11| SEQUESTRO

16 6 67
                                    

𝚂𝙾𝚁𝙰𝚈𝙰 𝙹𝙾𝙽𝙴𝚂

Cheguei em casa e vi Marly e meu pai na cozinha fazendo o jantar, só dei um sorrisinho e fui direto para o quarto. Eu estava com tanta vergonha de falar com o Dylan, que eu não sabia mais o que fazer.

— Soraya? - escuto uma voz feminina do outro lado da porta — posso entrar?.

— pode. - digo me virando para o lado da parede.

— Eai, como está? - diz Marly se sentando ao lado de minha cama.

— nem eu sei como estou me sentindo. Ele é o meu melhor amigo, mas nunca imaginei que ele iria um dia gostar de mim. - digo

— e você? Você realmente nunca gostou dele, ou só disse isso por que ele já namora? - diz Marly me olhando.

— como assim? Eu nunca, nunca mesmo o olhei do jeito que ele quer.

— Soraya, por que você não conversa com ele então? - diz Marly - tente conversar com ele. Vocês precisam conversar direito.

— não consigo, fico com vergonha só de olhar nos olhos dele. - digo chorosa.

— sei como é, também já fui adolescente. — diz Marly sorrindo — mas é necessário conversarem, assim vocês nunca vão chegar a uma conclusão. - diz Marly pegando na minha mão.

— eu sei, mas agora vou ficar um tempo sem falar com ele. Eu acho melhor assim. - digo e ela assente.

— se você acha melhor assim, tudo bem. Só não demore muito. - diz me dando um beijo na testa e se levantando da cama indo em direção a porta.

Depois que Marly saiu, virei para parede de novo e fiquei uns 5 minutos olhando pra ela. Será que chamo o Dylan para conversar? Acho melhor eu ficar na minha mesmo.

Levantei da cama e fui para sala, Marly e meu pai estavam lá sentados. Não quis jantar com eles. Me sentei ao lado deles e meu pai me deu um um pequeno sorriso e voltou sua atenção para a tv. Foi muito bom ficar ali com eles, eles estavam assistindo um programa de comédia, eu não conseguia parar de rir. Era muito bom mesmo.

(...)

Subi as escadas e fui direto para o meu quarto, meu pai foi levar Marly embora e disse que iria demorar, então já fui logo tomar um banho para poder dormir.

Depois do banho, me sentei na cama e comecei a pentear o meu cabelo até que escutei a campainha tocar.

Desci as escadas e tomei um susto.

— mãe?! - digo dando um passo para trás.

— boa noite pra você também, Soraya. - diz Allen entrando em casa.

— cadê seu pai? - diz mamãe olhando ao redor.

— E-ele está aqui, ele saiu. - digo.

— melhor ainda, não iremos precisar nos preocupar com ele nos atrapalhando. - diz mamãe.

— atrapalhar com o que? - pergunto confusa.

— vamos da um susto no seu pai, ele está muito abusadinho. - diz mamãe pegando um pano no bolso. — se gritar, eu te mato! - diz vindo em minha direção.

Enquanto minha mãe se aproximava de mim, eu ia cada vez mais para trás, até sentir os braços de Allen atrás de mim.

— buh! - diz Allen sorrindo.

Depois disso, só lembro que fiquei me debatendo nos braços dela, até que tudo ficou preto. O que elas querem fazer comigo? Eu já tenho 18 anos!

(...)

A MENINA BRUXA Onde histórias criam vida. Descubra agora