CAPÍTULO 14

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Pov SN

Estava sentada em frente a mesa da diretora ouvindo seu sermão, eu não estava com muita vontade de estar ali, na verdade eu queria estar na minha cama agora, mas pelo visto não será possível no momento.

— Tem noção da gravidade de seus atos SN? — pergunta Weens séria.

— Tenho Weens, mas você melhor do que ninguém sabe que esse garoto é um perigo para a escola, tanto pra Addams quanto pra Sinclair — falo a encarando séria.

— Eu sei que se preocupa com as senhoritas Sinclair e Addams, mas eu não tive muita escolha quanto a isso, sabe que as decisões da diretoria e do conselho não são negados — fala apoiando suas mãos encima da mesa.

— O conselho não aprovaria isso, eu os conheço, eles sabem dos perigos que um hyde pode trazer — falo negando com a cabeça.

— Eles não estavam de acordo com isso no começo, mas a diretoria os convenceu de que o melhor a se fazer era matricular ele aqui — revela colocando a mão na testa.

— A diretoria não devia contestá-los e tentar fazer eles reverterem sua opinião, é muita irresponsabilidade — falo cruzando as pernas.

— Tudo bem, não vou te advertir e nem te suspender, mas não quero que essas ações se repitam — fala se encostando na cadeira.

— Eu não prometo nada, desde que ele não faça nenhuma gracinha eu não precisarei matá-lo — falo me levantando e indo até a porta.

— Eu não estou brincando SN — ela avisa.

— Eu também não — falo sem me virar para olha-la, logo saio de sua sala.

Vou até o meu dormitório, assim que bato na porta verificando se a alguém antes que eu possa ouvir um "entre" a porta é aberta por uma Enid preocupada.

— Vem entra — fala me puxando pra dentro do dormitório, assim eu o faço.

— Te advertiram, suspenderam, ou algo do tipo? — pergunta Wednesday calma saindo de sua mesa com sua máquina de escrever e me olhando.

— Não, ela só falou pra eu me controlar — falo dando de ombros.

— Sinceramente eu quero que o Tyler se foda, mas você não pode fazer esse tipo de coisa, poderia ter sido expulsa — fala Enid nervosa dando um tapa em meu braço.

— Por que? Você ficaria triste se eu fosse expulsa? — pergunto sorrindo divertida vendo ela ficar levemente corada.

— Não, quer dizer, sim, mas não no sentido que está pensando — fala mais nervosa ainda.

— E em que sentido estou pensando Sinclair? — pergunto vendo ela corar fortemente.

— Você sabe, não se faça de inocente — fala apontando pra mim.

— Você que não é inocente subindo no colo da Wednesday — falo provocativa pra ela que me olha incrédula.

— Pensei que você ia esquecer isso — fala colocando as mãos no rosto.

— Não dá pra esquecer, foram cenas muito fortes — falo me divertindo com as reações da loira.

— Ah cala a boca Drácula — fala me dando mais tapas em meu braço.

— Isso é agressão em — falo assim que ela para.

— Não reclama que vai ser as garras — fala ativando sua garras.

— Acho incrível como suas garras já vem esmaltadas — falo sorrindo.

— Wednesday, sua vez de conversar — fala indo pro seu lado do quarto.

Olho para o lado da de tranças vendo ela ainda com seu semblante neutro apenas observando tudo de braços cruzados.

— Eh Wednesday, vamos dialogar — falo parando em sua frente perto da garota.

— Um passo pra trás — ela faz mas eu continuo parada.

— Eu se eu não fizer? — pergunto provocando-a.

— Eu corto suas pernas — fala ainda sem expressão.

— Tenta — fala aproximando meu rosto do seu.

— Mais um milímetro e eu enfio uma caneta nos seus olhos — fala me fazendo continuar parada em uma proximidade considerável a ela.

— Eu só vou me afastar porque a tensão sexual aqui tá muito grande — falo me afastando fazendo-a abrir e fechar a boca várias vezes tentando encontrar algo para falar, mas é uma tentativa falha.

— Não me olha assim que eu fico tímida lobinha — falo me virando vendo-a me olhar de cima a baixo, mas logo desviar o olhar.

— Aliás Wednesday, observando agora eu achei muito interessante a sua escolha de par romântico, quer dizer, nunca imaginei você com a Pinkie Pie de My Little Pony — falo indo meu lado do quarto pegando minha pasta de desenhos e depois vou até a porta.

Saio do dormitório deixando minhas colegas de quarto lá processando tudo o que eu disse, eu não sei de onde que eu tirei coragem pra falar aquelas coisas, normalmente eu sou mais formal e reservada, mas hoje eu estou mais peculiar digamos assim.

Não estou muito afim de ir pra aula de esgrima que teria agora então apenas continuo andando pra fora do internato, vou em direção a floresta para buscar inspirações para meus desenhos.

Posso não fazê-los virar realidade, mas ainda sim gosto de desenhar como uma maneira de expressar o que vejo, amostrar a beleza estonteante do mundo, tais desenhos que são uma forma de mostrar as pessoas a minha visão do mundo, por mais que algumas vezes seja sombria e triste, outras vezes são brilhantes e felizes, dando destaque em pequenas coisas da vida, mostrando que até nos momentos infelizes a um significado profundo que deixa tudo tão lindo e fragil, assim compartilhando minha visão de que pequenas coisas tem grandes significados.

Por mais que eu não pretendo mostrar isso a ninguém em vida, se um dia talvez, acontecer de me enfiarem uma estaca no coração, gostaria de mostrar a eles minha própria realidade e o quão magnífica e sentimental a influência da imaginação pode ser.

Saio dos meus pensamentos assim que ouço o barulho de um graveto se quebrando, viro-me para todos os lados certificando-me de que estava sozinha, porém mesmo não vendo sabia que não estava, eu podia sentir uma presença no ambiente, algo que não era humano e nem um excluído, mas era poderoso, muito poderoso.

Como eu já estava bem longe de Nevermore não se escutava nada, o silêncio chegava a ser ensurdecedor, nem mesmo animais da floresta tinham por aquela região. Ando mais um pouco logo vendo algo incomum e nunca visto por mim, uma parte da grama do local estava queimada, mas não parecia que tinham colocado fogo, parecia que tinha sido feito por uma brasa só que mais quente, e essa brasa estava só em um determinado lugar, como se fosse uma marcação.

Saio do meu transe quando sinto algo se aproximar, assim que me viro algo me acerta e me arremessa para longe, sinto ao colidir com minhas costas e logo vejo ser uma grande pedra, mas antes que eu pudesse reagir garras me prendem a pedra, subo meu olhar pelas grandes garras encarando aqueles olhos verdes brilhantes, como a jóia esmeralda, tão profundos, pelos seus olhos se enxergava seu receio e medo, não era raiva, era defesa.

Ficamos nos encarandos durantes alguns segundos, mas ele logo me solta e vai embora, era um dragão, um dragão de escamas pretas e olhos verdes, suas escamas poderiam se disfarçar facilmente na escuridão da noite, era incrível.

— Ah meu deus, eu conheci um dragão! — exclamo feliz por essa conquista.

Eu preciso saber mais sobre ele, ele parecia perdido e confuso, com medo mas ao mesmo tempo fúria, não de algo ou alguém, mas de não saber o que faz aqui, eu preciso ajudá-lo.

A love for tree ( Wenclair and SN G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora