08| LEMBRANÇAS

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Chegando em casa, eu e Soraya entramos e nos sentamos na sala. Ficamos por cerca de uns 5 minutos sentados em silêncio olhando um para o outro, até eu quebrar o silêncio.

- você está bem, Soraya? - pergunto e ela só assente com a cabeça.

- se você não é meu pai, quem é você? - ela diz e me olha esperando uma resposta da minha parte.

- eu sou seu tio, irmão do seu pai. Antes dele morrer, ele me pediu para cuidar de você e da sua mãe. E eu acabei me apaixonando pela sua mãe. - digo.

- por que ninguém nunca me disse isso antes?

- nós não queríamos que você ficasse triste, e então decidimos não contar. - digo a olhando.

- você sabe como era o meu passado? Sabe como eu posso me lembrar de tudo? - diz Soraya.

- Soraya, você não tem nada, sua mãe fez uma magia em você, mas não foi nada demais. - digo e ela me olha sem entender.

- como assim? Eu realmente não me lembro de nada! - diz.

- você só precisa esperar, isso é temporário. - digo e vejo que ela ficar mais calma.

Depois que paro de falar, vejo que Soraya tira uma foto do bolso e estende a mão com a foto para mim.

- quem é essa senhora? Ela é importante pra mim? - pergunta.

- ela é a sua avó, mas infelizmente ela não está mais entre nós... - digo.

- ela morreu por causa da idade ou alguém a matou?

- não sei como dizer isso, mas vou direto ao ponto... Sua mãe matou ela. - digo e vejo que ela fica assustada.

- Como assim?! - pergunta se levantando do sofá.

- eu não sei como contar isso, até porque, isso foi tudo coisa da cabeça da sua mãe. - digo.

- me conta tudo! - diz Soraya e eu aceno com a mão para ela se sentar.

[...]

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10 𝙖𝙣𝙤𝙨 𝙖𝙩𝙧𝙖́𝙨...

Eu havia acabado de chegar do meu serviço, estava tão cansado que nem vi Carmen me chamado na sala. Subi direto para meu quarto e tomei um banho para poder tirar o suor do corpo.

Quando desci as escadas, vi Carmen com uma cara super estranha no sofá, quando ela me viu começou a rir muito mais alto ainda.

- que isso, Carmen. Você está louca? - pergunto assustado.

- eu consegui, eu consegui me livrar dela! - diz me dando um beijo mas me afasto.

- o que que você conseguiu, Carmem?! - pergunto preocupado.

- eu consegui me livrar da minha mãe, agora minha filha está bem. - diz se sentando no sofá.

- você o que?! - pergunto incrédulo - como você pôde?!

- ela queria matar a minha filha hoje, eu só estava protegendo o que é meu - da de ombros.

A MENINA BRUXA Onde histórias criam vida. Descubra agora