Sinners - Sobrenatural

Ideia suja

Pov Sam

Eu realmente esperava que S/n estivesse chegando a algum lugar com sua pesquisa... porque era quase impossível para mim me concentrar em qualquer coisa com ela sentada ao meu lado.

Eu não tinha ideia de como ela estava fazendo isso... mas de alguma forma, essa garota civil aleatória conseguiu distorcer minha percepção de tudo e trazer à tona um lado meu que eu nem sabia que estava lá.

Não me entenda mal... eu participei de algumas noites de diversão arriscada enquanto Dean e eu estávamos na estrada antes... não tanto quanto ele, em minha defesa... mas o que posso dizer? Eu também sou um cara...

Mas nunca foi tão bom a ponto de ser a única coisa em que eu conseguia pensar. Nunca cheguei ao ponto em que meus impulsos superassem a importância do trabalho. Nunca cheguei ao ponto em que eu estava quase salivando e tensionando meus músculos para não atacar S/n.

Eu não sou um pervertido, vamos deixar isso claro. Eu não era o tipo de cara que olhava com desejo para cada mulher bonita que via. Fui muito seletivo com meus gostos... não só porque o romance tem sido um assunto delicado para mim ao longo da minha vida... mas também porque isso é quem eu sou.S

ou seletivo com minhas escolhas alimentares, sou seletivo com minhas músicas e sou seletivo com minhas mulheres.

E embora às vezes eu sinta vontades... isso não significa que sexo era a coisa mais importante em minha mente a cada segundo de cada dia...

Na verdade, eu também não era o cara mais excêntrico do planeta. Claro, eu era dominante de vez em quando... mas não vi nada de errado com a boa e velha baunilha da moda. Se não está quebrado, não conserte... Certo?

Mas S/n....S/n jogou tudo que eu achava que sabia sobre mim pela janela.

Eu não posso te dizer o que era... havia tantas qualidades redentoras nela. Lá estava sua beleza, para começar. Seu corpo insano, curvilíneo e de parar o coração... seus olhos brilhantes que retratavam seu humor e emoções como uma TV de tela plana... seu cabelo que saltava de maneira perfeita toda vez que ela andava... Havia também o intelecto dela... que provavelmente foi o último prego no meu caixão. A ética de trabalho e a inteligência que ela demonstrou apenas ao assumir um cargo em Harvard... isso por si só já era uma prova de sua inteligência. Sem falar no fato de ela fazer parte da nossa equipe há pouco mais de vinte e quatro horas, estar no caso há uma fração disso... e ela simplesmente... não sei... RESOLVEU?!

E isso me leva ao meu último ponto... o que diabos está acontecendo com a personalidade dela... e por que diabos eu nunca consigo me cansar disso?

Havia tantas camadas nessa garota... tantos capítulos, e achei quase impossível largar o livro. Eu queria ler com calma... mas estava ficando tão impaciente... porque estava morrendo de vontade de saber como terminava. Eu estava morrendo de vontade de saber o quão profunda, quão louca e quão intensa a história dela pode ser.

Garota bêbada em uma noitada que bebeu demais? Claro, tudo bem. Estávamos em uma cidade universitária, o que mais há de novo? Garota bêbada que virou professora da Ivy League? Ok... agora estou intrigado. Professora da Ivy League que é imensamente tímida, doce e ansiosa? Legal, faz sentido...ninguém chega lá sendo solto e imprudente. Virgem imensamente tímida, doce e ansiosa... tornou-se depravada, carente, ninfomaníaca no decorrer de uma noite?

Puta merda.

Eu tinha discutido a maneira como ela estava na cama com Dean enquanto estávamos fazendo compras para ela... e nós dois estamos completamente de acordo.

Aquela pequena mudança que ela faz... quando seus nervos são substituídos pela luxúria... quando sua inocência se torna depravação... quando suas pupilas se dilatam a ponto de suas íris não serem mais visíveis... quando seu doce sorriso adorável se transforma em um sorriso malicioso e ela simplesmente se solta... Foi nosso filme favorito. Os sons que ela fazia eram nossa música favorita. E o corpo dela... era a nossa droga preferida. E estávamos inegavelmente viciados.