consigo imaginar seu corpo, deve ser divino. Mas sua expressão, o chuveiro, a água escorrendo por suas pernas...
Nossa eu sou um safado...

Limpei meu corpinho todo, e lavei os cabelos, saí do chuveiro, daquele banho rápido e gelado, amarrei a toalha na cintura.

"Tigh! Me faz um favor?" Eu perguntei alto gritando do chuveiro.

"O que?" Tighnari respondeu com um tom de voz doce.

"Pega uma roupa pra mim?" Peço de um jeito fofo.

"Não, vai você seu folgado! Tô aqui arrumando o almoço." Ele disse bravo.

Eu sorri, na verdade ele sempre faz isso, Tighnari mora comigo faz um tempo até, ele sempre que vinha aqui em casa chegava machucado, e mesmo assim fazia comida para mim. A verdade é que Tighnari sofre de abusos em casa, seu pai o obrigava a seguir o que seria correto, se unir a uma faculdade do Abismo, e a única coisa que ele queria, era estudar sua real paixão. Mas o pai dele era alguém estranho, que acreditava no mal, e louvava deuses satânicos. Eu não sou tanto da igreja, mas a parada era sinistra. Passou dos limites, uma vez que ele chegou aqui em casa com os braços cortados; pelos abusos de seu pai, ele sofria de uma depressão, e se agredia com cortes, e tem essa idéia de querer ser ferido pois cresceu assim, com essa ideia de que aquilo é o amor. Desejar que alguém te machuque é o pior, após uns meses de terapia e fortes remédios, ele está melhorando, e cuida de mim e eu dele, então, por enquanto ele está aqui, eu obviamente iria cuidar do meu Tighnari.

Entre Beijos E FotografiasOnde histórias criam vida. Descubra agora