06| PERDA DE MEMÓRIA

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𝚂𝙾𝚁𝙰𝚈𝙰 𝙹𝙾𝙽𝙴𝚂

Acordei no outro dia um pouco tarde por conta da noite mal dormida. Quando me levantei, notei que Dylan não estava em lugar nenhum e decidi ir tomar um leite.

Peguei meu leite e fui para o quintal de Dylan, eu sabia que eu estava esquecendo de algo mas não sabia ao certo o que era, então decidi deixar de lado. Fiquei ali um tempinho tomando meu leite e olhando as poucas pessoas que passavam pela rua, quando olhei para o lado, notei que um opala preto, bem antigo que se aproximava da casa de Dylan.

— bom dia, Soraya. Lembra de mim? - diz o senhor de meia idade me olhando sorrindo.

De onde esse velho acha que eu conheço ele? Não sou muito acostumada a falar com pessoas de idade.

— desculpe, mas não me lembro de você. E como sabe meu nome? - pergunto olhando o homem descer do carro.

— sou seu pai, esqueceu que eu existo? - diz o homem e eu começo a sorrir

— meu pai? Que pai? - dou uma risada e o homem me olha estranho.

— está se fazendo de besta, garota? - diz ele indignado com a minha resposta.

— nunca me faço de besta, senhor. Agora me de licença e vá procurar o que fazer. - falo  ainda rindo e me viro de volta pra casa.

Quando me viro, escuto um barulho no chão e logo me viro. Quando olhei pra trás, vi o homem dentro do quintal e com uma pistola 75BZ apontada pra mim.

- qual é o seu problema seu maluco? - digo me afastando pra trás a acabo caindo no chão.

- já que não se lembra de mim, faço questão que me esqueça, Soraya Jones - diz o homem engatilhando a arma.

- não por favor, não faz isso comigo! - digo desesperada começando a chorar.

- fim da linha, Soraya Jones. - diz o homem atirando.

Quando me dou conta, sinto meu peito ferver e o homem pulando a cerca novamente e entrando no seu opala, olho pra baixo e noto uma pequena poça de sangue escorrendo no chão. Olho pra frente de novo, e vejo Dylan e uma mulher vindo em minha direção desesperados e me pegando no colo. Pra falar a verdade, eu não lembro de mais 𝙣𝙖𝙙𝙖.

(...)

Acordei no outro dia, novamente no hospital. Descobri que eu tinha acabado de sair de uma cirurgia, disseram que era de risco, mas pra mim não foi nada demais.

Olhei pra janela de vidro e vi uma mulher muito bonita vindo até meu quarto, a mesma de ontem. Quando ela chegou, abriu a porta e logo quando me viu acordada, veio logo correndo em minha direção.

- oh, meu Deus. Ainda bem que você acordou minha filha, achei que você não iria sobreviver. - diz a mulher me abraçando muito forte.

- me larga, tá doendo - digo a afastando e ela me olha assustada.

- desculpa se te machuquei, não queria te machucar meu amor. - diz a mulher se sentando ao meu lado.

- aliás, quem é você? E que intimidade é essa me chamando de filha? - digo a olhando torto querendo uma explicação.

- sou sua mãe Soraya, você não se lembra por que fiz um feitiço para que você perca sua memória. - diz a mulher me olhando triste.

A MENINA BRUXA Onde histórias criam vida. Descubra agora