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— TORI DIAZ —
Eu e Walker estávamos próximos, tão próximos que a respiração do garoto se misturava com a minha. Em momento algum eu recuei, eu queria, mas não conseguia.
Foi então que todas as luzes da casa se apagaram.
— AAAAAAAAAA. — Ouvi gritos das meninas no andar de baixo.
Finalmente eu me afastei do loiro.
— Faltou energia. — Minha voz saiu fraca. — É melhor a gente descer.
— É... melhor mesmo. — O garoto respondeu e então descemos as escadas.
— TORI! — Alisson veio até mim correndo e me abraçou. — OS LOBISOMENS ESTÃO AQUI!
— Que lobisomens, Ali? Tem certeza que você não é criança? — A menina bufou e se afastou.
— Acho que a luz acabou. — Momona disse se aproximando da gente.
— Ah, você acha? — Walker perguntou, irônico.
— Ali, onde tem lanterna? — Questionei.
— Na cozinha, vou pegar! — A garota se afastou.
De repente ouvimos batidas na porta. Eu e Momona gritamos.
— AAAAAAAA.
Abracei Walker por impulso enquanto Alisson voltou da cozinha correndo com uma lanterna.
— Meu Deus, vocês se assustam com tudo? — O garoto perguntou, retribuindo o abraço de lado.
— Vai lá atender então! — Tirei seu braço do meu ombro
— Eu não! — Respondeu.
— Aí, tem alguém em casa? — Ouvi uma voz do lado de fora. Uma voz familiar...
Leena?
Fui até a porta e abri, vendo Leena com Tanner no colo.
— Tori! — O garotinho disse.
— Ah, oi! Que surpresa vocês aqui.
— Minha mãe saiu com uma amiga e me deixou sozinha com Tanner. Quando a luz acabou ele cismou que queria ficar perto do Walker, como não achamos ele, viemos para cá. — Explicou.
Dei espaço para eles passarem. Logo percebi que minha casa estava cheia de adolescentes e 1 criança.
— Walkie! — Tanner pulou no colo do garoto.
— Beleza, o que a gente faz agora? — Alisson perguntou.
— Eu não vou voltar pra casa. Moro longe e não vou sozinha nem a pau! — Momona exclamou.
— Vocês vão dormir aqui.
— Tem que ser um quarto grande para caber todo mundo. Qual é o maior quarto? — Leena perguntou.
