CAPÍTULO 17

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Pov SN



Já era noite, o céu estava estrelado e eu estava deitada ao lado de Banguela, ele estava de barriga pra cima assim como eu, apenas observando as estrelas, constelações e a lua, não era lua cheia, mas ela estava linda, seu brilho destacasse no céu escuro da noite.




— Acho que está na minha hora amigo — falo desviando meu olhar para o dragão ao meu lado.



Ele faz uma feição triste, e se vira de costas pra mim.




— Não faça isso, você sabe que eu preciso voltar — falo pra ele que grunhe em resposta, fazendo com que eu ria.




— Eu sei que você me ama, mas também não precisa ficar assim — falo pra ele que rapidamente se levanta e faz uma encenação de vômito, fazendo com que eu fique incrédula.




— Ah então é assim? Não vou mais trazer o saco de peixes que traria — falo me levantando.




Ele rapidamente vem até mim e me derruba no chão novamente, esfregando seu rosto em meu rosto, como um gesto de afeto.





— Tá bom, tá bom, eu trarei, agora sai de cima — falo pra ele que logo o faz, e novamente ele tenta sorrir sem dentes.




— Eu volto amanhã, não sei que horas, talvez a tarde — falo para Banguela que acena com a cabeça e vai até o canto do local.




E mais uma vez ele solta uma brasa no chão e logo se deita em cima. Eu pego minha pasta e meus lápis, vou até a escada de pedras e subo a mesma, entro na passagem e ando em meio as pedras, saio do meio delas e começo a caminhar pela floresta. Depois de alguns minutos finalmente chego a Nevermore, adentro a mesam, a escola estava silenciosa, provavelmente todos estão em seu quarto e os membros do beladona estão vagando por aí.




Chego no prédio Ofélia, e depois de mais alguns passos, fico em frente a porta de meu quarto, bato na porta do mesmo, que poucos segundos depois é aberta por Wednesday. Ela me olha de cima a baixo, analisando-me com curiosidade, e talvez certa apreciação.




— Onde esteve? — pergunta me dando passagem para entrar, e assim eu faço.




— Floresta — respondo dando de ombros, eu preciso de um banho.




Vejo Enid sentada em sua cama conversando animadamente com Thing, caminho para o meu lado do quarto, guardo minha pasta e meus lápis, pego minha toalha e roupas, vou até o banheiro entrando no mesmo, retiro minhas roupas e tomo um banho demorado. Termino meu banho e me visto, logo saindo do banheiro não encontrando Wednesday no quarto, apenas Enid e Thing, ela deve estar na varanda.




Deito em minha cama e fecho os olhos suspirando fundo, estava exausta, do que exatamente? Não sei, mas eu sentia a exaustão e cansaço em meu corpo, e isso não me agradava.




Antes que eu possa descansar por completo, uma melodia de violoncelo é ouvida de perto de mim, vinha da sacada, eu sabia que Wednesday tinha um violoncelo, mas não sabia que tocava tão bem. A habilidade nas notas difíceis, acordes bem afinados, tudo formando uma bela melodia.




Depois de alguns minutos tocando, pode-se ouvir a melodia se cessar, vejo Enid se levantar de sua cama e ir até a varanda, eu também deveria ir? Eu queria muito ir, mas será que eu deveria? Esse momento era delas, eu não faço parte dele. Eu gosto delas e quero estar onde elas estão, mas será que elas sentem o que sinto, quer dizer, sei que elas tem sua admiração por mim, mas será que elas gostam de mim tanto quanto eu gosto delas? Será que seria loucura se eu dissesse que estou apaixonada por elas? Seria loucura dizer que as amo sem ao menos ter convivido com elas durante muito tempo?




A love for tree ( Wenclair and SN G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora