Epílogo.

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Felix nunca imaginara que tamanha felicidade fosse possível. Mas ele estava felicíssimo. Surreal, maravilhoso, radiantemente feliz. Deslizando pelo salão nos braços de
seu príncipe, ele sorria ao ver os rostos agora tão familiares. Viu seu pai, livre e saudável. Avistou Minho
e Jisung dançando próximos. Viu Jeongin, espremido entre os pais, fingindo estar irritado, mas claramente adorando a atenção. Chan estava lá, bem como a diva, o antigo guarda-roupa de Felix. Ela valsou alegremente com seu maestro. Esta, Yongbok pensou enquanto
relanceava pela sala, é a minha família.

Ele ergueu a cabeça e encontrou os olhos penetrantes do príncipe. Hwang sorriu e ele sentiu o calor do amor, agora familiar, irradiar por todo o seu corpo, começando pelos dedos dos pés e viajando até a ponta das orelhas. Nas últimas semanas, ele se pegou amando o príncipe cada dia mais, vendo-o abraçar a vida que lhe fora negada por tanto tempo.

Estou vivendo minha própria aventura, ele pensou enquanto o homem o rodopiava pelo salão. Felix encontrava uma vida fora da aldeia, e ainda havia tantos lugares para visitar e experiências para viver. Além de tudo, ele tinha achado um parceiro que queria viajar e com quem
poderia compartilhar todas essas histórias. E não há mais nada que eu poderia desejar. Exceto…

Sentindo Felix tenso em seus braços, o príncipe olhou para ele, estreitando os olhos de preocupação.

— Felix… — disse ele. — Em que está pensando?

Ele parou por um momento para ponderar sua resposta e tentou não rir quando a expressão do príncipe se
tornou mais aflita. Alcançando-o, Lee passou a mão em sua bochecha suave.

— O que você acha de deixar crescer a barba?

Com uma gargalhada, o príncipe puxou Felix para mais perto. Seus olhos se fixaram nos dele e ele assentiu, em uma promessa silenciosa de sempre tentar ser a melhor versão de si, a versão que o garoto acreditou ser possível antes que ele mesmo achasse isso. Então, ele o beijou.
Quando Felix fechou os olhos e se entregou à magia do beijo, o mundo ao redor desapareceu até que restaram apenas os dois, envolvidos em uma história tão antiga quanto o tempo. Felix pensou no futuro — nas aulas de leitura que ele poderia ministrar na biblioteca do castelo
para todos os estudantes da aldeia, nas viagens que ele e o príncipe fariam, nas amizades com os habitantes do castelo que sem dúvida seriam para a vida toda. Um conto que começou com “era uma vez” terminaria, Felix tinha certeza disso, com “felizes para sempre”.

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