CAPÍTULO 15

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Pov SN

Estava procurando pelo dragão que eu encontrei há pouco na floresta, ele realmente é muito veloz, só não entendia o motivo dele não voar pra ir embora, talvez estivesse machucado, possível que realmente seja isso.

Enquanto continuava andando a procura do ser místico que me arremessou pra uma pedra, eu encontro uma passagem no meio das rochas, estava escondida dentre as altas rochas, cercando um caminho de paradeiro desconhecido por mim, talvez eu morra se entrar ali? Talvez, mas eu duvido muito que alguma criatura vai arrumar uma estaca e enfiar em meu peito, mas precisamente no coração.

Entro no meio das pedras, estavam cobertas por musgo facilitando sua camuflagem, ando um pouco entre as rochas logo vendo uma brecha de claridade, assim que atravesso vejo um círculo gramado cercado por rochas gigantes, no meio havia um lago de águas cristalinas, e podia se ver que o lago se passava por baixo das rochas, provavelmente ele era interligado ao rio.

Em um descuido meu acabo escorregando na escada formada pelas pedras, fazendo com que eu caísse na grama do lugar e sujasse minhas roupas, levanto-me rapidamente limpando a terra em minhas vestimentas, mas logo sinto uma respiração atrás de mim, fazendo-me virar lentamente vendo o par de olhos verdes vibrantes novamente, mas assim que tento me aproximar ele sai de perto.

Assim que ele saiu de perto de mim, ele começa a tentar escalar as grandes rochas, resultados em quedas, e observando melhor agora, realmente ele não conseguia voar pois sua asa direita estava gravemente machucada, então finalmente ele desiste de tentar escalar e vai para um canto do lugar perto ao rio, aproximo-me lentamente me sentando em uma pedra perto do rio com seu olhar atento em mim.

Fico alguns minutos observando o lago e os peixes nadando calmamente nele até que um movimento na água os assusta, era o dragão tentando pegar um peixe, mas falhando os assustando, assim que ele retira a cabeça da água, ele me olha brevemente e logo volta ao lugar que estava antes, ele começa a cuspir fogo em uma leve brasa fazendo a grama aparentar queimada, ele amacia a grama queimada com suas patas e logo se deita.

Olho para o céu, o Sol estava começando a se por deixando o céu em cores laranjas e vermelhas, sorrio vendo as diferentes tonalidades de cores no céu enquanto ele escurecia lentamente. Pego minha pasta de desenho e começo a traçar alguns rabiscos na folha, ouço um barulho de movimento, olho para o local que apresentou o barulho vendo que o dragão olhava minha pasta de desenho atentamente, mas logo desvia o olhar deitando sua cabeça novamente no chão.

Volto a atenção a minha folha vendo que aos poucos o desenho estava ganhando forma, depois de um tempo consigo ver o desenho ganhando forma, era basicamente o lugar que eu estava no momento, assim que termino de fazer o rascunho começo a sombrear o desenho, dando um ar mais realista a ele. Depois de sombrea-lo, guardo meu lápis em um pequeno compartimento da pasta feito exatamente pra isso, fecho a pasta e me levanto, começo a andar para a saída do lugar novamente, sinto um breve olhar do dragão em mim, mas ele logo volta a dormir serenamente.

Eu subo as escadas de pedra do lugar e antes de sair, volto a olhar para trás vendo que ele dormia tranquilamente. Saio de lá e volto a floresta aberta, ando de volta ao internato, já estava de noite, o céu estava estrelado, ocupado por diferentes constelações, já devia ser umas 21:00 da noite.

Chego em frente ao grande castelo, logo caminho até a entrada, não sei porque estabelecem um horário se ninguém obedecerá e não é nada difícil sair e entrar no internato tanto a noite quanto de dia.

Assim que adentro o lugar, subo algumas escadas perto da entrada, viro o corredor indo para o prédio Ofélia.

— Aonde estava senhorita Drácula? — pergunta Weens, paro de andar e me viro pra ela.

— Não quero ser desrespeitosa Weens, mas independente do horário que eu chegar não lhe devo satisfações, a única indefesa aqui é você — falo me virando e voltando a andar, e ela nada responde.

Chego no prédio Ofélia e subo mais algumas escadas, logo entro no corredor dos dormitórios e fico em frente ao meu dormitório, bato na porta esperando alguma resposta, logo alguém abre a porta e vejo ser Enid, ela logo me dá espaço para entrar e eu o faço.

— Vai ficar rotina você chegar em horários aleatórios? — pergunta a loira fechando a porta atrás de si, eu caminho até o meu canto do quarto.

— Talvez — respondo pegando uma roupa simples para dormir.

— Onde estava e por que suas roupas estão sujas de terra? — pergunta a de tranças que estava sentada em sua cadeira de frente para a máquina de escrever.

— Acho que isso não é do seu interesse gótica — falo passando por ela e indo até o banheiro.

— Já falei pra não se referir a mim assim — fala parando de teclar a máquina.

— Mas eu continuo chamando, que coisa não? — indago entrando no banheiro.

Fecho a porta a porta e a tranco, tiro minhas roupas e entro debaixo do chuveiro deixando com que as gotículas de água gelada caíssem em mim, era bem refrescante, depois de uns minutos desligo o chuveiro e saio do box já de toalha e top, merda, eu esqueci minha roupa encima da cama.

Bom, eu vou ter que ir pegar minhas roupas, a não ser que eu fique aqui esperando elas dormirem, mas quem garante que elas vão dormir cedo, e quem garante que se eu demorar pra sair elas não vão pensar que eu estou fazendo outras coisas, ah mas eu não sei se elas sabem que eu sou intersexual, será que elas sabem? O internato inteiro já sabem, elas também devem saber.

Eu não tenho paciência pra esperar mesmo então, com os cabelos umidade e com a mão esquerda segurando a toalha em minha cintura, saio do banheiro. Assim que eu saio elas não ligam muito, até Enid se virar na cama pra mim para dizer alguma coisa, coisa qual ela não diz apenas fecha a boca e me olha de cima a baixo.

Pego minha roupa e me viro para ir até o banheiro novamente para me trocar.

— Sabe Enid eu sei que eu tenho uma cintura muito bonita, mas eu tô começando a ficar com sede de tanto que você me seca — falo caminhando calmamente até o banheiro.

Antes de entrar no banheiro percebo o olhar de Wednesday assim como o de Enid, olhando-me de cima a baixo. Entro no banheiro e fecho a porta, olho meu reflexo no espelho e solto um sorrisinho ladino, perguntando-me de onde tirei coragem pra falar aquilo.

Coloco minha roupa que consistia em um calça xadrez cinza larga e uma camisa preta sem estampa larga, saio do banheiro com minha toalha e uniforme em mãos, tomei a liberdade de limpa-lo durante o banho, vou até a varanda, paro perto da sacada e começo a correr de um lado pro outro em alto velocidade fazendo com que os ventos se tornassem mais, assim que paro percebo meu uniforme e toalha secos.

— E não é que funciona mesmo? — indago satisfeita, passo a mão por meus cabelos sentidos eles seco também.

Entro pra dentro do quarto novamente vendo Enid na cama de Wednesday conversando com a mesma, mas não prestei muita atenção nisso. Guardo meu uniforme e toalha na minha cômoda, não tenho muitas roupas então não preciso de um guarda-roupa, assim que os guardo, deito na minha cama e fico encarando o teto durante alguns minutos, mas assim que o som das teclas para eu fecho meus olhos me permitindo finalmente descansar um pouco.





A love for tree ( Wenclair and SN G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora