61- Sono profundo.

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Xiao

Meu anjo, Aether encontrava-se confinado numa maca de uma instituição hospitalar, ele passou por horas de cirurgia , e foram agoniantes, e agora ele repousava, deitado, sua forma abatida e destruída, uma triste expressão de vulnerabilidade.

"Eu sinto muito, meu amor, por ter causado isso... Eu só queria ser uma fonte de auxílio." Estas palavras ecoavam em minha mente, proferidas em um lamento audível, uma confissão sincera.

Em meio à atmosfera impregnada de preocupação, não ansiava pela partida do meu ser querido, mas lamentava a dolorosa constatação de que, de alguma forma, sempre acabava por infligir sofrimento a ele.

"Xiao... Vai tomar banho! Você passou a noite toda olhando ele." Tighnari disse para mim, claramente preocupado.

"Está tudo bem... Ele tá respirando, preciso ficar atento aos aparelhos dele." Encarava os batimentos, e olhava sua barriga enfaixada, e o rosto suado, provável frio, pele pálida, ele realmente estava com uma aparência de morto.

"Sim, eu fico, vai lá." Tighanri me disse.

"Não, eu vou ficar." Eu disse para ele, dizendo aquilo com certeza e ele parecia lamentar a situação com aquela expressão.

"... Tá bom." Ele suspirava parecendo realmente lamentar da minha situação.

Ouvi Aether respirar mais fundo e entre genidos dolorosos franzer as sombrancelhas louras dele.

"Lumine..." Ele disse baixo murmurrando

Sim, verdade, a Lumine teria que ver Aether, mas estávamos em um hospital público desta cidade distante, e ela nem estava por perto, eu não sabia nem o que dizer a ela, o certo não seria ligar e contar isso por telefone. O que eu kria dizer "Oi Lu, seu irmão QUASE MORREU."

Eu imagino que ela já esteja traumatizada demais...

"Te amo... Respira..." Eu disse olhando para ele, e ver ele assim me doía. Doía demais.

"Uhmm." Ele murmurrava como se estivesse num grande sonho.

Envolvia suas mãos delicadas nas minhas, enquanto fixava meu olhar nos seus olhos cerrados. Num coração repleto de preocupações e temores, aninhava-se o desejo ardente de testemunhar novamente seu sorriso, como uma luz radiante, no meio à escuridão da incerteza, talvez eu não cou ver ele sorrir por um tempo. Consciente de que talvez esse radiante gesto de alegria ficasse adormecido por um período, meu anseio era simplesmente aliviar o fardo que pairava sobre ele. Eu queria ver ele bem, apenas isso.

"Xiao, o senhor deve descansar." O Médico Ayato chegou perto de nós, olhando o meu gesto. "Se não você também vai ter que receber esse cuidado médico." Ele disse para mim.

"Eu nem ligo se eu passar mal, para ser sincero." Eu ri de minha próprias palavras depreciativas

"Mas Aether se importaria, se ele acordar e você tiver ruim, ele não irá te ver."Ayato disse para mim, e aquilo realmente fazia um grande sentido.

"Você está certo, no que eu estou pensando?" Eu ri de mim mesmo.

"O senhor deveria respirar um pouco, relaxa, eu vou observar ele, checar tudo." Ele sorriu para mim pegando seus aparelhos medicinais.

"Obrigado doutor... Se ele acordar por favor eu imploro que me avise." Respirei fundo.

"Claro, deixe comigo." Ele sorriu.

Eu sorri devolta antes de deixar o quarto, caminhava pelos extensos corredores do hospital, cada passo ecoando a angústia que permeava meu coração. A dor era avassaladora, uma presença constante que parecia desafiar qualquer compreensão lógica. No entanto, mesmo diante desse sofrimento indescritível, encontrava algum alívio ao saber que meu amado estava sempre aos cuidados de um médico competente e bom. Essa certeza, em meio à incerteza, proporcionava um ponto de ancoragem em meio à tempestade emocional que se desenrolava A minha volta.

Na verdade, deposito muiita confiança no Dr. Ayato, pois, durante as minhas férias, costumava visitar meu tio, e eu, um garoto atrevido, frequentemente acabava me machucando. O Dr. Ayato sempre se revelou um médico notável e amável, guiando-me com cuidado através dos percalços das minhas travessuras juvenis. Essas experiências passadas, marcadas pela sua perícia e gentileza, fortalecem minha confiança no seu cuidado dedicado ao meu amado neste momento desafiador.

"Finalmente saiu..." Cyno riu para mim, mas ele estava com olheiras fundas. "Como ele está?"

"Bem, mas continua desacordado." Eu comentei com o.garoto que não pareceu de surpreender.

"Devia ter sido eu." Cyno disse. "Aether é alguém tão importante, ele sempre foi o raio de sol do nosso grupo de amigos." Ele sorriu. "Ele que nos juntou, nos uniu, com sua simpatia enorme e carismática, aquele cara é foda..."

"Eu sou tão grato por você, mas Cyno, não diga disso, você é alguém tão legal também." Eu sorri para ele, mas meus conselhos eram péssimos.
Entre os corredores do hospital, mergulhávamos em um silêncio marcado por espirros de idosos e pelas precauções de pessoas que usavam máscaras para evitar doenças. Eu, como um observador solitário, e Cyno, com sua atitude despojada, criávamos um contraste notável. Meu olhar fixava-se no relógio, testemunhando cada movimento dos ponteiros, em uma espera que, sinceramente, não desejava prolongar.

A agonia era como lâminas perfurando minha alma, a dor de testemunhar alguém que amo sofrendo devido às minhas próprias ações é verdadeiramente a mais cruel., dói para caralho, por que é tão agoniante.

Sinro que voo e morro pois na hora de pousar é sempre com a cara, mas dezsa vez, eu não amorteci a queids dele.

Oh céus...

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Desculpa a demora

Entre Beijos E FotografiasOnde histórias criam vida. Descubra agora